1. Relativo às severas leis do ateniense Drácon. 2. [Por extensão] Excessivamente severo.
Na sua concepção original, na altura de Clístenes na Grécia Antiga, o ostracismo representava o desterro de um determinado cidadão. A lei foi instituída em Atenas como uma medida para evitar a formação de uma nova tirania.
Aquele que tivesse seu nome citado mais de seis mil vezes, era condenado ao ostracismo. ... Dessa forma, o ostracismo não tinha o objetivo de banir os setores de oposição política de um governo, mas de evitar algum tipo de ação golpista que viesse a findar com a democracia e, talvez, restabelecer as tiranias.
Em âmbito econômico, incentivou a exploração das minas localizadas na região de Laurion, organizou um sistema de pesos e medidas e proibiu a exportação de cereais. Para dinamizar as atividades comerciais, criou um padrão monetário fixo para a cidade e permitiu a entrada de artesãos estrangeiros nesse mesmo ambiente.
As reformas de Drácon, contudo, não diminuíram as tensões em Atenas, na medida em que estas eram de cunho econômico e político, e não jurídico. Drácon nada fez para aliviar a escravidão por dívidas e a exploração dos trabalhadores e pequenos lavradores (os "sem berço") pela classe privilegiada dos eupátridas.