Tecnicamente, o calor de hidratação pode ser definido como o calor liberado pelo concreto através de um processo exotérmico, no caso a reação do cimento com a água. Um processo exotérmico nada mais é do que uma reação química em que há transferência de energia do interior de um objeto para o meio exterior.
O calor de hidratação do cimento é aquele liberado durante a reação química do clínquer com a água, lembrando que o clínquer é o produto final da adição do calcário com a argila, e é a matéria-prima fundamental na produção do cimento.
Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento.
Entre os 300°C e 600°C, a queda de resistência se acentua e pode chegar a 50%, com alteração para rosa ou vermelho na coloração do concreto. De 600ºC a 950°C o concreto volta a ser cinza com alguns pontos avermelhados, indicando redução na resistência à compressão e fragilidade.
O endurecimento do concreto é resultado de um processo de hidratação, que é, exatamente, a reação química entre o cimento e a água.
Cimento CP-II (NBR 11.578) ou Cimento Portland Composto: assim conhecido porque tem a adição de outros materiais na sua mistura, que conferem a este cimento um menor calor de hidratação, ou seja, ele libera menos calor quando entra em contato com a água.
Os principais produtos da hidratação do cimento Portland são: silicato de cálcio hidratado [Tobermorita: C-S-H], hidróxido de cálcio [Portlandita: Ca(OH)2] e sulfoaluminatos de cálcio hidratados [Etringita](3).
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alta reatividade em baixas idades em função do grau de moagem a que é submetido, proporcionando maior rendimento ao concreto. É largamente utilizado em produção industrial de artefatos, concreto protendido pré e pós-tensionado, pisos industriais e argamassa armada.
A temperatura do ambiente altera as propriedades a qualidade do concreto porque interfere na hidratação do cimento. Dependendo do clima, a mistura pode apresentar um endurecimento mais acelerado ou mais lento, o que deve ser analisado pelo concreteiro.