A fortuna é fácil de entender: é o acaso, a sorte, favorável ou desfavorável. Já a virtù, palavra que vem do latim "vir", varão, designa o agir propriamente viril, varonil, ou seja, tudo que vem de uma deliberação madura e atenta de como agir.
Como deve agir o príncipe em relação à fortuna? RESOLUÇÃO: A) A fortuna é entendida para Maquiavel como ocasião, "sorte". ... Nesse sentido, o príncipe que não é o senhor do destino, deve ter virtù para superar as dificuldades que venham lhe ocorrer para atingir sua finalidade — a conquista e a manutenção do poder.
Os conceitos de Virtù (coragem, valor, capacidade, eficácia política) e de "Fortuna" (sorte, acaso, influência das circunstâncias) têm grande importância para a concepção maquiaveliana da história.
Longe da negação medieval do homem e de seu desejo de domínio, Maquiavel acentuou a legitimidade da nossa constante busca pela glória, ou seja, pela admiração das gerações presentes e futuras. ...
Assim, o autor define o papel do homem na história: desafiá-la. Com base na teoria do equilíbrio, conclui-se, então, que o ideal é que se estabeleça um meio termo entre as formar de governo a serem adotadas, a observar-se que a combinação das já existentes pode mostrar-se muito mais eficiente.
As formas de governo, afirma Maquiavel, são sempre o resultado de um conflito interno, de uma força interna que move o poder político de todo e qualquer Estado. Maquiavel define este conflito como o resultado de desejos antagônicos de dois grupos sociais distintos, os grandes e o povo.
A Virtù, como visto, é uma figura utilizada para representar a liberdade, o livre-arbítrio do governante em relação à imprevisibilidade e determinabilidade da história. ... Já a Fortuna representa uma deusa grega, uma mulher que, segundo Maquiavel, escolhe entre os mais viris, como maior Virtù, aquele que vai conquistá-la.
O príncipe deve proceder de forma equilibrada, com prudência e humanidade, mas que não tenha muita confiança e nem demasiada desconfiança nos homens. Também ele deverá saber se utilizar do seu lado bom e do seu lado mau, deve saber punir tanto com as leis, quanto com a violência.
A Virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimento do seu governo, das questões do principado. ... Destaca-se também a estabilidade requerida por Maquiavel – a virtú seria uma forma de manter a paz e estabilidade do Principado.
Maquiavel defende a ideia de que um estado forte depende de um governante eficaz, e para que ele seja bom, ele deve ter boas habilidades políticas. Para ele, são características relevantes de um bom príncipe, ser bondoso, caridoso, religioso e ter moral.