Este poema retrata o contexto histórico das grandes navegações portuguesas que ocorreram nos séculos XV e XVI, em busca de novas rotas comercias pelo povo lusitano em suas estrofes, entretanto destaca também as dificuldades do percurso que navegadores e suas respectivas famílias encontravam além mar.
O poema de Fernando Pessoa faz menção ao Cabo Bojador, na terceira estrofe do poema. Pessoa remete ao fato histórico da travessia ao versar que, "Quem querer passar além do Bojador, Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu" (PESSOA, 1986, p. 16).
Mar Português (também grafado Mar Portuguez) é um dos poemas mais famosos de Fernando Pessoa. ... O poema debruça-se sobre a época das grandes navegações, sendo os interlocutores o Infante D.
O poeta Fernando Pessoa, ao dizer no seu poema "Que o mar com fim será grego ou romano", referia-se ao fato de esse domínio restringir-se ao Mediterrâneo. No entanto, ao dizer que "O mar sem fim é português", faz alusão ao fato de o domínio português estender-se aos oceanos Atlântico e Índico.
O poema é constituído por duas estrofes, de seis versos (sextilhas). São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram!
→ É que toda a vitória implica passar além da dor e, se Deus fez do mao o local de todos os perigos e medos, a verdade, é que, conquistado, é ele o espelho do esplendor do céu. As grandes dores são o preço das grandes glórias: "Deus pôs o perigo e o abismo no mar, mas nele é que espelhou o céu" (a glória).
A expressão "valer a pena" tem precisamente este significado: descrever algo que é tão valioso que vale até os sacrifícios (penas) necessários para conquistá-lo. Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram!
a- emissor – "nós, os portugueses", indicado por meio de verbos e pronomes demarcados na 1ª pessoa do plural. f- contexto- o mar português.
c) As palavras do poema que rimam entre si são as seguintes: Sal e Portugal.
Recursos Estilísticos: Apóstrofe ⇒«Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal!» ⇔ Metáfora e Hipérbole. O Sal é amargo no sabor e as lágrimas são amargas não só no sabor, mas também no que elas traduzem de sofrimento e dor. ⇒Símbolo do sofrimento, de tantas tragédias provocadas pelo mar.