"Panis et Circenses" é a única música de performance solo interpretada pelos Mutantes no álbum, suas outras participações são com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa, como coro. A música representa uma parábola sobre a limitação dos desejos, em que há um conflito entre uma sede de mudança e a tradição existente.
Caetano Veloso Gilberto Gil Panis et Circenses/Compositores
A historiografia, principalmente do século XIX e início do XX, acreditava que a plebe romana era sustentada pelo pão distribuído pelo Estado e divertida pelos jogos de gladiadores apresentados nos anfiteatros.
FaixasLado A1."Miserere Nóbis"Capinam, Gilberto Gil2."Coração Materno"Vicente Celestino3."Panis et Circencis"Caetano Veloso, Gilberto Gil4."Lindoneia"Caetano Veloso, Gilberto Gill
Em Roma, houve a denominada política do pão e circo, onde migalhas (pão e trigo) eram fornecidas gratuitamente à população e haviam espetáculos públicos em arenas, os gladiadores, para entreter a população, fazendo com que não ficassem revoltados com o seu desemprego e demais problemas sociais.
Na Roma Antiga, a escravidão elevou o índice de desemprego. ... Para atenuar a insatisfação contra os governantes e conter uma possível revolta plebeia, o primeiro imperador romano, Otávio Augusto, que governou de 27 a.C. a 14 d.C., criou a política do pão e circo.
Na capa do disco, além de Caetano, Gil e Tom Zé, estavam, em carne e osso, Gal Costa, Mutantes, Torquato Neto e Rogério Duprat — arranjador que definiu a sonoridade das 12 canções do disco . O embrião do movimento já havia aparecido nas apresentações dos baianos no III Festival de Música Popular Brasileira em 1967.