(Kishimoto, 2003). Para Kishimoto (2003) a discussão em torno da utilização do jogo com função pedagógica deixa de existir quando se respeita a natureza do mesmo. Todo jogo, por si só é educativo, seja ele direcionado ou livre, pois de uma forma, ou de outra, a criança sempre adquire conhecimento por meio deste.
Segundo Kishimoto (1996 p. 24) por meio de uma aula lúdica, o aluno é estimulado a desenvolver sua criatividade e não a produtividade, sendo sujeito do processo pedagógico.
Autores como Fröebel, Piaget, Vygotsky, Winnicott e Wallon, apenas para falar dos clássicos, promoveram estudos relacionados ao comportamento de brincar em sua relação com o desenvolvimento, favorecendo a compreensão e aplicação do mesmo.
Friedman (2012 p. 40) coloca que, de acordo com Vigotsky, "A atividade lúdica é decisiva no desenvolvimento das crianças por que as liberta de situações difíceis". Dessa forma, são as brincadeiras responsáveis por fazer o sujeito descobrir que as ações tem origem muito mais em ideias do que em coisas.
Segundo Kishimoto (1993, p. 45): Brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. Desde muito cedo as crianças se comunicam por gestos, sons e mais tarde a imaginação.
Segundo Kishimoto (2000) o principal objetivo, dar á criança um substituto dos objetivos reais, para que possa manipulá-los. ... O autor destaca que o brincar e falar constituem elementos em que a criança neste estágio dá a cada coisa as faculdades da vida, sentimento e fala. Ela imagina que as coisas podem ouvir.
A pesquisa intitulada "O lúdico como perspectiva pedagógica. Um olhar para a criança" partiu do pressuposto de que a escola não vivência o brincar de uma maneira contínua, o colocando como plano secundário. ... Brincar não é exclusivo das crianças, é próprio do homem e uma das suas atividades sociais mais significativas.
Ludicidade é um termo que tem origem na palavra latina "ludus", que significa jogo ou brincar. Na educação, usamos o conceito do lúdico para nos referir a jogos, brincadeiras e qualquer exercício que trabalhe a imaginação e a fantasia.
Assim, para Vygotsky nenhuma brincadeira lúdica é livre de organização ou mesmo realizada por qualquer motivo, elas não estão ligadas somente ao prazer que proporcionam. ... Com a utilização da brincadeira, a criança vai aprendendo regras de comportamento, aprendendo a relacionar-se com outras pessoas.
Os índios, os portugueses e os negros foram os precursores dos atuais modelos e maneiras de desenvolvimento do lúdico que mantemos até hoje, no Brasil. Nos últimos séculos, houve no Brasil, uma grande mistura de povos e raças, cada qual com suas culturas, crenças, educação.