É classificada de acordo com cinco zonas de Kramer (zonas dérmicas), a saber: presença de icterícia na cabeça e pescoço (zona 1), da cabeça até a cicatriz umbilical (zona 2), até os joelhos e cotovelos (zona 3), nos braços, antebraços e pernas (zona 4) e nas mãos e pés (zona 5).
O exame de bilirrubina geralmente é pedido pelo médico quando existem sintomas de problemas no fígado, como cansaço excessivo, náuseas frequentes, vômitos, dor constante na barriga, urina escura ou pele amarelada, por exemplo.
Pode, portanto, ser um sinal de hepatite, cirrose hepática, Síndrome de Gilbert (condição benigna e genética que provoca uma elevação nos níveis de bilirrubina), câncer de fígado, anemia falciforme, cálculos ou tumores biliares, entre outras doenças.
O diagnóstico baseia-se no quadro clínico sugestivo (icterícia desencadeada por infecções e jejum), sem colúria, além de elevação de Bb indireta, mas sem evidências de hemólise nem alteração das enzimas hepáticas.
Tabela de Kramer A tabela elaborada por Kramer relaciona os níveis de bilirrubina indireta (BI) com a zona dérmica de icterícia: Zona 1 (cabeça) : BI = 6 mg% Zona 2 (zona 1 + tórax) : BI = 9 mg% Zona 3 (zona 2 + abdômen e coxas) : BI = 12 mg%
Semiologicamente, o diagnóstico de hiperbilirrubinemia é feito através da avaliação sub- jetiva da coloração da pele e mucosas, podendo-se classificar a icterícia em cruzes (+/4 a ++++/4), de acordo com sua intensidade.
Como tratar: a fototerapia com luz fluorescente é útil para reduzir a quantidade de bilirrubina no sangue. Em casos leves, a exposição ao sol pode ser suficiente, mas em casos muito graves, pode ser necessária uma transfusão sanguínea ou uso de medicamentos, como o fenobarbital, para se obter melhores resultados.
Tratamento. Não há necessidade de se tratar a síndrome de Gilbert, porém, alguns cuidados são necessários. Não há dieta especial, nem nenhum tipo de atividade restrita para quem tem a síndrome. O consumo de álcool deve ser moderado como em qualquer indivíduo.