TERRA TITULADA, LIBERDADE CONQUISTADA descendentes de antigos escravos, espalham-se por todo o Brasil. A Fundação Cultural Palmares que emite os certificados atestando que os territórios reivindicados são quilombos estimava em 2013 que seriam mais de 214 mil famílias ou 1,17 milhão de quilombolas.
Terra quilombola, território de quilombola, ou quilombo é uma área territorial do Brasil assegurou às comunidades quilombolas na Constituição de 1988, que garante o direito à propriedade de suas terras, chamadas territórios (ou terras) de quilombolas (ou quilombo).
O Território Remanescente de Comunidade Quilombola é uma concretização das conquistas da comunidade afro descendente no Brasil, fruto das várias e heróicas resistências ao modelo escravagista e opressor instaurado no Brasil colônia e do reconhecimento dessa injustiça histórica.
A proteção dessas comunidades por meio da titulação de suas terras significa, ainda, a preservação da identidade nacional e também de importantes áreas de proteção ambiental, uma vez que são as comunidades tradicionais (indígenas e quilombolas) as maiores cuidadoras desses espaços.
Sendo a terra, algo amado, contemplado, idolatrado pelos povos indígenas, enquanto território tem um significado político, administrativo de determinada área geográfica, o que não significa muito aos povos indígenas, pois o que importa a eles é a terra.
O Incra regularizou as terras de Marambaia, localizada em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, e Castainho, no município de Garanhuns, em Pernambuco. Já o Instituto de Terras do Pará regularizou as terras das comunidades Castanhalzinho e Cutuvelo, ambas localizadas no município paraense de Garrafão do Norte.
Permanecem no aguardo de conclusão pelo Incra mais de 1.400 processos. Do total de 154 terras tituladas apenas 20% (31 terras somando 160.043,8645 hectares) foi regularizada pelo governo federal.
Levantamento da Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura, mapeou 3.524 dessas comunidades. De acordo com outras fontes, o número total de comunidades remanescentes de quilombos pode chegar a cinco mil.
Legalmente, consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos os grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas (em terras utilizadas para a garantia de sua reprodução física, social, econômica e cultural), com ...