Nas palavras de Simone de Beauvoir "Ser mulher não é um dado natural, mas o resultado de uma história. Não há um destino biológico ou psicológico que defina a mulher como tal.
Simone de Beauvoir (1908-1986) foi uma escritora francesa, filósofa existencialista, memorialista e feminista, considerada uma das maiores representantes do existencialismo na França. Manteve um longo e polêmico relacionamento amoroso com o filósofo Paul Sartre.
Integrante do movimento existencialista francês, Beauvoir foi considerada uma das maiores teóricas do feminismo moderno. Uma de suas frases mais célebres é: "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher". Dona de um espírito inquieto e revolucionário para sua época, Beauvoir rejeitou modelos, hierarquias e valores.
Assim, dentro de um quadro conceptual feminista, a questão proposta por Beauvoir é crucial, visto denunciar o carácter eminentemente artificial da categoria "mulher": um ser humano do sexo feminino "não nasce mulher", antes "se torna mulher", através da aprendizagem e repetição de gestos, posturas e expressões que lhe ...
Ela escreveu "Não se nasce mulher, torna-se mulher". Seu ponto de partida para essa teoria é uma ideia clássica do existencialismo de Sartre, a afirmação de que "a existência precede a essência". Com isso ele queria dizer que o ser humano não tem uma essência ou identidade definida ao nascer.
Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir (francês: [simɔn də bovwaʁ]; Paris, 9 de janeiro de 1908 – Paris, 14 de abril de 1986), foi uma escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política, feminista e teórica social francesa.
Simone não dispunha do termo gênero, mas ela conceituou gênero, ela mostrou que ninguém nasce mulher, mas se torna mulher e, por conseguinte, ninguém nasce homem, mas se torna homem, ou seja: ela mostrou que ser homem ou ser mulher consiste numa aprendizagem.
A seguir, dez citações que ajudam a entender um pouco mais as ideias de Simone:
Degenerando ainda mais relações de construção social entre homens e mulheres, ela resolve aprofundar seu saber filosófico às suas ponderações. Dessa forma, com a obra supramencionada, ela acentua importantes princípios existencialistas aliados à sua visão feminista.
Como existencialista, a filósofa acreditava que a existência antecedia a essência e que, por isso, um sujeito tornar-se-ia uma mulher, não nascendo uma. ... Por esse motivo é que, nas mesmas, a ascensão de uma mulher nos escalões da sociedade gerava alguma relutância no indivíduo masculino.