O estado de filiação é a qualificação jurídica dessa relação de parentesco, atribuída a alguém, compreendendo um complexo de direitos e deveres reciprocamente considerados. ... Nesse sentido, a filiação jurídica é sempre de natureza cultural (não necessariamente natural), seja ela biológica ou não biológica.
Conforme entendimento desta Corte, "o reconhecimento do estado de filiação configura direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, que pode ser exercitado, portanto, sem nenhuma restrição, contra os pais ou seus herdeiros" (REsp 1618230/RS, Rel.
O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.
O direito à filiação é direito de família e acarreta, portanto, reconhecimento de direito a alimentos, direito ao nome, entre outros. ... Há de se distinguir entre ação investigatória de paternidade ou maternidade e a investigatória de ascendência genética, pois como já se disse, são direitos diversos.
Direito personalíssimo, direito indisponível e direito imprescritível são as três normas essenciais do estado de filiação. É direito personalíssimo porque inerente ao estado de filho. ... É direito indisponível, não comportando, assim, nenhuma negociação, inclusive transação (CC 1916, art. 1.035; CC 2002, art.
Os direitos personalíssimos tratam de aspectos inerentes à dignidade da pessoa humana prevista no Texto Constitucional, porém, são disciplinados pelo Código Civil de 2002 onde em seu artigo 11 prevê que salvo previsão legal, são intransmissíveis e irrenunciáveis limitando inclusive a própria ação do seu titular.
1.613 do Código Civil diz que "São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho". ... Os filhos maiores devem consentir reconhecimento e os menores impugná-lo nos quatro anos que se seguirem a maioridade ou à emancipação, com fulcro no art. 1614 do Código Civil.