O higienismo é uma doutrina que nasceu na primeira metade do século XIX, quando os governantes começaram a dar maior atenção à saúde e à moral dos habitantes das cidades. Considerava-se que a doença era um fenômeno social que abarcava todos os aspectos da vida humana.
No Brasil, o movimento higienista começou a se fazer presente entre o final do século XIX e início do século XX. Ele propunha a defesa da saúde, da educação pública e o ensino de novos hábitos higiênicos pela medicina social. Seus defensores diziam que a população saudável e educada é a maior riqueza de um país.
Significava ser capaz de evitar o contágio e não estar infectado, ter o físico e a moral revigorados por meio de uma normalidade ideal, ditada pelos preceitos médicos.
Corpo. A tendência pedagógica de Educação Física escolar conhecida como "higienista" foi delineada de modo significativo no final do século XIX. Nas primeiras décadas do século XX, tal época histórica abrangeu o marco da Primeira Guerra Mundial e, no Brasil, o baixo nível de saneamento básico e as mazelas sociais.
Os higienistas acreditavam que se o controle do corpo fosse feito desde a infância, as condutas na fase adulta já estariam condizentes com o ideal desejado, isto é, uma criança bem fiscalizada seria o perfeito adulto higiênico.
Conclui-se que o higienismo é uma corrente de pensamento que emerge no final do século XIX e que prevalece ate os anos de 1950, trazendo um discurso sobre o equilíbrio das dimensões do individuo, tanto físico, intelectual e moral.
EDUCAÇÃO FÍSICA HIGIENISTA É uma concepção particularmente forte nos anos finais do Império e no período Primeira República (1889-1930). Nesta época ainda chamada de Ginástica, tinha seu objetivo na ênfase em relação à saúde em primeiro plano.
Para tal cabe à Educação Física um papel fundamental de formação de homens e mulheres sadios, fortes, dispostos à ação. Mais do que isso, a Educação Física Higienista não se responsabiliza somente pela saúde individual das pessoas, mas protagoniza um projeto de "assepsia social".
Era impreterível incutir uma reforma dos corpos, que ocorria primeiro no núcleo familiar através da educação higiênica na infância. É neste campo específico da Higiene que os exercícios físicos tornaram-se foco de interesse dos médicos.
Desse modo, temos então uma tendência tida como "higienista", a qual foi um movimento baseado principalmente no conhecimento científico e biológico, que buscava melhorar as condições de vida da população por meio do controle do comportamento com vistas à saúde pública.