Quando estamos falando de escolas militarizadas nos referimos as instituições escolares civis públicas, vinculadas às secretarias distrital, estaduais e municipais de educação, que por meio de convênio com as secretarias de segurança ou polícia militar, passaram a ser geridas em conjunto com as polícias ou passam a ...
A proposta está alinhada ao "Programa Cívico-Militar" do Ministério da Educação, que permite a participação de militares na gestão educacional, didático-pedagógica e administrativa das escolas. O objetivo seria "promover a melhoria na qualidade da educação ofertada no Ensino Fundamental e Médio".
Porque, ao contrário do que seus defensores costumam afirmar, a militarização não é uma simples redistribuição entre funções administrativas e pedagógicas dentro das escolas; muito menos uma forma bem intencionada de trazer disciplina e ordem para espaços de ensino marcados por violência.
Nesse modelo que muda a gestão das escolas públicas, os estudantes ficam na mão dos militares na administração e na disciplina. Muitas decisões são arbitrárias e exigem padrões comportamentais como fila para entrar em sala, bater continência, cabelos padronizados e até uniforme militar.
Catherine Lutz, por exemplo, define militarização como um processo histórico-social através do qual instituições militares (as Forças Armadas nacionais) contribuíram para moldar a vida humana no planeta, seja através de sua ação seja através da disseminação de visões positivas sobre os militares e o mundo militar.
Qual a principal diferença do ensino militar para o cívico militar? Os colégios militares oferecem todo o seu ensino fundamental e médio dependente de militares, militares licenciados e professores da sociedade civil fazem parte do quadro de funcionários dessas instituições.
Regras rígidas As saias, que fazem parte do uniforme, deverão ter comprimento na altura dos joelhos. Já os meninos devem sempre estar de cabelos curtos, cortados "de modo a manter nítidos os contornos junto às orelhas e o pescoço", além de se apresentarem bem barbeados.
Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), afirma que uma proposta de desmilitarização que permeie a retirada de aspectos hierárquicos geraria dificuldades de controle nas próprias corporações. "Retirar hierarquia e disciplina deixaria a polícia fora do controle.
As escolas cívico militares são instituições que seguem preceitos militares de conduta, mas no quesito ensino a responsabilidade é exclusiva de profissionais da área pedagógica. ...