Para o Vocabulário da Psicanálise, de Laplanche e Pontalis, a identificação é um processo psicológico pelo qual um indivíduo assimila um aspecto, uma propriedade, um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, segundo o modelo dessa pessoa.
A introjeção, tal como foi pensada por Ferenczi em 1909, é o processo responsável pela interiorização de relações predominantemente libidinais. ... A identificação com o agressor e a identificação melancólica seriam, então, decorrentes de um processo de incorporação e manifestam justamente que não aconteceu a introjeção.
O mecanismo da identificação – processo psíquico pelo qual o indivíduo apreende os atributos do outro e modifica-se, total ou parcial- mente, conforme o modelo introjetado – é de vital importância, pois o eu se constitui mediante as identificações que o indivíduo estabelece no decurso de sua vida: tornar a si o outro ( ...
A identidade é o resultado de um longo processo de identificações em que o sujeito assimila, total ou parcialmente, à maneira de uma incorporação oral, propriedades e atributos de um outro (FREUD, 1914/1996). Trata-se de processo inconsciente diferente de imitação.
Identificação projetiva é um mecanismo de defesa que se manifesta por um processo inconsciente, no qual aspetos do próprio sujeito são negados e atribuídos a outro. ... Nesta operação mental, o sujeito, ao projetar partes de si no outro, espera do outro compreensão e transformação do seu pensamento e da sua emoção.
Significado de Identificação substantivo feminino Ação ou efeito de identificar. Ação de reconhecer algo ou alguém como sendo os próprios: identificação do bandido; identificação o colar roubado. O documento utilizado para comprovar a identidade de alguém.
Ao se perguntar sobre as condições para o infans aceder à linguagem, Ferenczi (1933/1992) atribui à criança uma "linguagem da ternura", lúdica e experimental, com o poder de expressar seus desejos e de invocar os objetos de satisfação.
Contudo, em Freud, a identificação primária, não é relacionada ao primeiro objeto sexual, o seio, mas é anterior a ela. ... Podemos chamar de identificação secundária, de acordo com Laplanche, (1993/1980) o que Freud, em Psicologia de Grupo e Análise do Ego (1921/1996), situou como identificação relacionada ao sintoma.
A formação da subjetividade Desde seu nascimento o ser humano se desenvolve inserido em um grupo, quase sempre o grupo familiar, que é sua matriz básica e que o constitui como sujeito. A partir daí outros grupos de socialização logo são inseridos, como os educativos, recreativos, afetivos e profissionais.
O eu é constituído na relação com outro sendo que essa alteridade habita, permanentemente, o cerne do eu. Com o narcisismo, se compreende que tanto o corpo próprio quanto o sujeito se constituem a partir do outro. A identificação será o conceito que torna efetiva a afirmação de que na origem do eu está o outro.