Da mesma perspectiva que Bauman, mas interessado na identidade cultural, Stuart Hall (2006) apresenta o conceito do que denomina "identidades culturais" como aspectos de nossas identidades que surgem de nosso "pertencimento" a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais.
A globalização tem causado uma tendência ao colapso de todas essas identidades culturais fortes, tornando as identidades fragmentadas e efêmeras pela multiplicidade de culturas híbridas que transformam o antigo sujeito sociológico em sujeito pós-moderno global.
Ideias. As ideias de Stuart Hall abrangem questões sobre a hegemonia e cultura, assumindo uma posição pós-gramsciana. Ele considera o uso da linguagem como operador de uma estrutura de poder, instituições, política e economia. Essa visão apresenta as pessoas como produtores e consumidores de cultura ao mesmo tempo.
Estamos na pós-modernidade, face a demandas que a modernidade não tinha. A crise da identidade pode ser compreendida a partir de uma de suas características: o descentramento do sujeito. ... Deslocamento e descentramento constituem o universo pós-moderno.
Stuart Hall (2000), professor de sociologia da Open University e conhecido teórico dos Estudos Culturais, cita três concepções de identidade: a do sujeito do Iluminismo, a do sujeito sociológico e a do sujeito pós-moderno.
A identidade cultural é um sistema de representação das relações entre indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns como a língua, a religião, as artes, o trabalho, os esportes, as festas, entre outros.
A questão da identidade está sendo extensamente discutida na teoria social. Em essência, o argumento é o seguinte: as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado.
A expressão "centralidade da cultura" indica aqui a forma como a cultura pe- netra em cada recanto da vida social contemporânea, fazendo proliferar ambientes secundários, mediando tudo. A cultura está presente nas vozes e imagens incorpóreas que nos interpelam das telas, nos postos de gasolina.
A ênfase à historização presente na teoria de Foucault é comparada por Hall (1997) ao caráter ahistórico da semiótica: o francês não acreditava que os mesmos fenômenos seriam encontrados em diferentes períodos históricos, mas sim, que cada época produzia o seu próprio discurso, carregado de significados, formas e ...
é um meio de lidar com o tempo e o espaço, inserindo qualquer atividiide ou experiência particular na continuidade do passado, presente Page 15 A IDENTIDADE EM QUESTÃO e futuro, os quais, por sua vez, são estruturados por práticas sociais recorrentes (Giddens, 1990, pp. 37-8).