Aconteceu em 2020: governo declara estado de emergência por nuvem de gafanhoto. Os insetos, que destruíram uma lavoura de milho na Argentina, seguiam em direção ao Brasil. De acordo com a pasta, especialistas argentinos estimavam que os insetos seguiriam em direção ao Uruguai.
O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), órgão do governo da Argentina, alertou que uma nova nuvem de gafanhotos pode chegar ao Brasil. Os insetos estão nas cidades de Campo Viera e Itacaruaré, divisas com as cidades brasileiras de Rincão Vermelho e Porto Xavier, no Rio Grande do Sul.
Conforme a secretaria, as temperaturas acima de 25ºC favorecem a aproximação da nuvem, que tem mais de 400 milhões de gafanhotos, e ocupa área estimada em 10 km por 3 km, conforme o fiscal estadual agropecuário Juliano Ritter, da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Itaqui. Em relação ao Uruguai, a nuvem está a 80 km.
A nuvem de gafanhotos está a cerca de 100 quilômetros da fronteira com o Brasil. Os governos da Argentina e do Brasil acompanham atentamente o fenômeno. O maior risco é a destruição de áreas de pastagem e lavouras.
Argentina De acordo com o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa, na sigla em espanhol), uma agência do governo argentino, a nuvem de gafanhotos atualmente está na província de Entre Ríos, na Argentina, nas proximidades com o Rio Grande do Sul e o Uruguai.
De acordo com o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), hoje ainda há três nuvens do gafanhoto sul-americano na Argentina: uma na província de Jujuy, outra em Salta e uma terceira em Tucumán - todas no noroeste do país.
De acordo com projeção do coordenador do Programa Nacional de Gafanhotos do Serviço Nacional de Saúde da Argentina (Senasa), Héctor Medina, a nuvem, de cerca de 1km², deve conter mais de 40 milhões de gafanhotos, que podem devorar em um só dia o consumo alimentar de 2 mil vacas ou 350 mil pessoas.
A nuvem de gafanhotos está a quilômetros do município de Barra do Quaraí, fronteira oeste do Rio Grande do Sul. De acordo com o Senasa, os insetos são capazes de percorrer essa distância em um único dia.