A neurociência permite que os profissionais da educação compreendam com mais clareza o funcionamento do cérebro e suas ações. Uma das descobertas é que a capacidade de criar conexões entre os neurônios está presente em toda a vida. Assim, todos os alunos são capazes de aprender algo novo todo dia.
Michael Merzenich – O cérebro foi construído para mudar de acordo com as experiências vivenciadas e a forma como é usado. A esse processo contínuo chamamos de neuroplasticidade.
A atenção é fundamental na aprendizagem. O cérebro se modifica em contato com o meio durante toda a vida. A formação da memória é mais efetiva quando a nova informação é associada a um conhecimento prévio. ... A novidade é que as conclusões são fruto de investigações neurológicas recentes sobre o funcionamento cerebral.
As 10 mil horas A primeira bibliografia que Josh achou sobre como aprender qualquer coisa, constava que uma pessoa leva em média 10 mil horas para aprender algo novo. Como aprender qualquer coisa em 10 mil horas? Josh explica que 10 mil horas são 5 anos de trabalho integral. Convenhamos, ninguém tem todo esse tempo.
Anders Ericsson, professor de Psicologia na Florida State University foi o autor de uma pesquisa que é a principal base para o livro de Gladwell. Ele próprio esclareceu que as 10 mil horas não são um "número que foi alcançado, mas uma média de tempo que os melhores passaram praticando.
Ou seja, a aprendizagem modifica a estrutura física do cérebro — também chamada de plasticidade cerebral —, tornando-o mais funcional. A relação entre neurociência e educação fica muito clara: o que um indivíduo aprende o afeta em nível celular e cria novos padrões de organização no cérebro.
A neurociência voltada para a aprendizagem ajuda a explicar o que ocorre com as redes neurais e como elas são estabelecidas no momento em que ocorre a aprendizagem, de que maneira os estímulos chegam ao cérebro, como ocorre a memorização e como podemos acessar essas informações armazendas.
Entra em cena uma dose de outro neurotransmissor, o cortisol, aquele que induz ao estresse. Esse processo vai condicionando nosso cérebro a aguardar que pintem notificações no celular. "Isso gera bastante ansiedade e faz que algumas pessoas fiquem o tempo todo checando se há coisa nova no celular", afirma Brizante.
A forte luz azul de ondas curtas que seu aparelho emite aumenta a atenção durante o dia. Mas, à noite, essa luz pode inibir a produção de melatonina, que nos ajuda a adormecer. Por isso, adquira o hábito de não usar o aparelho pelo menos por meia hora antes de se deitar.