O habitus é uma subjetividade socializada (Bourdieu, 1992, p. 101). Dessa forma, deve ser visto como um conjunto de esquemas de percepção, apropriação e ação que é experimentado e posto em prática, tendo em vista que as conjunturas de um campo o estimulam.
O habitus é um sistema de repertórios de modos de pensar, gostos, comportamentos, estilos de vida, herdado da família e reforçado na escola. É a articulação dos capitais econômico, cultural, social e simbólico que confere a determinados grupos alta posição na hierarquia social.
99) define o habitus de classe como o habitus individual na medida em que exprime ou reflete a classe como um sistema subjetivo, mas não individual, de estruturas interiorizadas; esquemas comuns de percepção, pensamento e ação.
Este artigo se propõe a pensar o conceito de configuração, tal como ele é desenvolvido pelo sociólogo Norbert Elias, como um elemento metodológico para um pensamento interdisciplinar. Nessa perspectiva, os conceitos de interdependência e poder são vistos como centrais para a articulação entre diferentes campos.
Elias defende que a sociedade se forma a partir de relações sociais formadas entre o "eu", "tu", "nós", "eles" etc. ou seja, é composta por indivíduos interdependentes, indivíduos diferentes, mas que se tornam iguais pois dependem uns dos outros.