Pelos caminhos por eles abertos, percorreram funcionários reais da Coroa portuguesa, tropas oficiais e colonos, ou seja, os bandeirantes foram uma ferramenta essencial na colonização de nosso país e na integração do interior com o litoral. Sem eles, com certeza, nosso Brasil de hoje teria outra cara.
A ação dos bandeirantes foi da maior importância na exploração do interior brasileiro, bem como na manutenção da economia da colônia, fosse pelas suas consequências para o comércio, fosse porque a captura de indígenas fornecia mão de obra para a agricultura, principalmente cana-de-açúcar.
Os bandeirantes - os homens que participavam das bandeiras e entradas - eram principalmente paulistas, que, entre os séculos XVI e XVII atuaram na captura de escravos fugitivos, destruição de quilombos, aprisionamento de indígenas, mapeamento de territórios e na procura de pedras e metais preciosos.
Segundo o relatório, no período investigado ao menos 8 350 indígenas foram mortos em massacres, esbulho de suas terras, remoções forçadas de seus territórios, contágio por doenças infectocontagiosas, prisões, torturas e maus tratos.
Participaram da expansão do território brasileiro, além do limite imposto pelo Tratado de Tordesilhas, e ocuparam a Região Sul do Brasil, Região Centro-Oeste, Mato Grosso, Goiás e descobriram o ouro em Minas Gerais.
Segundo as pesquisas do historiador Camargo, a primeira menção do termo bandeirante pela imprensa ocorreu em 11 de abril de 1837.
Os bandeirantes eram sertanistas da época do Brasil colônia e a partir do século XVI, exploravam os sertões do país à procura de riquezas, índios para escravizar e o extermínio de quilombos.
Os "Bandeirantes", também chamados "Sertanistas", foram os exploradores pioneiros a desbravar os sertões brasileiros, entre os séculos XVI e XVIII. Via de regra, eram descendentes diretos de europeus, sobretudo portugueses e foram responsáveis por expandir e conquistar os limites das possessões da colônia lusitana.
"Era baseada em cereais e carnes curadas, que podiam ser transportadas em longas viagens feitas nos acampamentos", afirma Spagnolli. Os alimentos mais utilizados na época eram a farinha de milho, mandioca, o feijão, a moquecada, carne de caça e frutas desidratadas.
Durante muito tempo, os bandeirantes foram encarados como "heróis". ... Essa imagem heróica acabou dando lugar a outra, oposta: os bandeirantes teriam sido bandidos crueis e sanguinários, que saqueavam aldeias indígenas, matando crianças, violentando mulheres e escravizando os índios.