Há hoje, novamente, um projeto para transformar essas cataratas em hidrelétrica. O estado do Amapá, onde se encontra parte do Projeto Jarí, exibe uma das mais curiosas biodiversidades de toda a região.
A fábrica e implementos custaram em torno de 200 milhões de dólares. Em 1982, ano de sua venda, a população do Jari alcançou a marca de trinta mil habitantes. Neste ano, sem apresentar resultados, Ludwig abandonou o projeto.
Entre o estado do Amapá e Pará, na Região Norte, há uma das principais fábricas de celulose do Brasil. Para entender essa produção de hoje é preciso voltar à década de 1960, quando o norte-americano Daniel Keith Ludwig veio ao Brasil dar início ao Projeto Jari.
A principal atividade prevista no início do Projeto Jari foi a extração e produção de madeira destinada à fabricação de celulose. Para isso, cem mil hectares de floresta nativa foram reflorestados com duas espécies vegetais importadas: a gmelina arborea e o pinus caribea.
O Projeto Jari teve início no final da década de 1960, quando o empresário norte americano Daniel Keith Ludwig adquiriu extensas áreas de terra na região do Vale do Rio Jari, baixo Amazonas, entre os Estados do Pará e Amapá, planejando a implantação de um polo agroindustrial na Amazônia.
Com sede e operações industriais em Vila Munguba, município de Almeirim no Pará, na região conhecida como Vale do Jari, a empresa possui 120 mil hectares certificados pelo FSC® para manejo de florestas plantadas, bem como certificação total de sua cadeia produtiva. Seu principal mercado é o asiático.
De fato, o projeto Jari causou um impacto forte na região, tanto na utilização do território (na substituição da floresta por uma monocultura) como no sistema socioeconômico (na desorganização das redes comerciais do extrativismo, formação de uma favela nas margens do projeto, migração…).
Daniel Keith Ludwig Idealizado pelo americano Daniel Keith Ludwig, o projeto Jari começou a sair do papel no fim dos anos 1960.
O atual projeto comporta um aumento de 20% da produção e há possibilidade de criação de uma nova linha de celulose para outras 750 mil toneladas. Uma das maiores dificuldades para a entrada de um sócio é a localização em plena floresta amazônica. A venda do pacote completo do projeto Jari é considerada complexa.
As Empresas EMBRAPA-AP, Natura, EDP Energias, CESBE Engenharia, Jari Celulose, Jari Florestal, Marquesa, NDR, RR, Itapema, Limprest, Lagarta, Cattani, Mantec e KW do Brasil são parceiras com investimento social e com a priorização da contratação da mão de obra qualificada por estes projetos.