"Freud propõe uma nova visão do homem, sendo dividido psiquicamente em uma parte consciente e conhecida e outra parte desconhecida, chamada de inconsciente. Até então, prevalecia a concepção de homem como indivíduo, ou seja, como indivisível, com pleno conhecimento de si mesmo ", explica Abel.
O desejo do psicanalista, nessa operação, é o de "levar o sujeito a seu fantasma fundamental, e isso não é ensinar-lhe nada, é aprender com ele como fazê-lo" (Lacan, 1964-1965/[s.d.], lição 16, de 65).
O objeto a busca responder à questão do lugar do analista como causa do desejo do analisando. Lacan diz do objeto a que ele é a substância da posição do analista, situando este como ponto de mira da operação que designamos por psicanálise.
Lacan forjou o termo "psicanálise em extensão" para se referir a "tudo o que resume a função de nossa Escola como presentificadora da psicanálise no mundo" (Lacan, 1967/2003, p. 251, grifo nosso) em oposição ao termo "psicanálise em intensão" no tratamento psicanalítico.
De acordo sua teoria da personalidade, as ações humanas são resultado de conflitos mentais e neuróticos. A humanidade, nesse contexto, está mais inclinada à agressão. Assim, exige a satisfação de instintos mais antissociais que impulsionam a obtenção do prazer individual.
O trabalho do psicanalista envolve uma análise bem próxima ao que é feito pelo psicólogo. A diferença é que sua técnica inclui um estudo do inconsciente. ... Este profissional não é necessariamente formado em psicologia ou medicina, e também não está apto a prescrever medicamentos em seu tratamento.
Desejo do analista é a expressão cunhada por Jacques Lacan para indicar o que chama de função essencial que há por trás do que se formula de início, no discurso do analisante, como demanda, ou seja, a transferência.
Lacan (1988a) situa a separação como um retorno, para o sujeito, da alienação constitutiva. Por este retorno, a falta do Outro é colocada à mostra, anunciada no para além ou no para aquém do que o Outro diz, na forma do desejo.