Por serem associadas às organizações criminosas chamadas Yakuza, a famosa máfia japonesa e também por terem sido usadas para tatuar criminosos na era feudal do Japão, as tatuagens não costumam ser bem vistas no país, especialmente pelas gerações mais antigas.
Chefe da Yakuza tatuado com um peixe koi. Segundo o folclore japonês, o peixe koi pode subir cachoeiras e nadar contra correntezas fortes.
A história da tatuagem no Japão tem sua trajetória marcada por muitos altos e baixos. Já foi utilizada para diversos fins como espirituais, decorativos, como símbolo de proteção, status ou coragem ou ainda para marcar criminosos. O povo Ainu, por exemplo, era bastante adepto das tatuagens decorativas.
Kenichi Shinoda Kenichi Shinoda conhecido como Shinobu Tsukasa é o atual líder do Yamaguchi-gumi, o maior sindicato Yakuza desde meados do século XX.
O que é Yakuza: Yakuza é uma famosa e tradicional máfia japonesa, conhecida internacionalmente por seus crimes violentos e por seu rigoroso código de postura e honra. A palavra Yakuza (Ya-Ku-Za) representa a sequência numérica 8-9-3, considerada o pior tipo de mão em um jogo de baralho típico japonês.
Não há uma lei específica, mas uma regra não escrita que condena as tatuagens aparentes. O que curioso porque o Japão tem um traço cultural muito forte nas tatuagens de corpo inteiro, chamadas de irezumi. Muitas delas trazem motivos de guerra, sangue, animais, florestas e mulheres.
Conhecidas como "onsen", as centenas de fontes termais localizadas ao longo do país são proibidas para pessoas tatuadas. A explicação é histórica: a tatuagem, para os japoneses, simboliza uma ligação com o crime, em especial com a Yakusa, a máfia local nipônica.
Os simbolismos da cultura, da religião e da arte estão constantemente presentes em relação às tatuagens Yakuza. Porém, tatuar o corpo inteiro é uma prática altamente ligada a apenas este grupo. Antigamente, a presença de tatuagens nos membros da Yakuza era uma prática obrigatória. Hoje, esta prática não é tão usual.