As mulheres colocam as saias de chita por cima das suas roupas de trabalho e o traje se complementa também com as camisetas do grupo. Os cabelos são ajeitados com turbantes afros. As roupas, assim como os cânticos, representam e diferenciam quem pertence ao grupo.
Colocando as mãos no couro do tambor e gritando a palavra "machado", o jongueiro interrompe um ponto de jongo para que outro possa começar. Machado! - Antes de abrir a roda, os jongueiros pedem proteção aos ancestrais se benzendo nos tambores.
O jongo é, ainda hoje, bastante praticado em diversas cidades de sua região original: o Vale do Paraíba na Região Sudeste do Brasil, ao sul do estado do Rio de Janeiro e ao norte do estado de São Paulo e na região das Minas e das fazendas de café em Minas Gerais, onde também é chamado "Caxambu".
Costuma-se dançá-lo no 13 de maio da abolição da escravatura, nos dias de santos católicos de devoção da comunidade, nas festas juninas, nos casamentos e, mais recentemente, em apresentações públicas.
Em alguns locais é comum as pessoas participantes do Jongo dançarem ao redor dos instrumentos, noutros lugares dançam em frente aos instrumentos,sendo a que é uma dança de roda que se movimenta de forma contrária ao ponteiro do relógio(sentido anti-horário) coisa pouco comum, como passos para frente,pulos,giros ,etc.
Características - Jongo O Jongo é um ritmo quente e envolvente, que ainda conserva a punga (toque de umbigo), como em qualquer outra dança de umbigada. É feita uma roda e um casal dança no interior desta. Pode-se dançar a noite inteira em uma festa de Jongo, só interrompendo a dança com o nascer do sol.
Para a segunda, ele é originário da região africana do Congo-Angola e chegou ao Brasil com os negros bantos (Grupo Cultural Jongo da Serrinha, 2002:9) que, escravizados, trabalharam nas lavouras e na mineração.
o jongo é uma forma de ex- pressão que integra percussão de tambores, dança coletiva e elemen- tos mágico-poéticos. tem suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, sobretudo os de língua bantu. é cantado e tocado de diversas formas, dependendo da comunidade que o pratica.
no Brasil, o jongo se consoli- dou entre os escravos que trabalha- vam nas lavouras de café e cana- de-açúcar, no Sudeste brasileiro, principalmente no vale do rio para- íba do Sul.
Cultura criada e mantida sobre fundamentos familiares e de grupos sociais, o Jongo continuou a ser dançado neste novo espaço de pertencimento. Alguns encontraram em Madureira, Zona Norte do Rio, numa favela que batizaram de Serrinha, local apropriado para se estabelecer e perpetuar ali a tradição.