No tamponamento cardíaco, o líquido ou sangue se acumula entre as duas camadas do pericárdio, o qual passa a comprimir fortemente o coração. Esta pressão pode impedir o coração de se encher de sangue.
O tamponamento cardíaco surge aquando da acumulação de líquido no espaço pericárdico, conduzindo a compressão cardíaca secundária e ao aumento da pressão intrapericárdica. O seu aparecimento pode dar-se de forma aguda ou subaguda, de acordo com a etiologia.
O diagnóstico do tamponamento cardíaco é feito pelo cardiologista através da realização de raio-X de tórax, ressonância magnética, eletrocardiograma e ecocardiograma transtorácico, que é um exame que permite verificar, em tempo real, características do coração, como tamanho, espessura do músculo e funcionamento.
Exceto em situações de emergência (p. ex., tamponamento cardíaco), a pericardiocentese, um procedimento potencialmente letal, deve ser realizada sob orientação ecocardiográfica em um laboratório de cateterização cardíaca e deve ser supervisionada por um cardiologista ou cirurgião torácico se possível.
Além da visualização direta do derrame pericárdico, os principais achados que indicam o tamponamento são:
A Tríade de Beck caracteriza-se por um conjunto de três sinais que estão associados ao tamponamento cardíaco, como sons cardíacos abafados, diminuição da pressão arterial e dilatação das veias do pescoço, dificultando a capacidade do coração para bombear o sangue.
O pericárdio do termo é derivado do peri grego do prefixo ("ao redor ") e do kardia ("coração "), implicando uma estrutura que envolva ou encerre o coração. Morfològica, o pericárdio é um líquido enchido saco-como a estrutura que cerca o coração.
Procedimento. Trata-se de uma simples introdução de uma seringa de médio para grande calibre pouco abaixo do esterno e pouco a esquerda do paciente com uma pequena inclinação voltando a agulha para o braço esquerdo do paciente para drenar o líquido da cavidade pericárdica.
Está indicada quando o tamponamento cardíaco representa risco de vida imediato – provoca alterações hemodinâmicas (desconforto respiratório, hipotensão, estase jugular ou outros sinais de comprometimento circulatório) graves e crescentes.
Pericardiocentese é o processo utilizado para a retirada de líquido acumulado na membrana que envolve o coração (pericárdio). O local mais usado é através do ângulo infra-esternal apontado para cima e para a esquerda (abordagem sub-xifoide).