Antes mesmo de a internet existir, já havia redes secretas para a circulação de informações sigilosas. Chamadas de darknets, elas surgiram ainda no tempo da Arpanet e seus endereços não apareciam nos índices oficiais de laboratórios, bases militares e universidades. Embora recebessem dados da Arpanet, elas não estavam abertas nem enviavam informações para fora.
Em 2002, foi lançada uma alternativa do projeto para fins não-governamentais. Ela recebeu o nome de Tor (a sigla de The Onion Routing) e sua primeira versão estável foi liberada para uso no ano seguinte. Hoje, a organização The Tor Project licencia gratuitamente o código da plataforma e mantém tudo funcionando.
Traduzida literalmente como “internet profunda”, a deep web é a camada que fica logo abaixo da internet “rasa” - aquela que aparece nos mecanismos de busca e que fornece conteúdo aberto para qualquer pessoa conectada. Segundo a National Public Radio (NPR), agência pública de rádio dos Estados Unidos, mais de 90% da internet não estão disponíveis para navegadores de “superfície”, e grande parte dessa imensa fatia fica localizada na deep web.
Especialista recomendou o reforço na divulgação dos benefícios da imunização para combater notícias falsas. Encontro foi promovido pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Essa técnica foi utilizada em um site com imagens de pornografia infantil, por exemplo. O FBI foi criticado por temporariamente ter mantido o site no ar em vez de retirá-lo imediatamente, mas a Justiça americana entendeu que a medida foi necessária para colher mais informações sobre os visitantes da página.
As primeiras ideias que surgem ao citar deep web e dark web são atividades ilícitas: tráfico de drogas, racismo, grupos de ódio, movimentos políticos fora do debate democrático e pedofilia. Essa pré-concepção não está totalmente errada, mas também não está totalmente certa. Há muito mais sobre as camadas profundas da internet do que pode ser compreendido simplesmente pelos termos.
O Federal Bureau of Investigation (FBI) tenta vigiar a deep web em parceria com outras instituições com o objetivo de capturar criminosos ou solucionar crimes expostos nos fóruns dessa versão invisível da internet.
O termo se popularizou com uma definição mais compacta para se referir aos sites que necessitam do uso de programas específicos para serem acessados. O mais popular entre eles é o Tor, mas existem outros softwares, como Freenet e I2P. O emprego do termo "deep web" é incorreto neste contexto - o termo certo seria "dark web" (web escura).
Segundo a organização americana sem fins lucrativos Fundo de Tecnologia Aberta (OIT, na sigla em inglês), que luta por acesso irrestrito da internet em todo o planeta, o navegador criptografado Tor - ferramenta essencial para quem não deseja ser rastreado e a preferida por quem navega pela dark web -, registra alto tráfego de dissidentes políticos que usam recursos desse sistema para receber e divulgar notícias em países com fluxo de informação altamente limitado, como Nigéria, Camarões, Uganda e Zimbábue.
Outros sites que tentaram preencher o vácuo deixado pelo fim do Silk Road na venda de drogas, armas de fogo ilegais e até mesmo anúncios de assassinos de aluguel também foram fechados.
“Ela funciona como se fosse um labirinto e dificulta muito o rastreamento. É justamente essa privacidade que muita gente explora para fazer o mal”, explica Cleyton Viana, coordenador de Tecnologia da Serasa Consumidor.
Anúncio foi feito durante Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro, com participação dos presidentes Lula, Luis Arce (Bolívia) e Santiago Peña (Paraguai). Será desenvolvida infraestrutura em cinco rotas até 2026.
Se você já leu alguma matéria, artigo ou assistiu a uma reportagem sobre a internet que citava o termo dark web, sabe que o maior repositório online de venda de drogas do mundo, o Silk Road (Rota da Seda, em tradução livre - referência à rota comercial que ligava Europa e Ásia antes da descoberta do caminho marítimo para as Índias) costumava estar de portas abertas para usuários e traficantes de entorpecentes de todo o globo por meio da dark web.
O Tor, então, se tornou o navegador usado nos confins da internet — muitas vezes, para praticar crimes. Os domínios das páginas navegadas no Tor não são construídos em formato HTML, justamente para dificultar o acesso, e terminam em ponto onion (.onion).
Ao navegar na dark web, entramos realmente em um mundo obscuro de informações e conteúdo que não estão disponíveis para usuários comuns. Apesar do nome sombrio, essa camada esconde conteúdos que vão além das ilegalidades, e também oferece abrigo para quem luta por direitos humanos e por informação livre e irrestrita.
Na deep web, cada roteador pelo qual a conexão passa criptografa uma camada. Isso quer dizer que, para chegar à mensagem original, é preciso solucionar todas as outras codificações — as camadas. A The Hidden Wiki (a wiki escondida) é o índice mais famoso com links para navegação na deep web.