A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria (Bordetella Pertussis). Está presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, tranqueia e brônquios. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, pode levar à morte.
Testes específicos com anticorpos fluorescentes em amostras de nasofaringe fazem diagnóstico preciso de coqueluche, mas não são tão sensíveis quanto a cultura. Sorologias de fase aguda e convalescente pareadas podem ser úteis.
Conhecida desde 1500, ela é causada por uma bactéria, a Bordetella pertussis, que acomete o epitélio ciliado do trato respiratório e provoca sintomas variados de uma tosse prolongada até tosse paroxística de intensidade variável e com duração de várias semanas. O acesso de tosse pode ser seguido de vômitos e/ou por uma inspiração profunda que dá origem ao “guincho” característico.
Coqueluche em uma criança, com respiração pesada. A coqueluche provoca tosse paroxística; somente cerca de metade dos pacientes desenvolve tosse convulsa clássica. Nesse registro, a criança tosse sem inspirar até que tenha esvaziado os pulmões, então respira com uma tosse convulsa. A respiração pesada é causada pela adução das pregas vocais durante a inspiração.
Hemorragia no cérebro, nos olhos, na pele e nas mucosas pode resultar de paroxismos intensos e de consequente anoxia. Hemorragia cerebral, edema cerebral e encefalite tóxica podem resultar em paralisia espástica, deficit intelectual ou outros distúrbios neurológicos.
Tem tropismo pelo epitélio ciliado respiratório. A transmissão da doença ocorre durante os acessos de tosse, quando as gotículas eliminadas pelo doente são inspiradas pelos contatos suscetíveis. Nos indivíduos que não fazem uso de antibiótico, o período de transmissão inicia-se 5 dias após o contato e prolonga-se por 3 semanas após o início da tosse paroxística, podendo chegar a 6 semanas nos menores de 6 meses.
O tratamento da coqueluche é feito basicamente com antibióticos, que devem ser prescritos por um médico especialista, conforme cada caso. É importante procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas. As crianças, quando diagnosticadas com coqueluche, frequentemente ficam internadas, tendo em vista que os sintomas nelas são mais severos e podem provocar a morte.
Essa doença é mais comum de acontecer em crianças com menos de 6 meses que não foram vacinadas, mas também pode surgir em crianças, adolescentes e adultos que não possuem o esquema vacinal completo.
A coqueluche é uma infecção respiratória que pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum e mais provável de ser fatal em crianças, particularmente recém-nascidos < 6 meses.
A fase catarral com sintomas de Infecção das vias respiratórias superiores é seguida por uma fase paroxística com episódios repetidos de tosse rápida e consecutivos, seguida por inspiração profunda apressada (a respiração ofegante).
É importante que na presença de sinais e sintoma de coqueluche o médico seja consultado para que seja confirmado o diagnóstico e iniciado o tratamento mais adequado, que tem como objetivo promover a eliminação da bactéria, aliviar os sintomas, prevenir complicações e evitar a transmissão, sendo recomendado para isso o uso de antibióticos.
Coqueluche em um adulto, com respiração pesada. Nesse registro, o paciente tosse sem inspirar até que tenha esvaziado os pulmões, então respira com uma tosse convulsa. A respiração pesada é causada pela adução das pregas vocais durante a inspiração.
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Esses pacientes desprotegidos podem adoecer; além disso, adolescentes e adultos desprotegidos são um reservatório importante de B. pertussis e são, portanto, muitas vezes fonte de infecção para os recém-nascidos desprotegidos < 1 ano (que tiveram o maior aumento na incidência anual e a maior taxa de letalidade). Além disso, a virulência das cepas epidêmicas pode estar aumentando.
A contagem de leucócitos geralmente permanece entre 15.000 e 20.000/mcL (15 and 20 × 109/L), mas pode ser normal ou chegar a 60.000/mcL (60 × 109/L), geralmente com 60 a 80% de linfócitos pequenos.
A prevenção da coqueluche é feita por meio da vacina contra difteria, tétano e coqueluche, conhecida como DTPA, cujas doses devem ser administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforço aos 15 e 18 meses. As pessoas que não tenham sido imunizadas corretamente podem tomar a vacina na vida adulta, inclusive grávidas. Veja como funciona a vacina contra a difteria, tétano e coqueluche.
As espécies de Bordetella compartilham um grau elevado de homologia de DNA entre os genes de virulência. Apenas a B. pertussis expressa a toxina pertussis (TP), a proteína de maior virulência, e tem como único reservatório natural os seres humanos.
Hospitalização com isolamento respiratório é recomendada para lactentes gravemente enfermos. O isolamento é mantido até que os antibióticos tenham sido administrados durante 5 dias.