No Brasil, mais de 99% dos casos de malária ocorrem na região amazônica (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão).
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Com este plano, o Brasil ratifica seu compromisso com o desafio global de eliminar a malária e oferece, aos programas federal, estaduais e municipais, diretrizes e recomendações para definição de suas estratégias locais.
Malária grave exige tratamento urgente. Em decorrência do risco de progressão para doença grave em pacientes com infecção por P. falciparum, deve-se internar os pacientes para monitorar a resposta clínica.
Pode-se utilizar PCR (polymerase chain reaction) e sondas de DNA específicas para as espécie, mas não estão amplamente disponíveis nos locais de atendimento. Podem ajudar a identificar infecção por Plasmodium spp após a malária ter sido diagnosticada. Como testes sorológicos podem refletir exposição anterior, eles não são úteis no diagnóstico de malária aguda.
Esplenomegalia geralmente torna-se palpável ao final da primeira semana de doença clínica, mas pode não ocorrer com P. falciparum. O baço aumentado apresenta consistência frágil e propensão à ruptura traumática. A esplenomegalia pode diminuir com ataques recorrentes de malária, à medida que uma imunidade funcional se desenvolve. Após muitos acessos, o baço pode se tornar fibrótico e sólido e, ocasionalmente, aumentar de forma maciça (esplenomegalia tropical). Hepatomegalia, geralmente, acompanha a esplenomegalia.
Os elementos básicos do ciclo de vida são os mesmos para todas Plasmodium spp. A transmissão se inicia quando uma fêmea do mosquito Anopheles se alimenta em uma pessoa com malária e ingere sangue contendo gametócitos.
Em razão do risco de progressão para doença grave em pacientes com infecção por P. falciparum, deve-se internar os pacientes para monitorar a resposta clínica e verificar a densidade do parasita a cada 12 a 24 horas até que as manifestações clínicas melhorem e haja uma diminuição na densidade do parasita [ver CDC: Treatment of Malaria: Guidelines for Clinicians (United States)].
Em 2020, houve aproximadamente 241 milhões de casos de malária, com 95% deles na África (ver 2021 World Malaria Report). Estima-se que 627.000 pessoas morreram de malária em 2020, majoritariamente crianças < 5 anos de idade. Desde 2000, as mortes por malária diminuíram em cerca de 30% por causa de esforços do RBM RBM (Roll Back Malaria) Partnership to End Malaria, que tem > 500 parceiros (inclusive países endêmicos e várias organizações e instituições). Apesar de décadas de declínio, a quantidade de mortes aumentou em 2020 como resultado de interferências decorrentes da pandemia de COVID-19.
A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium. O mosquito anofelino também é conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. Apenas as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são capazes de transmitir a malária. A malária não pode ser transmitida pela água.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego.
Em 6 de outubro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso generalizado da vacina contra a malária RTS, S/AS01 (RTS,S) em crianças da África Subsaariana e de outras regiões com taxa de transmissão moderada a alta da malária por P. falciparum. (See WHO recommends groundbreaking malaria vaccine for children at risk.)
O PNCM é alicerçado nos componentes abaixo, que correspondem às estratégias de intervenção a serem implantadas ou fortalecidas de forma integrada, de acordo com as características da malária em cada área. Os dois últimos componentes se referem a importantes elementos para aceleração e sustentação do controle e da eliminação da doença:
Tratar roupas e equipamentos (p. exp., botas, calças, meias e barracas) com produtos contendo 0,5% de permetrina, que continuam protegendo mesmo após várias lavagens (existem roupas já pré-tratadas que podem ter efeito protetor mais prolongado)
P. falciparum provoca a doença mais grave por causa de seus efeitos microvasculares. É a única espécie com probabilidade de provocar doença fatal se não for tratada; pacientes não imunes podem morrer dentro de dias após o início dos sintomas. Os aumentos da temperatura e os sinais e sintomas concomitantes geralmente se manifestam em um padrão irregular, mas podem se tornar sincrônicos, ocorrendo em padrão de febre terçã (aumentos da temperatura em intervalos de 48 horas), particularmente nos moradores de regiões endêmicas que têm imunidade parcial.
2. Ferreira MU, Nobrega de Sousa T, Rangel GW, et al: Monitoring Plasmodium vivax resistance to antimalarials: persisting challenges and future directions. Int J Parasitol Drug-Drug Resist 15:9-24, 2021. doi:10.1016/j.ijpddr.2020.12.001
Em relação à malária, a descentralização das ações de vigilância em saúde é uma forma efetiva de viabilizar a implantação da mudança da estratégia mundial de erradicação para o controle integrado, que estabelece como objetivos principais a prevenção da morbi-mortalidade e a redução da gravidade dessa doença.
Prevenção. O controle do vetor, que é o mosquito, é a principal estratégia para reduzir a transmissão da malária, além do fornecimento de medicamentos para as infecções. É possível garantir proteção às comunidades com uma cobertura alta dessa estratégia.
O controle vetorial é a principal forma de prevenir e reduzir a transmissão da malária. Se a cobertura das intervenções de controle do vetor dentro de uma área específica é suficientemente alta, então a medida de proteção será conferida a toda a comunidade.
O tratamento imediato e adequado da malária tem como objetivo a prevenção de formas graves da doença, bem como a redução da mortalidade, além de eliminar a fonte de infecção para o mosquito, e, conseqüentemente, reduzir a transmissão da doença.
A malária é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer.
A febre hemoglobinúrica é uma complicação incomum da malária falciparum. Ela é causada pela ruptura de um grande número de glóbulos vermelhos do sangue que liberam pigmentos de sangue (hemoglobina) na corrente sanguínea.
Na malária cerebral, além da febre, pode aparecer dor de cabeça, ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos, podendo o paciente chegar ao coma.