Infelizmente, não é raro encontrar relatos de casos de bullying no ambiente escolar, em que um ou mais estudantes intimidam outro criando apelidos maldosos, fazendo xingamentos, dando empurrões, entre outras agressões. Por isso, é extremamente necessário que pais e escolas estejam atentos aos sinais de bullying escolar e saibam como proceder nesses casos.
É importante destacar que o cyberbullying não é apenas uma brincadeira de mau gosto ou uma forma inofensiva de se divertir. Pelo contrário, ele pode ter consequências graves e duradouras para as pessoas que são alvo dessas agressões.
A escola deve ser a sua maior aliada no combate aos episódios de bullying. Entre em contato com o coordenador do colégio e marque uma reunião para discutir o problema, buscar esclarecimentos e estabelecer uma parceria com a escola para solucionar a questão.
Evite fazer críticas e não minimize o problema. A criança precisa ser ouvida. Os pais devem relatar o bullying com crianças a um responsável na escola para tomar providências contra os agressores. Nos casos mais graves, quando há perseguição na internet, é necessário reunir provas do conteúdo abusivo. Imprima páginas e mensagens ofensivas à criança para fazer um boletim de ocorrência. Entre em contato com o provedor para retirar do ar essas publicações.
Inculcar a capacidade da criança de reconhecer suas próprias emoções é essencial para que, em uma situação estressante, não permita que a raiva ou a frustração os obriguem a fazer coisas contraproducentes para sua situação.
Apoiar a escola pode ser muito difícil para os pais nesses casos, mas é um passo extremamente importante. Ao fazer isso, você está permitindo que seu filho aprenda uma valiosa lição de vida. Também mostra que há consequências para más escolhas e que você jamais as corroborará. A pior decisão que você pode tomar é minimizar a situação e defender seu filho para salvá-lo de enfrentar as consequências.
O cyberbullying é uma prática insidiosa e cada vez mais presente na sociedade atual. A facilidade e a velocidade com que as informações são compartilhadas na internet permitem que esse tipo de bullying se propague rapidamente, alcançando um grande número de pessoas em pouco tempo.
Vale lembrar, porém, que cada pessoa reage de uma maneira diferente aos episódios de bullying na escola. Por isso, se você desconfia que o seu filho está sofrendo com intimidações na escola e identificou um ou mais desses sinais, leia o próximo tópico para entender como enfrentar o problema.
O termo bullying vem do inglês bully, que significa valentão, foi usado pela primeira vez por Dan Olweus, psicólogo sueco da Universidade de Bergen, na Noruega. Foi Dan Olweus quem desenvolveu os primeiros estudos sobre bullying no fim da década de 1970, ao estudar tendências suicidas entre adolescentes descobriu que a maioria desses jovens tinham sofrido algum tipo de violência.
A prevenção está no centro da resolução do bullying, colocar as crianças no centro do debate com empatia, sem ditar regras ou fazer acusações, permite que elas possam expor as situações que estão vivendo, sem receio de serem repreendidas.
O bullying é um problema grave, cujas consequências podem ser desastrosas, principalmente para a vítima. Dados da última edição do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Programme for International Student Assessment, PISA), de 2015, revelaram que 17,5% dos alunos brasileiros que prestaram o exame admitiram sofrer algum tipo de bullying. Ao todo, 72 países participaram da consulta, e a média geral nesse quesito foi de 18,7%. O exame é realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Explique as consequências do bullying para quem é vítima e estimule-o a pensar sobre como se sentiria se fosse o colega que está sendo intimidado. Quando as crianças aprendem a ver as coisas de uma perspectiva diferente, elas são menos propensas a repetir essas ações no futuro. De fato, trabalhar a inteligência emocional de seu filho e fomentar a empatia ajuda muito na prevenção do bullying.
O bullying pode trazer sérias consequências, com efeitos negativos e permanentes para as vítimas, tanto no aspecto físico quanto psicológico. Algumas das principais consequências incluem:
Quando o bullying é detectado antecipadamente e tratado de forma adequada, é possível que não se repita. Mas não assuma que isso é uma máxima. Então, monitore o comportamento de seu filho e continue a discipliná-lo, se necessário ― o que pode levar tempo e exigir uma dose extra de paciência. Por isso, não espere a escola chamar você para conversar. Tome iniciativa, busque os coordenadores e peça um feedback de como ele está se comportando na escola.
Levando em consideração o quão difícil pode ser para o jovem expressar sua experiência negativa, é uma boa idéia parabenizá-lo por ter feito isso. É importante reafirmar sua auto-estima , informando o quão corajoso foi ousar contar o que está acontecendo.
Para garantir a segurança e o bem-estar dos seus filhos, é importante buscar uma escola que se preocupe e se dedique a trabalhar esse e outros temas relacionados a competências socioemocionais com os alunos. O Poliedro Colégio, por exemplo, conta com uma equipe de Orientação Educacional composta por pedagogas e psicólogas, disponíveis para dar todo o apoio necessário a estudantes que possam estar em sofrimento.
Se a criança ou adolescente sofre bullying na escola ou em outros ambientes, pais e escola devem ficar atentos e perceber todos os eventuais sinais, para que possam evitar problemas sérios no futuro e que possam atrapalhar o desenvolvimento saudável da criança.