Em 1924, em Paris, André Breton (1896-1966), escritor e poeta francês, escreveu um manifesto depois de cortar relações com Tristan Tzara, líder do movimento Dadaísta, e assim nasce o Surrealismo, para muitos a última das grandes vanguardas.
A maioria do seu trabalho consiste na representação sequencial de um sonho, algo que ele conseguiu exercitando sua mente para aceitar o subconsciente como parte do consciente e assim de lá tirar sua inspiração.
As suas pinturas representam sobretudo formas biomórficas, sem contraste, e tematicamente são composições que remetem para um cruzamento entre o mundo fantasmagórico e dos sonhos.
Essa é uma representação clássica da realidade misturada com elementos inusitados, o esperado do Surrealismo. O objeto foi criado para o poeta inglês Esward James (1907-1984), que era um grande colecionador de coisas surrealistas.
Apesar de ser um dos artistas mais associados ao Surrealismo, as obras de Magritte distanciam-se bastante do ilusionismo das de Dalí e das obras fortemente influenciadas pelo automatismo de Miró.
Nas obras de Joan Miró (1893-1983), eram esboçados traços nítidos e embora sejam apresentadas de forma amistosa, suas obras dificilmente eram claras. O artista também era escultor e ainda se dedicou à cerâmica. Confira uma de suas principais obras:
O Surrealismo no Brasil sofreu grande influência do Movimento Modernista. Dentre seus principais artistas, pode-se citar Tarsila do Amaral, Ismael Nery, Cícero Diase Maria Martins.
Em 1928, Oswald de Andrade lançou o Manifesto Antropofágico, que rompeu as tradições literárias antigas, demonstrando sua oposição à realidade, assim como o Surrealismo na Europa. No mesmo ano, Tarsila do Amaral pintou “Abaporu”, que foi de grande importância para o período.
A obra de René Magritte foi desenvolvida em 1928. Não se sabe a origem do casal, mas existem duas possibilidades. A primeira, representaria sua mãe, que cometeu suicídio. O vestido é semelhante ao que ela usava. A segunda, seria referente a um vilão da literatura francesa que sempre andava com o rosto coberto.
Quando se fala em Surrealismo, o nome do espanhol Dalí (1904-1989) é um dos mais reconhecidos. O artista também foi escultor e ainda desenhava jóias e móveis. Confira uma de suas principais obras:
O Surrealismo tinha como principais temas os elementos incompatíveis, metamorfoses, sexo sem pudor, sonhos, vida em objetos inanimados, escrita automática (desenhos sem planejamento). Esses temas eram desenvolvidos com as seguintes características do surrealismo:
Sua marca foi deixada inclusive no cinema, dada sua colaboração em dois filmes com Luis Buñuel (1900-1983, realizador de cinema espanhol): Un Chien andalou (Um Cão Andaluz) em 1929 e L'Age d'or (A Idade do Ouro) em 1930.
Dentre os escritores surrealistas, pode-se destacar: André Breton, Jacques Prévert, Paul Éluard, Louis Aragon. No Brasil, pode-se citar Murilo Mendes (1901-1975). Confira um trecho de um de seus principais poemas, Aproximação do Terror:
Tal como outros artistas, Miró passou por, foi influenciado e deixou sua marca em vários movimentos, tendo começado pelo Fauvismo, depois pelo Dadaísmo, Surrealismo e Abstracionismo.
Os artistas surrealistas tinham como objetivo usar o potencial do subconsciente e dos sonhos como fonte para a criação de imagens fantásticas. Assim, as artes plásticas e a literatura eram vistas como um meio de expressar a fusão dos sonhos e da realidade em um tipo de realidade absoluta, uma "surrealidade".
O Dadaísmo foi um movimento de negação. ... Tratava de negar totalmente a cultura, defendia o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Politicamente, firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a guerra.
Essa proposta de arte era irreverente e espontânea, pautada na irracionalidade, na ironia, na liberdade, no absurdo e no pessimismo. O intuito principal era de chocar a burguesia da época e criticar a arte tradicionalista, a guerra e o sistema. Foi assim que aleatoriamente foi escolhido o termo "dadaísmo".
Significado de Dadá substantivo masculino e feminino [Artes] Adepto do dadaísmo (1916-1922), movimento artístico e niilista, definido pela oposição aos valores sociais e culturais, pela ênfase ao absurdo, pela falta de razão, direcionando o instinto criativo para negar o conceito de arte; dadaísta.
Conhecido pela sua ironia, buscava escandalizar o público. Em 1909, aderiu ao cubismo, depois fez obras com traços futuristas, e, após, filiou-se ao dadaísmo em 1918, mas rompeu com o movimento na década de 1920, dedicando-se ao surrealismo.