O terceiro princípio ou da reconfiguração está voltado à necessidade da transformação da indústria cultural. Lemos cita a questão da autoria e proteção de obras para reprodução, uso e cópia e acrescenta que apesar da cibercultura possibilitar a difusão de informações, através dos podcasts (o fim da rádio?)
Lemos (2003) introduziu as três “Leis da Cibercultura”: a Lei da Re- configuração, a Lei da Liberação do Pólo da Emissão e a Lei da Conec- tividade Generalizada.
Cibercultura, segundo Pierre Lévy, “é um fluxo contínuo de ideias, práticas, representações, textos e ações que ocorrem entre pessoas conectadas por computadores”. ... O ciberespaço seria o espaço digital existente entre os computadores ligados em rede, permitindo a troca de dados entre os usuários.
A cibercultura começou a se fazer presente na vida das pessoas comuns, já na década de 80, com a introdução dos microcomputadores pessoais e portáteis. As telas dos computadores estabeleceram uma interface entre a eletricidade biológica e tecnológica, e entre o utilizador e as redes.
Na prática, a Internet molda a comunicação entre os jovens com os seguintes aspectos: excesso pessoalidade - na verdade, podemos notar que a comunicação entre os jovens envolve palavras abreviadas, curtas e de interpretação rápida. Exemplo: Abç p td. Esta é a forma abreviada da frase "Abraço para todos".
A juventude é como um espelho retrovisor da sociedade. Mais do que comparar gerações é necessário comparar as sociedades que vivem os jovens de diferentes gerações. Ou seja, em cada tempo e lugar, fatores históricos, estruturais e conjunturais determinam as vulnerabilidades e as potencialidades das juventudes.