Na verdade, Aristóteles distingue a existência de quatro causas diferentes e complementares:
Ato é a forma assumida por um ser em um determinado momento, sua realização (atualização da potência) segundo um fim inerente ao ser. Potência é aquilo em que é possível algum ser se transformar em virtude desse fim próprio. Assim, uma semente é uma potência da árvore.
Filosoficamente falando uma cadeira não é apenas um objeto que serve para sentarmos como poderiam pensar as mentes levianas. ... Para ilustrarmos tal conceito com um fato podemos imaginar um filósofo sentado numa, fazendo altas conjecturações e relembrando a máxima mais famosa de René Descartes - Penso, logo existo!
A essência de uma cadeira é a descrição precisa da soma de todas as qualidades de certos objetos utilizados para se sentar e que os insere na classe das cadeiras; assim, o mesmo raciocínio funciona para todos os objetos do mundo. ... Assim, uma cadeira existe em ato, pois sentamos nela.
Seguinte: Para nosso amigão Aristóteles, potência seria o que algo viria a ser. ... Ou seja, para Aristóteles, você é um estudante em ato e um trabalhador em potência. Para ele, todo ato tende a virar potência.
Resumindo: Para Aristóteles todas as coisas são formas e matéria, podendo mudar de forma e permanecer na mesma matéria. Desta forma, o movimento constitui-se em ato e potência, isto é, aquilo que as coisas são, e a potência é a possibilidade que elas podem vir a ser.