Mulheres, homens, máquinas… novas técnicas, tecnologias futuristas e um olhar diferente para as coisas da terra, para o que dela podemos tirar e o que para ela devemos devolver. Essa é a síntese do trabalho de pesquisa e análise de dados conduzido pela equipe da Forbes que culminou nesta lista das 100 maiores empresas do agronegócio brasileiro em 2021, jogando luz sobre os players que têm mantido o Brasil no topo da pauta da alimentação da população mundial. A Lista Forbes Agro 100 traz as maiores empresas de capital aberto no país e quem está por trás de algumas delas. Sua elaboração teve como base informações de demonstrativos financeiros das empresas, além de dados compilados pela agência Standard & Poor’s.
É a maior cooperativa brasileira e possui um modelo de negócios único no setor sucroenergético, que inclui todos os elos da cadeia de açúcar e etanol, desde o acompanhamento da safra no campo até os mercados finais, incluindo armazenamento, transporte e comercialização. No último ano-safra, produziu 3,7 milhões de toneladas de açúcar – 1,9 milhão foi exportado e 1,8 milhão foi vendido no mercado interno. A produção de etanol também foi significativa, com 5 bilhões de litros comercializados. Desse total, 4,7 bilhões destinaram-se ao mercado interno. Desde 2012, a Copersucar tem uma participação no capital da trading Eco-Energy, que no ano-safra mais recente movimentou 9,2 bilhões de litros de etanol, principalmente no mercado americano.
A empresa que começou como um açougue hoje é uma companhia que abate e comercializa suínos para o mercado nacional e também para exportação. No mercado interno, os produtos são destinados a food service, varejo e lojas próprias. Na exportação, que começou em 1996, o grande cliente dos últimos anos tem sido a China. São dois frigoríficos para abate de suínos, com mais de uma centena de preparações, entre curados, linguiças, presuntaria, fatiados, defumados, banha, salgados e cortes congelados in natura. Também foram desenvolvidas linhas para festas, sabores diversos e incorporada a carne bovina no portfólio, também em diversos produtos para varejo e food service. Com foco na diversidade, o mais recente investimento, da ordem de R$ 100 milhões, foi na ampliação de uma das fábricas.
Criada em 1851 na região francesa da Alsácia para exportar trigo para a Suíça, a Louis Dreyfus é uma das principais companhias de comercialização e processamento de grãos. É também uma das poucas empresas centenárias cujo controle permanece com a família fundadora. Chegou ao Brasil em 1942 com a compra da Coinbra e atua em café, algodão, grãos, sucos, oleaginosas, arroz e açúcar, sendo uma das dez maiores exportadoras do país. Opera cerca de 60 unidades industriais e logísticas no país e emprega em torno de 11 mil pessoas.
Nascida como Cooperativa Tritícola de Não-Me-Toque e posteriormente renomeada Cotrijal, a cooperativa é uma participante tradicional da atividade tritícola no Rio Grande do Sul e uma das maiores cooperativas do estado, com 59 unidades de negócio destinadas à armazenagem de grãos e ao atendimento aos cooperados, além de 20 lojas e 10 supermercados. A cooperativa também apoia a atividade leiteira da região.
A paranaense Integrada Cooperativa Agroindustrial registrou um novo recorde de faturamento em 2020. Os R$ 4,42 bilhões representam uma expansão de 36% em relação aos R$ 3,25 bilhões de 2019, que já haviam sido um recorde. O número de cooperados voltou a crescer e avançou para 10,8 mil. A Integrada possui 64 unidades de recebimento de produtos agrícolas nos estados do Paraná e de São Paulo. Os itens mais importantes são soja, milho, trigo, café e laranja, mas a cooperativa também elabora produtos menos comuns, como aveia. Em 2020 foram comercializados 2,78 milhões de toneladas de grãos, alta de 35% ante 2019.
Agrega 10,3 mil cooperados e cerca de 3 mil funcionários. Em 2019, a cooperativa recebeu 11,8 milhões de sacas de grãos, sendo 6,7 milhões de sacas de soja, 3,6 milhões de sacas de milho e 1,5 milhão de sacas de trigo. Além de processar a produção dos cooperados, a Coasul produz ração e opera um abatedouro de aves. Em 2019, exportou R$ 265 milhões. A cooperativa mantém infraestrutura própria de recebimento, secagem e armazenagem de cereais, sendo seus estabelecimentos distribuídos em 43 unidades entre armazéns, lojas e supermercados.
A Yara foi fundada na Noruega em 1905 como uma subsidiária da companhia energética Norsk Hydro para produzir fertilizantes à base de nitrogênio por meio do processo de fixação, que consome muita eletricidade. A estratégia era aproveitar o potencial hidrelétrico do país nórdico. Posteriormente, a companhia expandiu suas atividades para petróleo e mineração e ampliou sua atuação geográfica para Oriente Médio e China, por meio de parcerias. Em 2004 a Yara desvinculou-se da Norsk Hydro e listou suas ações na bolsa de Oslo como uma empresa independente.
Fundada pelo casal Lauro e Ana Pamplona, a empresa começou em Agronômica (SC), com o abate de bois, passando depois à carne suína. A companhia atende o mercado interno e externo e a habilitação de exportação mais recente foi para o México. A Pamplona tem um plano de expansão até 2025, com investimento de R$ 300 milhões projetados para a fábrica de Rio do Sul (SC), R$ 420 milhões para a fábrica de Presidente Getúlio (SC) e mais R$ 225 milhões projetados para fábrica de rações, agropecuária e atualizações tecnológicas.
Fundada na região de Coruripe, a 120 quilômetros de Maceió, a usina começou suas atividades consolidando diversos engenhos. Nas décadas seguintes, expandiu suas atividades em direção ao Sudeste, em especial no Triângulo Mineiro. Tem cinco unidades industriais e um terminal de carga rodoferroviário. A companhia tem uma capacidade de moagem de 14,4 milhões de toneladas de cana, podendo produzir 470 milhões de litros de etanol, 20 milhões de sacas de açúcar e 680 gigawatts de energia. A usina emprega 9.400 funcionários.
Principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e maior exportadora de açúcar de cana, a Raízen é uma joint venture entre a Cosan e a Shell do Brasil. Possui 35 unidades produtivas e uma ampla rede de distribuição de produtos, mais de 7,9 mil postos de serviço da marca Shell, 70 terminais de distribuição e 70 aeroportos. Pode gerar 1,5 gigawatt de energia elétrica a partir do bagaço da cana. Emprega cerca de 40 mil funcionários, produz 6,2 milhões de toneladas de açúcar e comercializa 29 bilhões de litros de combustível.
Nasceu da união de oito cooperativas do oeste de Santa Catarina. A AURORA (Cooperativa Central Aurora Alimentos) foi fundada em 15 de abril de 1969. No Brasil, é o terceiro maior conglomerado industrial do setor de carnes. São 11 cooperativas associadas (Cooperalfa, Caslo, Coopervil, Colacer, Copérdia, Cooperitaipu, Coasgo, Auriverde, Cooper A1, Coopercampos e Cocari), com mais de 35 mil empregados diretos. As unidades localizam-se em Santa Catarina, no Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. São sete plantas frigoríficas de suínos, sete plantas frigoríficas de aves e uma planta de lácteos. A exportação atinge mais de 60 países. São mais de 800 itens em produtos à base de carne, leite, massas e vegetais. No processamento industrial, diariamente, são 1.000.000 de aves, 25.000 suínos e 1.500.000 litros de leite.
A Castrolanda possui 12 marcas que processam produtos de 1.111 cooperados, entre elas estão lácteos, suínos e cordeiro. O perfil dos produtores é variado, indo de grandes produções à agricultura familiar. A cooperativa inovou ao criar, ao lado de outras duas cooperativas paranaenses, a Frísia e a Capal, uma holding destinada a obter ganhos de escala. Unidas, as três organizações congregam mais de 5 mil cooperados que produzem para o mercado interno e já exportam para 25 países.
Nascida como uma trading de grãos em 1818 na Holanda, a Bunge se diferencia das demais líderes do setor por sua internacionalização precoce. Em 1876, um dos sucessores da família fundadora estabeleceu-se na Argentina para facilitar a exportação de trigo para a Europa. Atualmente, a companhia está em 35 países e emprega 35 mil funcionários. No Brasil desde 1914, a Bunge possui cerca de 100 unidades entre fábricas, usinas, moinhos, portos, centros de distribuição, silos e instalações portuárias. Ela emprega cerca de 17 mil colaboradores, é líder em originação de grãos e processamento de soja e trigo, em logística e na fabricação de produtos alimentícios. Produz óleos, maionese, margarinas com marcas como Soya, Delícia, Primor, Salada, Cardeal, Suprema e Gradina. Desde 2006, atua também no segmento de açúcar e bioenergia.
Especializada na produção de painéis e serrados, a empresa atua exclusivamente na cadeia de florestas plantadas. A divisão florestal conta com 64,5 mil hectares de terras no Paraná e em Santa Catarina para o cultivo de variedades de pinus. Todos os anos são plantados 7 milhões de árvores. Outros 66 mil hectares são mantidos como reservas nativas. No total, a empresa mantém 132 mil hectares de terras, incluindo áreas de cultivo de teca em Mato Grosso do Sul. O processamento, em três unidades industriais, é de cerca de 1,2 milhão de metros cúbicos de produtos de madeira, também por ano.
Fundada no norte do Paraná, a Santa Terezinha foi iniciada por sete irmãos da família Meneguetti. Com o fim do Proálcool, em meados dos anos 1980, o grupo aproveitou a crise do setor para crescer por meio de aquisições. O processo continuou e hoje a empresa conta com oito unidades, além de armazéns graneleiros para açúcar e grãos, um terminal de calcário, misturadora de adubos e tanques para estocagem de combustíveis. A empresa construiu um terminal rodoferroviário de fertilizantes em Paranaguá, que iniciou suas atividades em 2003. Em 2019, a Santa Terezinha entrou em recuperação judicial.
Fundada como uma trading no Meio-Oeste americano para negociar com grãos com o nome de F. H. Peavey, a empresa permaneceu com os fundadores por mais de cem anos, até 1982, quando foi comprada pela americana ConAgra Foods. Em 2013 foi adquirida pela trading japonesa Marubeni, que já tinha operações no Brasil. Tem mais de 4 mil contratos de originação de grãos no País, é uma das maiores tradings nacionais, com 18 filiais e 210 funcionários, e uma das líderes na exportação de soja.
Dona de 19 marcas de alimentos, entre elas Adria, Vitarella, Piraquê, Basilar, Zabet Isabela e Fortaleza, a M.Dias Branco produz biscoitos, massas, bolos, lanches, farinha de trigo, margarinas e gorduras vegetais. O preço médio total dos produtos ficou em R$ 6 por quilo em 2021, um avanço de 36% ante o ano anterior. A empresa conta atualmente com 17 indústrias ou complexos industriais, sendo sete moinhos. São 28 centros de distribuição em diversos estados, possibilitam a presença das nossas marcas em todo o território nacional, e o apoio à exportação para mais de 40 países.
A Produtos Alimentícios Orlândia S.A., ou Brejeiro, foi fundada pelo imigrante italiano Max Leonardo Define como produtora de algodão e arroz a granel. A empresa segue nas mãos da família. Foi pioneira em empacotar arroz para adaptá-lo aos supermercados. Depois expandiu o portfólio para a soja, que abriu o caminho para o mercado de energia. Desde 2011, a Brejeiro comercializa biodiesel. Hoje tem três unidades de esmagamento de soja, três beneficiadoras de sementes, duas beneficiadoras de arroz e dez armazéns.
Setores do Agronegócio
O agronegócio é formado por um conjunto de atividades interdependentes que têm em seu centro a agropecuária. Num dos pólos dessas atividades estão os fornecedores de máquinas, equipamentos e insumos agrícolas e, no outro, as atividades de processamento industrial, de distribuição e serviços.
O agronegócio é praticado por grandes e médios produtores, uma vez que são eles que têm créditos elevados para investir. Possuem significativa quantidade de terras agricultáveis e geralmente investem na monocultura.
Os três setores da economia são englobados pelo agronegócio. A produção agrícola (setor primário). O processamento de produtos, além das máquinas e equipamentos da indústria (setor secundário). E também a comercialização e distribuição daquilo que foi produzido ( setor terciário).
OBJETIVO DO AGRONEGÓCIO: Gerar desenvolvimento, renda e emprego para cada uma das regiões do Brasil. Buscar alternativas para diversificar a fonte de renda do produtor agropecuário brasileiro. Nas últimas décadas passamos de um importador de alimentos para o grande celeiro do mundo.
681 o conceito de agronegócio como "a rede de negócios que integra as atividades econômicas organizadas de fabricação e fornecimento de insumos, produção, processamento, beneficiamento e transformação, comercialização, armazenamento, logística e distribuição de bens agrícolas, pecuários, de reflorestamento e pesca, bem ...
Nesse grupo, estão os produtores das principais commodities agrícolas voltadas para exportação, os grandes pecuaristas, as usinas de álcool e de açúcar, as grandes plantações florestais etc. Esse é o segmento que hoje é chamado de agronegócio.
O agronegócio corresponde à junção de diversas atividades produtivas que estão diretamente ligadas à produção e subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária. EXEMPLO:leite,soja,algodão;tomate,café e etc...
Já deu pra perceber que essa é uma graduação que possibilita ao formando inúmeras áreas de atuação, não é mesmo? O gestor do agronegócio pode atuar no setor de agropecuária ou de agricultura em pequenas, médias e grandes empresas – de caráter público ou privado.