Como o atlas da saúde de 2020 da OMS, publicado em 8 de outubro de 2021 demonstrou, não só nos últimos anos, mas na última década os esforços que eram para ser direcionados à saúde mental foram insuficientes ou falhos na maior parte do mundo.
Os medicamentos podem ser usados para um controle hormonal, estabilização de humor, alívio dos sintomas físicos e psíquicos de cada transtorno em questão, mas são usados de forma associada a outros modos de tratamento.
A hereditariedade explica cerca de metade da etiologia (menos na depressão de início tardio). Dessa forma, a depressão é mais comum entre parentes de 1º grau de pacientes deprimidos, e a concordância entre gêmeos idênticos é alta. Além disso, os fatores genéticos provavelmente influenciam o desenvolvimento de respostas depressivas a eventos adversos.
Assim, precisando sua nomenclatura ser revista, decidiu-se adotar o termo transtorno mental, que derivou do inglês “Mental Disorder” que denominaria o conjunto de acontecimentos, comportamentos, humores e emoções assim como fatores físicos que causam desorganização mental por um período.
O diagnóstico baseia-se em critérios clínicos; distúrbios físicos devem ser excluídos por meio de avaliação clínica e testes selecionados (p. ex., hemograma; eletrólitos, níveis de TSH, B12 e folato).
Essa agressividade é completamente desproporcional a quaisquer estressores que possam ter iniciado os episódios, podendo ser descritas como surtos ou ataques que aparecem em minutos ou horas e, independentemente da duração, entram em remissão de forma espontânea e rápida. Após o episódio, em geral, o paciente demonstra arrependimento genuíno, vergonha e culpa. Ataques duas vezes durante a semana, por três meses ininterruptamente, denunciam a doença.
Um dos transtornos psiquiátricos mais comuns dentre esses é a anorexia, caracterizando pela busca intencional por um modelo de corpo muito magro, medo de engordar, tendo uma imagem distorcida de seu corpo fazendo com que restrinja a quantidade de comida que come, muito comum o uso de vômitos induzidos.
Transtornos de personalidade são subdiagnosticados. Quando as pessoas com transtornos de personalidade procuram tratamento, as principais queixas frequentemente envolvem depressão ou ansiedade, em vez de manifestações do transtorno de personalidade. Depois que os médicos suspeitam de um transtorno de personalidade, eles avaliam as tendências cognitivas, afetivas, interpessoais e comportamentais utilizando critérios diagnósticos específicos. Ferramentas diagnósticas mais sofisticadas e empiricamente rigorosas estão disponíveis para médicos mais especializados e acadêmicos.
Catatônico: pacientes têm retardo psicomotor grave, envolvem-se em atividade excessiva sem propósito e/ou se isolam; alguns pacientes fazem caretas e imitam fala (ecolalia) ou movimento (ecopraxia).
O comportamento geralmente pode ser melhorado em meses por terapia em grupo e modificação de comportamento; limites no comportamento muitas vezes tem de ser estabelecidos e impostos. Às vezes, os pacientes são tratados em um hospital-dia ou ambiente residencial. Grupos de autoajuda ou terapia familiar também podem ajudar a mudar comportamentos socialmente indesejáveis. Como os membros familiares e amigos podem agir de maneiras que reforçam ou diminuem os comportamentos ou pensamentos problemáticos do paciente, o envolvimento deles é útil; com aconselhamento, eles podem ser aliados no tratamento.
Existem diversos tipos de transtornos mentais, que são classificados em tipos, e alguns dos mais comuns incluem aqueles relacionados à ansiedade, depressão, alimentação, personalidade ou movimentos, por exemplo.
A exemplo disso temos a síndrome de Alice no país das maravilhas, em que a pessoa possui alterações em sua percepção, percebendo a si mesma e o ambiente ao seu redor em tamanhos diferentes.
Para a maioria dos transtornos de personalidade, os níveis de hereditariedade são de cerca de 50%, o que é semelhante ou mais alto do que aqueles de muitos outros transtornos psiquiátricos maiores. Esse grau de hereditariedade vai contra a suposição comum de que os transtornos de personalidade são falhas de caráter principalmente moldadas por um ambiente adverso.
É importante que saibam pelo menos um pouco de cada um deles, pois a convivência com pessoas com transtornos mentais é cada vez mais comum, uma vez que muitos não são incapacitantes.
Como tratar: psicoterapia individual e grupo para motivar o paciente a cessar o uso de substância e ajudá-lo a enfrentar os desafios pessoais e sociais. Os psiquiatras podem recomendar ainda medicamentos para ajudar a tratar sintomas como depressão ou alterações de humor, além da possibilidade de prescrever medicamentos que reduzam os efeitos da abstinência ou desejo pela substância.
Sintomas físicos: transpiração excessiva, tremores, gagueira, náusea ou diarreia (ocorrem quando a pessoa se depara com a situração).
Já a bulimia que também é relativamente frequente, consiste em comer grandes quantidades de comida e, em seguida, tentar eliminar as calorias de formas prejudiciais, como pela indução do vômito, uso de laxantes, exercício físico muito intenso ou jejum prolongado.
O que fazer: é necessário um acompanhamento psiquiátrico e psicológico, de forma que a pessoa consiga amenizar os sintomas. Remédios como antidepressivos ou ansiolíticos podem ser necessários em alguns casos. Saiba mais sobre a somatização e as doenças psicossomáticas.
O transtorno bipolar é a doença psiquiátrica que provoca oscilações imprevisíveis no humor, variando entre depressão, que consiste em tristeza e desânimo, e mania, impulsividade e característica excessivamente extrovertida. Entenda como identificar e tratar o transtorno bipolar.
O TAG é o transtorno de ansiedade mais comum dentre os diversos transtornos ansiosos, é também o transtorno psiquiátrico mais presente no Brasil, englobando 9,3% da população (18,6 milhões), segundo a OMS, sendo assim também o país com o maior número de casos no mundo.
A esquizofrenia é o principal transtorno psicótico, caracterizado como uma síndrome que provoca distúrbios da linguagem, pensamento, percepção, atividade social, afeto e vontade.
O tratamento pode ser fornecido em casa com uma unidade de luz especial que fornece 2.500 a 10.000 lux a uma distância de 30 a 60 cm que os pacientes olham por 30 a 60 minutos/dia (mais tempo com uma fonte de luz menos intensa).