Um grande problema e verdadeiro obstáculo para o avanço do agronegócio brasileiro é constituído pelo desperdício de alimentos ao longo da cadeia produtiva. ... Por sua vez, tecnologia inadequada, transporte ineficiente e cultura do desperdício constituem o tripé das perdas na produção de alimentos.
…todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável. (BALLOU, 1993, p. 24).
? Você terá um modal seguro de escoamento produtivo e não há necessidade de justificar a hidrovia como modal mais econômico. Isso já é fato corriqueiro, desde que você tenha a hidrovia com carga para transportar, que é o caso da região cortada pela hidrovia do Tocantins ? explicou o diretor de infra-estrutura aquaviária do DNIT, Hebert Drummond.
Conhecendo a dinâmica que a agricultura adquiriu e analisando esse conceito exposto acima, dois professores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América em 1957, John Davis e Ray Goldberg, concluíram que a agricultura havia se transformado e definiram um novo termo para ela agribusiness (Agronegócio), segundo eles:
Portanto a logística consiste em um processo de armazenamento e transporte de mercadorias, com a finalidade de viabilizar e direcionar o escoamento, utilizando o melhor percurso no menor tempo e custo possível.
Entretanto, para os agricultores, 25 anos é muito tempo. Principalmente em um momento de expansão do agronegócio e quando o país se consolida como um grande produtor mundial de alimentos. Como se não bastasse a infraestrutura de transportes insuficiente, ainda existem os problemas de armazenagem. O Brasil tem capacidade para estocar 125 milhões de toneladas de grãos. O ideal seria armazenar até o dobro da produção agrícola nacional, que na última safra foi de 144 milhões de toneladas.
Segundo Fayet, as condições naturais do país – com muitas terras cultiváveis e clima que colabora com variadas culturas – favorecem a produção nacional, suficientemente grande para atender à boa parte das demandas mundiais por alimentos. De importador de alimentos há 50 anos, o Brasil passou para o segundo maior produtor e primeiro exportador. “Se a evolução dos transportes não atrapalhar, o Brasil pode ultrapassar o maior produtor, os Estados Unidos, até 2020”, diz.
Para redistribuir a demanda e já prevendo que o volume de cargas vá triplicar até o ano de 2023, o DNIT elaborou o Plano Nacional de Logística de Transportes. O primeiro passo foi aprovar a lei para a reconstrução e ampliação da malha ferroviária do país.
“à agricultura consiste no esforço para situar a planta cultivada nas condições óptimas de meio (clima, solo) para lhe tirar o máximo rendimento em quantidade e em qualidade” (DIEHL, 1984, p.114).
O escoamento, no caso do transporte rodoviário, se refere à gestão do escoamento de carga, ou seja, de como a mercadoria é carregada pelas rodovias, seja do Brasil ou do mundo afora. Muito se engana quem pensa que o regime de escoamento não necessita de cuidados especiais.
Há dois meses, o governo federal lançou um plano de concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que prevê investimentos de R$ 198,4bilhões para melhorar a infraestrutura de transportes no país – R$ 69,25 bilhões até 2018 e mais R$ 129,2 bilhões até o fim das concessões, de cerca de 30 anos.
No (gráfico 1) acima percebe que o Brasil tem uma produtividade inferior aos EUA (Estados Unidos da América) o que faz que perdemos em produção, note que a área plantada brasileira é superior à deles, seria provável que se tivéssemos uma maior produtividade e uma melhor infraestrutura para escoamento de grãos seriamos na soja o maior produtor rural do mundo. Percebemos que nosso crescimento está como “ travado” por faltado de foco e objetivo nos resultados, para assim alcançarmos uma superioridade frente ao mundo.
Com isso o conceito de agricultura perdeu seu sentido, não é somente rural ou agrícola passou a depender de diversas outras coisas, (maquinas, e insumos que veem de fora). Agora precisa de infraestrutura para conseguir enviar seus produtos para os portos através de rodovias ou ferrovias, a realidade acabou mudando a agricultura que precisa entregar para os varejistas, atacadistas e fazer exportações.
Nesse contexto, investimentos visando obter melhorias no transporte podem reduzir tais custos e aumentar a eficiência, por isso dá-se tamanha relevância para o estudo do escoamento de grãos, ainda mais em uma realidade de preços exorbitantes de combustíveis fosseis.
O desmatamento é uma prática muito comum para a realização da agropecuária. A retirada da cobertura vegetal provoca a redução da biodiversidade, extinção de espécies animais e vegetais, desertificação, erosão, redução dos nutrientes do solo, contribui para o aquecimento global, entre outros danos.
Já quando se fala em logística e infraestrutura de transportes e armazenagem, a situação é diferente. Se há algo que pesa nos custos de produção e impede o agronegócio brasileiro de ser ainda mais competitivo, são os problemas enfrentados por quem produz na hora de escoar a safra.
Diminuição da biodiversidade por causa do uso agrotóxicos (pesticidas), que, muitas vezes, são pulverizados por aviões e atingem as áreas vizinhas, matando, assim, animais e plantas. O desmatamento também contribui para a diminuição da biodiversidade; Erosão causada pela irrigação e manejo inadequado dos solos.
O constante crescimento da economia e a grande valorização do ramo agrícola vem possibilitando grandes oportunidades de negócio e desenvolvimento em áreas como a agricultara. O avanço da tecnologia por um lado vem trazendo grandes benefícios para a sociedade como um todo, porém segundo Araújo, com esse avanço a população vem cada vez mais se locomovendo para os meios urbanos:
Embora não exista um consenso sobro o valor exato dos prejuízos da lavoura, dados oficiais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que as perdas de grãos no Brasil atingem um índice de 10%, cerca de 9,8 milhões de toneladas em 2000/2001. Segundo Denise Deckers (superintendente de arroz e movimento de estoques da Conab) citada por JARDINE (2002), esse percentual não tem apresentado grande alteração nos últimos anos. Em estudo realizado pela Embrapa Soja, constatou-se que as perdas na colheita estão praticamente inalteradas desde 1927. (MORAIS, MAYORGA, FILHO, 2005, p. 3).
No gráfico acima (gráfico 3), notamos a superioridade do transporte rodoviário sobre os demais modais logísticos, são 61,1% para rodoviário, 20,7% para ferroviário, 13,6% para aquaviário, 4,2% para dutoviário e 0,4% para aéreo. Os TKUs (Toneladas por quilômetros úteis) são bem superiores para o modal rodoviário, com essa análise demonstramos que nossa infraestrutura precisa melhorar, utilizando mais os outros modais para realizar o escoamento de grãos fazendo com mais excelência o escoamento, principalmente por que a soja e o milho são os grãos com maior representatividade e tem uma grande importância para o país. O modal rodoviário é apropriado para pequenas ou medias distancias entre produtores e armazéns e quando o volume é pequeno, indo a lugares que os modais de hidrovias e ferrovias não podem ir. Segundo a CNT:
Produzir mais, sem degradar o meio ambiente. Esse é o principal desafio da produção de alimentos no Brasil e no mundo. E nessa busca pela agricultura sustentável, o uso racional de agrotóxico, o investimento em tecnologia e a qualificação do produtor rural ganham, cada vez mais, o foco das atenções.
O território rural é alterado por expansão, concentração, intensificação, diversificação e substituição de atividades que ocorrem, ao longo do tempo, em diferentes regiões do País.
Quando no escoamento de produtos, utiliza-se mais de um tipo de veículo, dizemos que ocorreu um chamado transporte intermodal.
Atualmente, as rodovias brasileiras representam 61% da matriz do transporte nacional, enquanto ferrovias detêm 21% e hidrovias 14%.
Rodoviário
Principais meios de transportes O transporte terrestre pode ser subdividido em transporte ferroviário, rodoviário e metroviário. Esses três tipos são classificados como transporte terrestres. Cada um deles oferece benefícios e são usados conforme a necessidade e estrutura da região.
A primeira aconteceu na Flórida, no dia 1º de janeiro de 1914, com um hidroavião construído por um fabricante de autopeças. O aeroplano só podia acomodar um passageiro por vez e o voo, de 23 minutos, na linha St. Petersburg-Tampa, custava US$ 5 – da época.