Porque Se Deve Comungar?

Porque se deve comungar

No Evangelho de hoje, Jesus multiplica pães pela segunda vez, e é também a segunda vez que S. Marcos narra uma multiplicação milagrosa. Notemos alguns detalhes: Jesus está numa região deserta e se compadece das pessoas, porque “já estão há três dias comigo e não têm nada para comer”. É impressionante e comovedor a ascese, o desapego, o esquecimento dessa multidão! Eles vão até Jesus e são capazes de ficar três dias a ouvi-lo, querendo estar com Ele! Essa multidão peregrina no deserto, para os que conhecem o Antigo Testamento, recorda os 40 anos que o povo de Deus passou no deserto antes de entrar na Terra Prometida. Ora, foi neste mesmo ambiente desértico que Deus lhes deu o pão descido do céu: o maná. Jesus está, claramente, traçando um paralelo, porque os milagres de Cristo nunca são “simplesmente” milagres; eles apontam também para uma realidade espiritual, sobretudo se são prodígios materiais como esse. A realidade espiritual que vemos aqui é a que também nós vivemos. Nós estamos nesse mundo como em um deserto. Se nós somos de Cristo ou se estamos sendo atraídos por Ele, este mundo perde sabor, torna-se um mundo em que, sim, devemos servir a Deus alegremente, mas onde sabemos também não ter morada fixa. Estamos em viagem, e em uma bem incômoda. Por isso é necessário ter ascese, paciência; Deus porém não nos deixa sem assistência, sem ajuda. Eis por que Ele nos dá pão para a nossa caminhada no deserto. É a Eucaristia. No milagre da multiplicação, Jesus está recordando, sim, o maná de séculos atrás, mas está ensinando ainda que tudo isso é figura da Eucaristia que virá, do verdadeiro pão descido do céu, o pão dos viandantes e caminheiros, o pão que nos sustenta em nossa travessia. Do que mais precisamos como alimento espiritual? Do que mais necessitamos? Na Eucaristia, Deus quer-nos dar uma coisa que não somos capazes de produzir, que nenhum alimento terreno nos dará: o crescimento na caridade. Se estamos em estado de graça, se somos amigos de Deus, temos dentro de nós a caridade, o amor de Deus, nem que seja como uma pequena semente, chamada porém a crescer, a brotar, até se tornar finalmente uma árvore frondosa que dê frutos. Ora, como se faz crescer o amor que vem de Deus? É preciso ir à fonte dele, que é Jesus. Por isso nos é dada a Eucaristia, sobretudo para aumentar nosso amor a Jesus, para “colar” nosso coração ao de Jesus, nosso corpo de Cristo, nossa alma à do Senhor, nosso sangue ao dele. Deus mesmo nos vem dar a capacidade de amar. Se comungamos bem, em estado de graça, com fé, sabendo que “pagamos” um preço para comungar (isto é, que nos sacrificamos, como o povo que passou três dias no deserto); se nos esforçamos para ir à Missa e estar com Jesus; se preparamos nosso dia todo para a comunhão, então iremos comungar bem, iremos crescer no amor, iremos crescer em caridade. Quando as pessoas, durante o dia, encontravam S. Francisco de Sales, grande bispo e Doutor da Igreja, e perguntavam-lhe: “O que o senhor está fazendo?”, ele respondia: “Estou me preparando para celebrar Missa”, mesmo que só tivesse de celebrá-la no dia seguinte. No entanto, ele vivia assim, tendo o centro do dia na Missa que celebraria, na comunhão que faria, como se o dia se dividisse em duas partes: primeiro, a preparação para a Missa e para comungar; depois, a ação de graças. Se, após a ação de graça, já começamos a nos preparar para a próxima comunhão, então vivemos como vivia S. Francisco de Sales. É assim que devemos viver e, junto com aquele povo tão cheio de fé e devoção a Jesus, atravessar o deserto da vida, alimentados pelo pão vivo que desceu do céu, inflamados de caridade, conscientes de que a nossa pátria não está aqui, mas no céu, onde veremos o Amor face a face.

Para que isto ocorra, porém, como já lemos nas citações de São Paulo e São Justino, acima, é necessário que “examinemos a nós mesmos”, para vermos se “levamos uma vida como Cristo ensinou”, se “discernimos o Corpo”. O que é o Corpo de Cristo? É a Igreja. Quem nos ensina a levar uma vida como Cristo ensinou? A Igreja. Se nós nos separamos da Igreja, se nós não, como diz São Justino, “admitimos como verdadeiros os ensinamentos” da Igreja, nós não podemos comungar. Afinal, comungar é participar na Santidade de Cristo, na Santidade do Corpo de Cristo, que é a Igreja.

Mesmo na dor, cantar o louvor de Deus

É muito comum vermos, nas Missas dominicais, a imensa maioria das pessoas entrando na fila da comunhão. Uma questão então se levanta: “Será que todas essas pessoas estão em condições de comungar?”. Afinal, Deus escreveu pelas mãos de São Paulo:

Que resultado teremos se observarmos os sábios conselhos da Santa Madre Igreja? É o mesmo Decreto que responde: “Por meio da Comunhão freqüente ou diária se estreita a união com Cristo, robustece-se a vida espiritual, enriquece-se a alma com maior tesouro de virtudes e assegura-se melhor a vida eterna”.

A Importância da Comunhão

<strong>A Importância da Comunhão</strong>

Este costume era perfeitamente acorde com a doutrina: para figurar mais perfeita participação ao Sacrifício do altar recebiam nd Missa a Cristo tal qual Ele se apresentava dentro do Sacrifício — consagrado sob dupla espécie; em casa, porém, revestindo a Eucaristia mais o sentido de alimento (embora sem deixar de ser uma união com o Sacrifício), recebiam-no tão só sob a espécie de pão.

De igual maneira quis também Jesus Cristo que este Sacramento não só nos unisse a Ele, Cabeça, mas a todos os membros, sobrenaturalmente, por uma graça que lhe é toda particular. Assim, este Sacramento é, na verdade, o Sacramento da união do Corpo Místico, segundo aquela palavra de São Paulo aos Coríntios:

Comungar Durante a Pandemia

É particularmente importante ressaltar este ponto hoje em dia, dada a grande confusão que existe entre os fiéis. Um católico que não tem a intenção de abandonar a vida de pecado, cooperando em uma ação objetivamente pecaminosa (como, por exemplo, unir-se civilmente a outra pessoa enquanto o legítimo cônjuge ainda vive) talvez nunca possa receber a Santa Comunhão, já que lhe falta “o propósito de no futuro não mais pecar”.

A Igreja, como Deus escreveu pela mão de São Paulo, é o Corpo de Cristo. Ao recebermos o Santíssimo Sacramento, que é Nosso Senhor Jesus Cristo realmente presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nós nos unimos mais à Igreja. “O pão que partimos não é comunhão com o Corpo de Cristo? Visto que há um só Pão, nós, embora muitos, formamos um só Corpo, nós todos que participamos do mesmo Pão” (1Cor 10,17).

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2) Estar em estado de graça. O que é o estado de graça? Não é uma sensação de bem-estar, como muitos acreditam. É estar sem pecado mortal, é ter a Graça Santificante. Pelo Batismo nós recebemos esta Graça, e a perdemos pelo pecado que é cometido deliberadamente (ou seja, por querer) e conscientemente (ou seja, sabendo que é pecado) em matéria grave (ou seja, em coisa séria, como o matrimônio, por exemplo). Ela pode ser recuperada pela Confissão (leia o folheto sobre a Confissão para aprender mais). Assim, quem tiver cometido um pecado mortal depois da última confissão não pode comungar, ou estará “comendo e bebendo a sua própria condenação”. Esta pessoa estará somando aos seus pecados anteriores o pecado de sacrilégio, ao introduzir em sua impureza e imundície o Corpo Santíssimo do Senhor.

1. Para toda e qualquer pessoa, em toda e qualquer circunstância, a água natural não rompe o jejum que se exige para a recepção da Eucaristia. Mesmo sem necessidade alguma, pode a pessoa que vai comungar tomar água antes da Comunhão. Não é preciso licença do confessor para isto. Nem é preciso grande sede. Posso tomar quantos copos d’água quiser depois de meia noite e até na hora da Comunhão e receber Nosso Senhor na Eucaristia.

Logo, deve alimentar, robustecer, aumentar a vida. Não a vida material, pois se trata de alimento espiritual. A Eucaristia fortifica e aumenta a vida espiritual, que é Cristo mesmo:

Quanto tempo dura esta maravilhosa união de Cristo com o comungante?

A graça sacramental própria deste Sacramento — repitâmo-lo — é a união com Cristo e, por Ele e nEle, com os membros de seu Corpo Místico. Ficará isto bem patente se considerarmos a índole peculiar da divina Eucaristia, que já observamos de início (2): ela é o Sacramento social da Igreja.

É muito comum vermos Missas dominicais a imensa maioria das pessoas entrando na fila da Comunhão. Uma questão então se levanta: será que todas estas pessoas estão em condições de comungar?

O novo Catecismo cita também o que São Justino escreveu: “A ninguém é permitido participar da Eucaristia, senão aquele que, admitindo como verdadeiros os nossos ensinamentos e tendo sido purificado pelo batismo para a remissão dos pecados e a regeneração, levar uma vida como Cristo ensinou” (CIC 1355).

Espiritualidade

(Miranda, Padre Antônio. Doutrina Eucarística: Respostas às perguntas mais naturais que espírito humano formula diante do Mistério da Eucaristia. Editora O Lutador, 1955, p. 98-132)

Cabe lembrar que muitas pessoas confundem as leis da Igreja e acham que têm a obrigação de comungar todos os domingos. Isto não é verdade. A obrigação é de assistir a Missa inteira nos domingos e dias santos; a comunhão só é obrigatória uma vez por ano, no tempo da Páscoa. Assim, temos sim a obrigação de, uma vez por ano ao menos, fazermos uma boa confissão e comungarmos em seguida. É claro que, caso a pessoa esteja em condições, ela deve comungar sempre, preferivelmente todos os dias. Isto, porém, não é obrigatório. É perfeitamente aceitável passar o ano inteiro sem comungar, apesar do perigo que isso pode implicar para a alma (pois se a pessoa morrer em heresia ou pecado mortal irá para o Inferno).

Entregar-se sem olhar para trás

Unir-se sacramentalmente a Cristo é unir-se-lhe pela recepção física da hóstia. Esta recepção física da hóstia une, necessariamente, a alma com a Pessoa de Jesus Cristo. E esta união com a Pessoa de Cristo (que é o efeito imediato deste Sacramento) produzirá na alma o aumento de graça santificante e outros maravilhosos efeitos supondo-se que a alma está em estado de graça e se dispôs espiritualmente à fecundidade da união com Cristo.

Assim, comungar não significa simplesmente receber a Hóstia consagrada, muito menos mastigar um pedacinho de pão. É Nosso Senhor que recebemos, e d’Ele nos alimentamos para que mais nos unamos à Igreja. Não se trata de um ato sem qualquer significado; é uma ação que realmente nos transforma, é uma participação na divindade de nosso Senhor Jesus Cristo. É por isso que a Igreja manda que comunguemos de joelhos ou ao menos façamos um gesto de respeito, como uma genuflexão, antes de comungar. “Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele”, disse Nosso Senhor (Jo 6,57).

Por fim, embora não seja absolutamente necessário que o comungante preceda à santa comunhão com uma longa e cuidadosa preparação nem que reserve depois algum tempo à ação de graças, ambas as coisas — preparação e ação de graçassão vitais para que se colham com abundância os frutos da Sagrada Eucaristia, pois, como diz o Decreto, “este Sacramento […] produz tanto mais efeito quanto maiores e mais proporcionadas são as disposições de quem o recebe”.

O que representa para nossa vida espiritual a Eucaristia?

A Eucaristia faz memória a toda história da salvação, desde a Antiga Aliança, até ter a sua plenitude no Cristo crucificado, morto e ressuscitado. ... É também através da Eucaristia, que a Igreja agradece a Deus por todas as suas obras, por todo o seu amor para com a humanidade, oferecendo a Ele, o próprio Cristo.

O que significa receber o sacramento da Eucaristia?

Eucaristia significa reconhecimento, ação de graças, em grego, é uma celebração da Igreja Católica, para lembrar da morte e ressurreição de Jesus Cristo, é também chamada de comunhão. ... Antes da comunhão, as pessoas têm que estar livres dos seus pecados, fazendo a confissão para um padre.

Qual a importância de fazer a primeira eucaristia?

A primeira eucaristia abre o caminho do coração para uma vida abençoada e dá início a um lindo elo com Deus. ... Deus sempre andou ao seu lado e esteve com você desde antes seu nascimento, mas há muito significado em fazer sua primeira comunhão e sentir todo este amor através de um ritual tão bonito.

O que significa fazer a primeira eucaristia?

Primeira comunhão é uma celebração religiosa de algumas denominações cristãs, nomeadamente da Igreja Católica Apostólica Romana, em que os cristãos participantes desta cerimónia recebem pela primeira vez o "Corpo e Sangue de Cristo sob a forma de pão e vinho", respectivamente (hóstia).

O que fazer na primeira Eucaristia?

Para se preparar para a Primeira Eucaristia, a criança cristã deve aprender e compreender alguns dos princípios da Igreja, tais como os 10 Mandamentos, como acontece uma Celebração Religiosa (Missa), as principais Orações, os Mandamentos da Igreja e os 7 Sacramentos.

O que se faz na primeira comunhão?

A primeira comunhão é um rito de passagem para os católicos. Por meio desse sacramento, eles adquirem o direito de receber o corpo e o sangue de Jesus Cristo, simbolizados no pão (a hóstia) e no vinho, no ritual consagrado nas missas que simboliza o sacrifício de Deus pelos homens.

O que a madrinha da na primeira comunhão?

  • Bíblia. Para quem acabou de passar pela primeira Eucaristia, é muito importante seguir com os estudos da Bíblia. ...
  • Rosário. Esse é um grande símbolo do catolicismo. ...
  • Almofada decorativa. ...
  • Vela de primeira eucaristia. ...
  • Chinelo personalizado. ...
  • Garrafa de água benta personalizada. ...
  • Caderno de mensagens. ...
  • Toalha de rosto personalizada.

Quem é casado e não fez primeira comunhão pode comungar?

Desta forma, todo adulto batizado que não esteja impedido por lei, pode aproximar-se da Sagrada Comunhão, mesmo sem ter participado da tradicional “Primeira Eucaristia”, sendo ela simplesmente a primeira vez que ele comungar.