A Hepatite B é um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil e é causada por vírus. Em 2018, foi responsável por 13.922 (32,8%) dos casos de hepatites notificados no Brasil. O vírus da Hepatite B está relacionado a 21,3% das mortes relacionadas às hepatites entre 2000 e 2017.
15. Scaramuzzi DR. Eficácia da imunoprofilaxia na prevenção da transmissão perinatal da hepatite pelo vírus B em recém-nascidos de mães portadoras do vírus B e positivas para o AgHBe: metanálise [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2002.
Outras formas de prevenção devem ser observadas, como usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. O preservativo está disponível na rede pública de saúde.
Em recém-nascidos e lactentes, as vacinas devem ser aplicadas por via intramuscular no músculo ântero-lateral da coxa e em crianças maiores, adolescentes e adultos, no deltóide2-4(D).
O usuário do serviço público, conforme estabelecido pela lei nº13.460/17, tem direito a atendimento presencial, quando necessário, em instalações salubres, seguras, sinalizadas, acessíveis e adequadas ao serviço e ao atendimento.
O Ministério da Saúde recomenda a vacinação de todas as crianças menores de cinco anos de acordo com o calendário nacional. O Brasil é uma das referências mundiais em imunização e possui um dos maiores programas de vacinação do mundo. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) aplica anualmente uma média de 100 milhões de doses e o SUS tem capacidade de vacinar cerca de um milhão de pessoas por dia em todo o Brasil.
2. American Academy of Pediatrics. 2000 Red Book. Report of the Committee on Infectious Diseases. 25th ed. Elk Grove Village: American Academy of Pediatrics; 2000.
A investigação para hepatite B deve ser feita em todas as gestantes a partir do primeiro trimestre ou quando do início do pré-natal (primeira consulta), sendo que o exame pode ser feito por meio laboratorial e/ou testes rápidos. Para gestantes com resultado de teste rápido para hepatite B não reagente e sem história de vacinação prévia, recomenda-se a vacinação em 3 doses.
As vacinas contra a hepatite B disponíveis no Brasil são produzidas por engenharia genética por meio da inserção de um plasmídeo contendo o antígeno de superfície do vírus B (AgHBs) em levedura. As vacinas não promovem infecção, pois não contêm DNA viral. A vacinação induz apenas à produção do anti-HBs. As vacinas podem conter ou não timerosal1(D) e o AgHBs é adsorvido ao hidróxido de alumínio. Também estão disponíveis formulações combinadas com outras vacinas.
Os eventos adversos mais comuns são a dor no local da aplicação (3% a 29%) e febre baixa (1% a 6%); são mais freqüentes em adultos que em crianças nas primeiras doses e tendem a desaparecer em 24 a 48 horas3(D).
A ausência de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico precoce da infecção, exigindo preparação dos profissionais da saúde para ofertar a testagem rápida para a população. Os pacientes também podem solicitar espontaneamente a realização do teste rápido nas unidades básicas de saúde.
Quando um bebê nasce, o organismo não possui as defesas necessárias para combater infecções de origem externa, como vírus e bactérias. Por esse motivo, vacinar os pequenos com as doses recomendadas é fundamental para evitar o adoecimento, além de complicações e óbitos, já que as vacinas atuam no organismo criando anticorpos e protegendo a saúde do bebê e da criança.
Os títulos de anti-HBs considerados protetores são superiores a 10 mUI/ml. Após três doses intramusculares de vacina contra hepatite B, mais de 90% dos adultos jovens e mais de 95% das crianças e adolescentes desenvolvem respostas adequadas de anticorpos. Porém, com a idade, ocorre queda da imunogenicidade e, aos 60 anos, aproximadamente, somente cerca de 75% dos vacinados desenvolvem anticorpos protetores3(D).
No Alaska, região de alta endemicidade de hepatite B, dez anos após a implantação da imunização universal dos lactentes, entre 271 crianças menores de dez anos imunizadas, nenhuma ficou portadora crônica, e apenas quatro mostravam evidência de infecção pregressa resolvida, sugerindo que a vacinação universal pode levar à eliminação de novos casos de infecção crônica7(C).
Na maioria dos casos não apresenta sintomas e muitas vezes é diagnosticada décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação.
11. Centers for Disease Control and Prevention. Recommendations of the Immunization Practices Advisory Committee. Prevention of perinatal transmission of hepatitis B virus: prenatal screening of all pregnant women for hepatitis B surface antigen. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 1988;37:341-6.
1. Centers for Disease Control and Prevention Update: expanded availability of thimerosal preservative: free hepatitis B vaccine. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2000;49:642-51.
Os esquemas mais utilizados freqüentemente são de três doses nos momentos zero, um e seis meses após a primeira dose. O intervalo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de um mês, e entre a segunda e terceira é de, no mínimo, dois meses. A terceira dose deve ser administrada após os seis meses de idade. Se a vacinação for interrompida, não é necessário recomeçar o esquema, apenas completá-lo2,3(D).
5 mcg/0,5 mL: destinada a recém-nascidos, bebês, crianças e adolescentes com até 19 anos. 10 mcg/1 mL: destinada a adultos a partir de 20 anos de idade. não aplicar nas nádegas (via intramuscular).
Olá. Para saber se você se imunizou contra a hepatite B através da vacina, você precisa do exame Anti-HBsAg IgG. Se este exame for positivo, o Anti-HBeAg for negativo e o HBsAg for negativo, você foi protegida pela vacina.
A vacina exclusiva para hepatite B é ministrada em dose única em bebês ao nascer. No entanto, a imunização contra hepatite B continua sendo feita por meio da vacina pentavalente ao 2, 4 e 6 meses de vida.
(1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.
As mais comuns são: dor no local da aplicação e febre baixa e usualmente desaparecem nas primares 48 horas. Reações alérgicas graves e outras reações adversas são raras.
A vacina Hepatite B ajuda a proteger contra a Hepatite B, uma infecção hepática causada pelo vírus da hepatite B. A vacina Hib ajuda a proteger contra a bactéria Haemophilus influenzae tipo B (Hib).
O que previne: Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B. É composta por proteína de superfície do vírus da hepatite B purificado, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção.
É possível contrair hepatite b mesmo sendo vacinado? Após a vacinação é necessário dosar o Anti-HBs. Se este anticorpo estiver positivo (>10), o risco de contrair a infecção é mínimo (praticamente nulo), pois a vacina confere imunidade a todos os genótipos do vírus B atualmente conhecidos.
A relação abaixo mostra os principais usos dos exames: Para detectar infecção aguda: HBsAg e anti-HBc IgM. Pode ser pesquisado também o HBeAg. Para diagnosticar Hepatite B crônica: HBsAg e carga viral do vírus da hepatite B (HBV).
Após o HBsAg aparece o anti-HBc IgM . Os dois marcadores indicam infecção aguda. O anti-HBc IgG aparece em seguida ao anti-HBc IgM e pode ser detectável por muitos anos após a doença.
Dentre os marcadores sorológicos, o HBsAg é o primeiro que circula, aparecendo aproximadamente um mês após a exposição e desaparecendo cerca de 6 meses para as infecções com cura. Após o HBsAg aparece o anti-HBc IgM . Os dois marcadores indicam infecção aguda.
HBsAg - É o primeiro marcador que aparece no curso da infecção pelo HBV. Na hepatite aguda, ele declina a níveis indetectáveis rapidamente. Sua presença por mais de seis meses é indicativo de hepatite crônica.