A educação tem um papel fundamental na formação do sujeito por estar presente em sua vida desde seus anos iniciais. Tendo isso em vista, as práticas educacionais têm sido cada vez mais debatidas. Uma alternativa que tem ganhado cada vez mais espaços é a transdisciplinaridade.
O que aprendemos nas salas de aula impacta diretamente na nossa formação como pessoas. Quando essa abordagem conceitual nos permite quebrar fronteiras e promove a integração de diferentes contextos, o que ganhamos é o aprendizado livre da subestimação e do preconceito de culturas diferentes da nossa, de realidades diferentes da que vivemos e de diferenças que não estamos acostumados a encarar de frente.
A transdisciplinaridade na educação prevê uma maneira diferente de encararmos o relacionamento com o conhecimento. Esse método foca em como exploramos e absorvemos o conhecimento, como fazemos conexões entre disciplinas relacionadas e como isso pode fazer de nós melhores aprendizes.
Termo originalmente criado por Piaget, que no I seminário Internacional sobre pluri e interdisciplinaridade, realizado na Universidade de Nice, também conhecido como Seminário de Nice, em 1970, divulgou pela primeira vez o termo, dando então início ao estudo sobre o mesmo, pedindo para que os participantes pensassem no assunto.
A diferença básica dessa forma de ensino, é como os professores trabalham, se eles fazem um mesmo planejamento, onde todos participam de todos os processos, indo além de suas disciplinas de formação, isso é transdisciplinaridade. Eles vão envolver toda a comunidade escolar e seu entorno.
Infelizmente, uma boa parte das escolas do Brasil ainda não adotam o aprendizado transdisciplinar. No entanto, a boa notícia é que o valor desse conceito tem sido cada vez mais valorizado e a transição já está em andamento. O caminho a ser percorrido ainda é longo, até mesmo porque ainda existem muitas pessoas que não entendem completamente como funciona a transdisciplinaridade na educação.
Quando a integração de percepções, pontos de vistas e sinapses é efetivada, damos de cara com uma quantidade avassaladora de novas possibilidades. Por isso é tão importante organizarmos os nossos pensamentos diante da complexidade do novo. Afinal de contas, não há problema algum em ganhar conhecimento, apenas em saber organizá-lo.
Agora que você já sabe o que é a transdisciplinaridade, que tal começar a pensar em aplicar? Boa sorte! Para conferir outros conteúdos do nosso Blog, clique aqui.
As práticas nas quais as instituições de ensino investem, as disciplinas que compõem as grades curriculares e as matérias que não podem deixar de ser lecionadas pelo corpo docente estão em debate constante. Isso acontece porque precisamos estar a par da volatilidade dos acontecimentos que nos circundam e que criam a necessidade de revisitarmos a formação mais adequada.
Dessa forma, o aluno pode experimentar a diversidade e a contextualizar o conhecimento, o que o ajuda a desenvolver competências para transformar a realidade em que ele se encontra.
Auxilia-o a compreender melhor como se dão os processos interativos que ajudam a explicar e oferecer respostas adequadas à estrutura e à dinâmica da realidade vivida, em sua relação com outras realidades e com o mundo.
Mais de uma disciplina é trabalhada simultaneamente, contudo sem propor que haja qualquer tipo de interação. Sim, os objetos de estudos são analisados a partir de óticas distintas, mas não existe troca ou relação entre disciplinas. Essa é a realidade atual de muitas escolas, que abordam, por exemplo, a 1ª Guerra Mundial em História, o Expressionismo em Artes, porém sem dizer que um é derivado do outro.
Para entender melhor sobre a transdisciplinaridade, é interessante começar pelo esclarecimento e diferenciação entre esse e outros conceitos que estão interligados e muitas vezes acabam sendo confundidos: disciplinaridade, multidisciplinaridade e interdisciplinaridade.
A transdisciplinaridade pode não ser complexa, quando bem trabalhada em sala de aula. Mas é importante contar com o apoio de todos os professores. Assim que todos compreendem, como ela pode ajudar no aprendizado dos alunos.
Jean Piaget foi a primeira pessoa a utilizar o termo “transdisciplinaridade”, na década de 1970, enquanto participava do 1º Seminário Internacional sobre Pluri e Interdisciplinaridade. Mais tarde, a palavra continuou ganhando repercussão e foi repetida em outras grandes ocasiões, como na produção da Carta da Transdisciplinaridade, feita pela UNESCO em 1994.
Diz respeito aos campos de conhecimento que são compartimentalizados segundo uma visão cartesiana, buscando o aprofundamento em um conhecimento específico.
É um assunto complexo, assim como os problemas que tenta solucionar. Mas também é bem sutil e serve de limite entre o comprometimento e o individualismo de cada disciplina. Ela não possui uma definição exata, e ao mesmo tempo é um dos mais necessários conceitos quando tratamos de formação e educação.
Hoje, tendo o Centre International de Recherches et d`Études transdisciplinaires (CIRET) como um dos principais centros mundiais de estudos sobre os conceitos transdisciplinares, é um dos mais complexos, e por conseqüencia um dos mais estudados conceitos, onde ao mesmo tempo procura uma interação máxima entre as disciplinas porém respeitando suas individualidades, onde cada uma colabora para um saber comum, o mais completo possível, sem transformá-las em uma única disciplina.
Por meio dela, ocorre o aprofundamento do conhecimento de campos específicos do conhecimento. Esses, por sua vez, são explorados isoladamente, como acontece com as matérias nas escolas (História, Matemática, Língua Portuguesa, etc.);