(UFV-MG) A formação dos Estados Nacionais da Europa ocidental, durante a Época Moderna (século XV ao XVIII), embora tenha seguido uma dinâmica própria em cada país, apresentou semelhanças em seu processo de constituição. Sobre essas semelhanças é incorreto afirmar:
Segundo Bossuet, o regime monárquico era sagrado, justo e paternal. O rei, como representante de Deus, governava com justiça, mantendo uma relação paternal para com os súditos - considerados seus filhos, conforme a teoria de Bossuet. Trata-se de uma explicação que reforçou o papel do rei na sociedade e a legitimidade do poder de que este dispunha.
O absolutismo foi adotado em quase todas as monarquias europeias do século XVII. A exceção mais notável foi a Inglaterra, que teve dois reinados muitas vezes considerados absolutistas, como os de Carlos II (1660–1685) e Jacobo II (1685–1688) e ainda um monarca anterior que alguns historiadores caracterizam como absoluto, Henrique VIII (1509–1547), mas que desde 1688 viu consolidar-se uma monarquia constitucional.
O absolutismo vigorou na França entre os séculos 16 e 18, período conhecido como Antigo Regime - ou Ancien Regime, para os franceses. Trata-se de uma longa fase da história monárquica francesa, dominada em sua maior parte pela dinastia dos Bourbon.
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Luís 14 assumiu o trono em 1651, aos 13 anos. De 1661 até o final de seu reinado, governou sozinho a França, sem nomear um primeiro-ministro, como era o costume. Exerceu de maneira centralizada suas prerrogativas reais, associando sua figura a imagens míticas, como a do Sol.
Isto significa que o poder do soberano era formalmente único, indivisível, inalienável, incontrolável e pleno. Por outras palavras, era um poder absoluto, de onde deriva o nome que se confere tanto a esta ideologia como à sua realização histórica, ou seja, o absolutismo.
Luís XIV herdou o trono da França quando era criança, inicialmente exerceu como regente a sua mãe, Ana de Áustria, que confiou os assuntos de governo ao seu ministro, o cardeal italiano Mazarino. Este continuou as medidas iniciadas por seu antecessor, o cardeal Richelieu, que consistiam em garantir a posição da França na Europa e fortalecer a corte real francesa em detrimento da nobreza.
Na França, Colbert implementou medidas para a proteção da indústria manufatureira de exportação, como a regulamentação do trabalho para reduzir custos nas chamadas manufaturas reais (que na Espanha receberam o nome de Reais Fábricas). Isto gerou conflitos entre as nações (especialmente entre a França, a Inglaterra e os Países Baixos), que competiam pelo comércio marítimo, o que provocou uma ampliação das frotas mercantes e marinhas.
A França é uma monarquia. O rei representa a nação inteira, e cada pessoa não representa outra coisa senão um só indivíduo ante o rei. Em consequência, todo poder, toda autoridade, reside nas mãos do rei, e só deve haver no reino a autoridade que ele estabelece. Deve ser o dono, pode escutar os conselhos, consultá-los, mas deve decidir. Deus que fez o rei dar-lhe-á as luzes necessárias, contanto que mostre boas intenções.
O absolutismo teve teóricos que o defenderam como um modo de governo legítimo e eficiente. Um deles foi o intelectual francês Jean Bodin (1530–1596), que questionou a autoridade do papado sobre os governos e favoreceu a ideia de uma monarquia nacional na qual o rei concentrasse o poder.
No final do século 14, a França já havia se constituído também num amplo território nacional, deixando para trás o passado feudal e as divisões que a caracterizaram ao longo do período medieval. Ao mesmo tempo, as finanças tinham sido centralizadas, os impostos estendidos à nação e a burocracia estatal, formada. Diante desse cenário, novos conflitos militares - dessa vez contra a Espanha e a Áustria - contribuíram para fortalecer ainda mais o poder do monarca.
O absolutismo afirmava que o monarca era o Estado, por isso os poderes públicos emanavam de sua vontade e estavam subordinados às suas decisões. Não havia autoridade sobre o rei, o qual não estava sujeito às leis.
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O rei também contava com o conselho de ministros, que eram pessoas de confiança e ocupavam um lugar de grande importância política, embora fosse subordinado à decisão final do rei. Na França de Luís XIV, destacaram-se Jean-Baptiste Colbert e Michel Le Tellier. Outra área de importância foi o exército, que foi reformado e profissionalizado.
O absolutismo se baseava na ideia de que o bem-estar dos súditos dependia da pessoa do monarca e que este governava por direito divino. Assim, nenhuma autoridade terrena que estivesse acima do rei era reconhecida e não devia ser sujeita a nenhuma lei.
No século XVII, destacaram-se outros intelectuais como o inglês Thomas Hobbes (1588–1679), que considerava que um governo autoritário era a única solução para os conflitos políticos e sociais e o francês Jacques Bossuet (1627–1704) que defendia a ideia de que o monarca recebia sua autoridade de Deus e governava por direito divino.
No entanto, embora os monarcas absolutos concentrassem o poder político e fossem eles quem tomavam as decisões mais importantes, a administração do reino exigia a existência de um grupo de pessoas que se encarregavam da fazenda, da justiça, diplomacia e do exército. Esta burocracia era em grande parte constituída por burgueses, enquanto alguns nobres também ocupavam cargos, sobretudo nas províncias.
Nessa época, a sociedade francesa estava dividida em três ordens ou estados. O primeiro estado, constituído pelo clero, proprietário de 10% das terras da França, não paga impostos. O baixo Clero, porem viviam na miséria.
A Bastilha era uma fortaleza situada em Paris, capital da França. Começou a ser construída no ano de 1370, durante o reinado de Carlos V. Foi concluída, doze anos depois, em 1382.
Esse palácio é o grande símbolo do poder dos monarcas na França absolutista, além de ser o grande ícone que representa o padrão de vida luxuoso dos reis e da nobreza. O Palácio de Versalhes foi a casa dos reis franceses de 1682 até 1789.
Assim, a concentração do poder nas mãos do rei era uma demanda da burguesia em ascensão e também da nobreza. Com o poder concentrado no rei, cabia a ele a criação de impostos, determinação e imposição das leis, garantir a segurança do reino, sufocar rebeliões e revoltas e impedir invasões e ataques estrangeiros.
O Estado Nacional tinha ainda o adjetivo de Absolutista. ... Desse modo, o Direito Divino dos Reis garantia a legitimidade e soberania do monarca no Estado Nacional. A crença era de que não os súditos ou qualquer outra autoridade concederia ao rei o direito de governar, mas seria a vontade do próprio Deus.
As decisões do governo absolutista eram inquestionáveis pois se mantinha uma organização política centralizada na figura do rei, comandante máximo dos poderes que hoje dividimos: executivo, legislativo, judiciário e militar. Muito do poderio absolutista se deve à associação feita entre o poder real e o poder divino.
O direito divino dos reis foi defendido por Jean Bodin (1530-1596), teórico político francês, influenciado pelo calvinismo. Segundo ele, os príncipes soberanos (os reis) eram designados por Deus para governarem os outros homens.
Teorias do absolutismo Maquiavel defendia o Estado como um fim em si mesmo, afirmando que os soberanos poderiam utilizar-se de todos os meios - considerados lícitos ou não - que garantissem a conquista e a continuidade do seu poder. As ações do Estado são regidas, sobretudo, pela racionalidade.
Sistema político predominante na Europa entre os séculos XVI e XVIII. O absolutismo foi um sistema político que predominou na Europa do século XVI ao século XVIII. Associado à formação dos Estados Nacionais e ao crescimento da burguesia, esse regime defendia o poder absoluto dos monarcas sobre o Estado.
Jacques-Bénigne Bossuet (Dijon, 27 de setembro de 1627 — Paris, 12 de abril de 1704) foi um bispo e teólogo francês, um dos principais teóricos do absolutismo por direito divino, defendendo o argumento que o governo era divino e que os reis recebiam seu poder de Deus.
14 de julho de 1789
Características do absolutismo inglês Submissão da Igreja ao Estado; Com a morte da rainha Elizabeth I o absolutismo inglês entrou em crise, já que a rainha não deixou herdeiros; A crise se acentuou com a ascensão do poder da dinastia Stuart e as revoluções ocorridas no século XVIII.
No decorrer do século XVIII, o absolutismo e o mercantilismo (sistema político e econômico que causou a expansão marítima e a exploração colonial) sofreram uma forte crise em razão da ascensão dos ideais propagados pelos intelectuais iluministas (principalmente o Liberalismo político e econômico).
Resposta. A dinastia Tudor terminou com a morte de Elisabeth I em 1603, que não se casou nem deixou herdeiros.
Durante os reinados da dinastia Tudor, a Inglaterra viveu um notório desenvolvimento de sua economia. ... As terras passaram por um grande processo de especulação econômica decorrente da demanda da burguesia por matérias-primas. Foi nesse período que se instituiu a política dos cercamentos.
Elizabeth I (1558-1603), filha mais nova de Henrique VIII restabeleceu o anglicanismo. Os três principais reis absolutistas da Inglaterra pertenceram a dinastia Tudor e foram Henrique VII, Henrique VIII e Eduardo VI.
A Guerra das Rosas foi uma guerra civil que dividiu York e Lancaster na disputa pelo trono da Inglaterra entre os anos de 1455 e 1485 e encerrou-se a com a ascensão dos Tudor.