Como Identificar AVC Isqumico Na Tomografia?

Como identificar AVC isqumico na tomografia

Você tem dificuldade em identificar os sinais precoces de AVC na TC, a famosa tomografia computadorizada? Não é por menos… isso depende de vários fatores, como a qualidade do tomógrafo do seu hospital e do computador que você está vendo a tomografia! É claro que fica muito mais fácil se discutir com o radiologista de plantão, mas esse texto é pra você que trabalha na emergência e certamente vai atender AVC agudo e ter que tomar condutas sem perder tempo! Então, se você está inseguro sobre esse tema, leia este artigo, pois vamos esclarecê-lo com base em um caso clínico. Bora lá?

Seja um profissional de sucesso.

A tomografia de crânio consegue, por exemplo, distinguir entre AVC hemorrágico (AVCH) e AVC isquêmico (AVCI) numa fase inicial, o que é determinante para o prognóstico e o tratamento. Após o evento hemorrágico, consegue-se visualizar rapidamente na TC, em razão da alta densidade do sangue, em comparação ao tecido cerebral. No entanto, a TC tem baixa sensibilidade em demonstrar alteração isquêmica não hemorrágica nas primeiras horas após evento agudo.

Inicialmente, eram incluídos pacientes com início do déficit em até 6 horas, mas, atualmente, sabe-se que a trombectomia mecânica pode ser feita em até 24 horas do início dos sintomas em alguns casos específicos. 

Receba conteúdos exclusivos!

Receba conteúdos exclusivos!

Já sabe como atender aos pacientes com suspeita de AVC isquêmico, mas ainda quer melhorar seus atendimentos no pronto-socorro? Então, faça parte da turma do PSMedway. Com nosso curso, você aprende as principais técnicas utilizadas nos plantões e se sente mais seguro para os desafios diários! 

Com o passar do tempo, a hipodensidade e o edema tornam-se mais proeminentes, resultando em um efeito de massa significativo. Esta é uma das principais causas de danos secundários no paciente com AVC.

Veja também quais exames solicitar no paciente com AVC, aprenda quais são os sinais precoces do AVC na TC, assim como o escore ASPECTS para AVC isquêmico agudo.

Redes sociais

Quando se trata de Neurologia, muitos torcem o nariz só de pensar. Porém, nem tudo pode ficar na responsabilidade do neurologista. Por isso, todo médico precisa saber um pouco sobre essa área e reconhecer um AVC. Devido a essa importância, vamos explicar como lidar com o AVC isquêmico

Você chega no seu plantão para assumir a sala de emergência e encontra um paciente de 70 anos, hipertenso, tabagista, diabético e dislipidêmico com história de hemiparesia esquerda e síndrome de heminegligência instalados há 2h30min. Ele acabou de fazer a tomografia computadorizada (TC) de crânio (Figura 1).

Quando o paciente acorda com o déficit

Quando o paciente acorda com o déficit

A trombectomia mecânica tem critérios mais específicos de inclusão: pacientes com oclusão arterial proximal (devido ao acesso vascular), com pontuação NIH maior ou igual a seis pontos. 

Todos os pacientes começam com dez pontos na escala (TC normal). A cada um desses territórios com hipodensidade, o paciente perde um ponto. Por exemplo, hipodensidade em cápsula interna e núcleo lentiforme: menos dois pontos, ASPECTS 8. Quanto menor for a pontuação, haverá mais sinais de isquemia presentes e maior será a gravidade ou mais tardia será a evolução da isquemia.

Você também pode gostar

Na suspeita de um déficit neurológico de origem vascular, a escala do National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) pode ser utilizada para tornar a avaliação mais rápida e objetiva.

O primeiro sinal de TC visível é a hiperdensidade de um segmento de um vaso, que representa a presença do trombo ou êmbolo intravascular. Embora possa acontecer em qualquer vaso, é mais comum de ser observado na artéria cerebral média.

Gabriela Moraes

Contudo, é importante ressaltar que o AVC não é apenas uma fraqueza. Qualquer déficit neurológico que surja agudamente deve despertar a suspeita dessa condição, como vertigem súbita, rebaixamento do nível de consciência, etc. 

Nesta fase, o edema começa a reduzir e surgem hemorragias petéquicas corticais, aumentando a atenuação do córtex. Esse sinal é conhecido como fenômeno “fogging” da TC e não deve ser confundido com transformação hemorrágica.

O primeiro exame complementar que o paciente com suspeita de AVC deve fazer é a tomografia de crânio sem contraste. O objetivo é descartar um evento hemorrágico, pois apesar de ser bem menos frequente, a abordagem terapêutica é completamente diferente do isquêmico (cujo tratamento envolve a trombólise química). 

Período pós-procedimentos

Esse é o sinal da artéria cerebral média (ACM) hiperdensa, que ocorre em 30 a 40% dos AVCs dessa artéria. É um achado muito específico para oclusão proximal da ACM, a ser confirmada pelo estudo contrastado (angiotomografia) – LEMBRE: oclusão proximal = possibilidade de trombectomia mecânica.

Clinicamente, apesar dos sinais que podem sugerir um evento hemorrágico, como a cefaleia mais forte ou o rebaixamento do nível de consciência, só a tomografia de fato descarta o sangramento.

Qual tomografia para ver AVC?

A tomografia computadorizada do crânio (TC) tem sido o exame de imagem recomendado, devendo ser realizada o mais rapidamente possível 1(D).

Qual o diagnóstico do AVC isquêmico?

O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia.

Como identificar um AVC na ressonância magnética?

Ressonância magnética de crânio: opção à TC de crânio, apresentando maior sensibilidade na detecção precoce do AVE isquêmico, e equivalência à tomografia na detecção do AVE hemorrágico. Apresenta ainda capacidade de avaliação de área de penumbra determinando pacientes que mais se beneficiariam da reperfusão.

Qual o primeiro exame de imagem realizado diante de uma suspeita de AVC?

As pessoas que tiveram AVC devem ser inicialmente atendidas em uma emergência de hospital. Isso porque lá é onde poderão ter acesso a avaliação médica de urgência e realizar o principal exame de imagem feito em um caso de AVC: a tomografia do crânio.

Qual melhor exame para avaliar AVC?

Tomografia Computadorizada É o exame de imagem mais indicado para identificar um AVC, pois oferece imagens detalhadas – o que ajuda a evitar complicações potencialmente fatais, como a formação de coágulos.

Que exame detecta um AVC?

A tomografia computadorizada é o primeiro exame solicitado para a identificação do AVC. O exame é realizado na região do crânio e, utilizando a emissão de raios-x, o aparelho transmite imagens internas da cabeça, ajudando o médico a identificar a lesão causadora do AVC.

Que exames fazer para detectar AVC?

Exames de imagem são fundamentais para detectar AVC
  • Ultrassonografia com doppler colorido.
  • Tomografia computadorizada.
  • Ressonância magnética.
  • Angiografia, exame complementar ao quadro de AVC.

Qual exame de imagem detecta AVC?

A tomografia computadorizada do crânio (TC) tem sido o exame de imagem recomendado, devendo ser realizada o mais rapidamente possível 1(D).

Como se detecta AVC?

Quais são os principais sintomas?
  1. Perda súbita da força, formigamento e/ou dormência em um dos lados do corpo.
  2. Dificuldade repentina de falar ou compreender o que se fala.
  3. Perda visual, particularmente quando afeta um lado só
  4. Tontura ou desequilíbrio súbitos.
  5. Dor de cabeça intensa.