São inúmeras as reportagens que falam sobre o meio ambiente, assim como este é um assunto bastante pautado nas escolas e defendido por organizações e instituições. Um exemplo da importância do tema foi a conferência Rio+20, que juntou diversos países para retomar uma discussão iniciada em 1992.
O episódio da cobra naja – uma espécie exótica do Brasil – tomou conta do noticiário no segundo semestre. Um estudante de veterinária do Distrito Federal acusado de traficar o animal foi picado pela cobra e foi parar no hospital, em coma. Na metade de dezembro, uma piton albina birmanesa, espécie típica da Ásia e da África, foi resgatada no município de Mucambo (CE). Os casos trouxeram à tona a questão das espécies exóticas invasoras, capazes de causar sérios distúrbios aos ecossistemas. “Esses animais trazem vários riscos, desde o ataque a outras pessoas, como foi o caso da naja, à proliferação de doenças”, alerta a diretora executiva do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental e membro da RECN, Sílvia Ziller.
São 90 questões de matemática e ciências da natureza, em cinco horas de exame. Só é permitido sair com Caderno de Questões nos 30 minutos finais da aplicação, ou seja, às 18h.
Em entrevista sobre os 50 anos do hip hop, DJ Eugênio Lima explica que essa cultura é construída a partir de quatro elementos: o DJ, o MC, o grafite e o break – batida, canto, pintura e dança.
O relatório do Pnuma indica que as mudanças climáticas estão impactando diretamente os ciclos de vida de plantas e animais, levando estas a reagir a alterações em condições ambientais. Eventuais mudanças afetam, por exemplo, quando plantas crescem, geram flores e frutos, obtêm a polinização e encaminham os procedimentos de seu ciclo de vida.
O professor Paulo Artaxo conversa com Marcello Rollemberg sobre os danos ambientais que o País vem sofrendo com desmatamentos, queimadas e ações que contribuem para a destruição do meio ambiente
No final de outubro, o governo federal autorizou a pesca de sardinhas no Parque Nacional Marítimo de Fernando de Noronha, o que gerou preocupação entre ambientalistas e pesquisadores. “Foi autorizada de uma forma equivocada, atropelando um processo que já ocorria no âmbito do Parque e que acabou levando a uma situação que nos deixa muito receosos em relação ao que pode gerar. Temos como beneficiários dessa autorização pessoas que sequer têm atuação de pesca mais tradicional ou local”, alerta o membro da RECN, professor da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pela Cátedra de Sustentabilidade de Oceano da Unesco, Alexander Turra. Já o pesquisador da Voz da Natureza e da Academia de Ciências da Califórnia, Hudson Pinheiro, lembra que a sardinha é base da cadeia alimentar de outras espécies. “É um precedente inacreditável você poder entrar num Parque Nacional para pescar. É inaceitável. A sardinha é a base da cadeia alimentar, seu desaparecimento pode resultar no colapso de toda ecologia trófica da ilha, inclusive da própria pesca de recursos locais”, diz Pinheiro, que também é membro da RECN.
Um estudo realizado pela Fundação Espaço Eco, sobre os benefícios gerados pelo Sistema Campo Limpo, revelou que o país destinou 94% das embalagens, que foram usadas na agricultura, corretamente. O segundo país que melhor realizou esta ação foi à França, encaminhando 77% de seu lixo agrícola.
Conforme a pesquisa, os incêndios tendem a crescer no mundo. Entre 2002 e 2016, uma área do tamanho da União Europeia foi queimada, cerca de 4,2 milhões de quilômetros quadrados. Esse cenário tende a piorar e atingir novos locais para além de savanas e florestas mistas. Nos últimos anos, ganharam visibilidade grandes incêndios nos Estados Unidos, Austrália e Grécia.
Segundo o estudo, a poluição sonora ocasionou 12 mil mortes prematuras na União Europeia. Entre os grupos populacionais mais atingidos estão segmentos vulneráveis que moram próximos a estradas e rodovias, jovens e idosos. Esse problema também pode afetar animais, alterando as comunicações entre espécies.
Entre os prejuízos causados pelos incêndios estão a perda de vidas, a evacuação de populações de suas casas e poluição dos ares em áreas para além do local dos incêndios, além de prejuízos à biodiversidade.
No final de setembro, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) se reuniu para revogar três resoluções publicadas em anos anteriores, incluindo medidas que fortaleciam a proteção de áreas de restingas e manguezais. A decisão foi criticada por ambientalistas e acabou indo parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que já formou maioria pela restauração das resoluções em julgamento ainda sem data de conclusão.
Enquanto um novo ano se inicia, o mundo segue enfrentando uma série de desafios já conhecidos – a continuação da pandemia de COVID-19, queimadas recorrentes e crises prolongadas de mudança do clima, perda da biodiversidade, e poluição e resíduos. Ainda assim, 2022 tem o potencial de ser um ano marcante para o meio ambiente, com uma programação de eventos e conferências de alto nível, dos quais se espera a revitalização de cooperações internacionais e ações coletivas.
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, revela que falta de ação da comunidade internacional ameaça futuro da humanidade o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS; nos últimos 50 anos, a população global duplicou, mas cerca de 1,3 bilhão de pessoas continuam pobres e 700 milhões passam fome.
Considerando que o número de áreas plantadas no Brasil corresponde a 6,8 milhões de hectares e que o país é referência mundial em agronegócio, estes são dados de que os brasileiros possam se orgulhar. Entretanto, ainda há muitos outros aspectos ambientes para se levar em conta sobre a situação da biodiversidade. Um ponto importante é a questão dos recursos hídricos.
Embora este cronograma de realizações ambientais seja uma prova do que pode ser alcançado por meio de ações multilaterais, a ciência permanece irrefutável. Os padrões insustentáveis de consumo e produção estão alimentando a tripla crise planetária de mudança climática, perda de natureza e biodiversidade, e poluição e resíduos. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, advertiu que a tripla crise é a nossa ameaça existencial número um.
Assim como o desmatamento e a caça inadequada podem desestruturar os ecossistemas, a seca, a poluição e o uso inadequado da água geram impactos permanentes no meio ambiente. Estima-se que cerca de 80% das doenças e 30% dos óbitos no mundo são causados por águas poluídas.
A cada ano a situação do meio ambiente no Brasil e no mundo, se torna alarmante. É mais do que falta de consciência ou falta de educação ambiental, é o desrespeito à vida. Centenas de animais já entraram em extinção, como o mico-leão-dourado e até a onça-pintada, assim como muitas espécies vegetais, apenas porque os seres humanos queriam comercializar. A hora de discutir sobre a recuperação do que foi destruído já passou, agora é o momento de se pensar no que é prioridade para que o planeta Terra continue habitável. E o Brasil, como referência mundial em biodiversidade, tem um papel importante nesse cenário.
O estudo diz que uma ação ambiciosa e coordenada por governos, empresas e pessoas pode prevenir e reverter os piores impactos do declínio ambiental, transformando rapidamente os principais sistemas, incluindo energia, água e alimentos, para que o uso da terra e oceanos se tornem sustentáveis.