Ninguém sabe. Os evangelistas não se importaram em registrar, porque judeus do tempo de Jesus provavelmente não celebravam aniversários. A única referência na Bíblia a um deles é a do faraó do cativeiro (em Gênesis 40:20).
Longe da existência dos cartórios ou de qualquer registro em papel, a exatidão é pesquisada e, inclusive, joga um banho de água fria naqueles que acreditam no Natal como data onde o representante divino nasceu.
Isso torna a Jesus um quarentão. Ou quase. Faça as contas: ele morreu provavelmente em 3 de abril de 33. Essa é a data de um eclipse que coincide com uma páscoa judaica e o governo de Pôncio Pilatos referidos nos evangelhos. Se Jesus nasceu em 7 a.C., teria 40 anos ao ser crucificado. No mínimo, 37.
Comecemos pelo início. Embora, analisando pelo prisma da fé, a existência de Jesus seja inquestionável para os devotos do cristianismo, pelo aspecto histórico não há provas concretas da existência de Jesus.
A Igreja nos ensina que as festas do Ano Litúrgico nos fazem participar das mesmas graças dispensadas por Deus no próprio ato comemorado. O que o Papa liga na Terra, Jesus liga no Céu (cf. Mt 16,19), dando a nós as bênçãos copiosas para o dia 25 de dezembro, Natal do Senhor.
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"Tanto Lucas quanto Mateus relatam que Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o que provavelmente situaria o nascimento entre os anos 6 e 4 a.C.”, relatou o pesquisador, esclarecendo também que o período d.C. (depois de Cristo) não pode ser estimado a partir do nascimento da figura religiosa.
Dom Henrique Soares costumava explicar essa questão dizendo: “Quando a Igreja celebra as cinco festas do Natal, ela não quer celebrar o ‘aniversarinho’ do menininho Jesus; o que ela quer fazer e faz é tornar presente para nós, na força do Espírito Santo, a graça da vinda do Cristo! Celebrando a liturgia do Natal, o acontecimento do passado (a Manifestação do Filho de Deus) torna-se presente no hoje da nossa vida! Na liturgia do Natal, a Igreja não diz: “Há dois mil anos nasceu Jesus”! Nada disso! O que ela diz é: “Alegremo-nos todos no Senhor: hoje nasceu o Salvador do mundo, desceu do céu a verdadeira paz!” (Antífona de Entrada da Missa da Noite do Natal)”.
Por conveniente que fosse, o chute da Igreja nascente não poderia estar certo. Porque há uma menção a pastores cuidando das ovelhas no campo durante a noite (Lucas 2:8). Isso não podia ser feito em pleno inverno, mas no máximo até novembro.
Ainda mais chamativa é a idade da data, que marca o início do calendário atual, depois de Cristo. Contudo, as provas sobre a contagem também são controversas, visto que os pesquisadores da área se baseiam em indícios temporais, sem precisão de datas. Ao mesmo site, o historiador Julio Cesar Chaves, mestre em Ciências da Religião, jogou luz aos fatos
Ao longo dos últimos 2022 anos, uma data no calendário cristão foi capaz não apenas de se tornar uma das festividades mais importantes da história da humanidade, como serve de memória para a principal figura que representou a divindade máxima do cristianismo na Terra.
Com a cristianização do Império, os romanos recém-convertidos tinham saudades das festas realizadas por ocasião do Natal do Sol Invicto. Por isso, a Santa Igreja encontrou um meio de direcionar para o bem essa tradição pagã: comemorar, neste dia, o nascimento de Jesus, o “Sol da Justiça que traz a salvação em seus raios” (Ml 3,20), apoiada em passagens da Sagrada Escritura, nas quais o Messias é apresentado como a “Luz para iluminar as nações” (Lc 2,32), “A verdadeira Luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem” ( Jo 1,9).
Em reportagem de 2012 do portal de notícias UOL, o então diretor da faculdade de Teologia da PUC-SP, Valeriano Santos Costa, deixou claro que o dia 25 de dezembro foi escolhido para ofuscar outra data.
O Natal, celebrado no dia 25 de dezembro, é atribuído como aniversário de Jesus Cristo. Entretanto, os pesquisadores da história e teologia se dividem, ao longo das décadas, sobre possíveis atribuições da data exata em que o filho de Maria teria nascido.