O Uno, com a sua versão 1.0 sendo posteriormente chamada de Uno Mille, chegou em 1984 ao mercado brasileiro.
Ele veio com a missão de ser a aposta da Fiat para suceder o aclamado Fiat 147.
O acabamento ia além do esperado, com revestimento central dos bancos aveludado, colunas traseiras forradas, tampa interna do porta-malas e servofreio. Porém os apoios de cabeça eram opcionais, assim como a quinta marcha, retrovisor direito, acendedor de cigarro e limpador traseiro. Foi como um renascimento para o Uno. Já nos primeiros meses, 45% da produção era de Mille.
Também no final de 1991 o Uno Mille ganhava a versão Brio, que tinha um pequeno adesivo na coluna C e trazia como maior diferencial em relação ao modelo tradicional a inclusão do carburador duplo, o que acrescia na potência que agora chegava aos 54 cavalos.
No segundo teste, de março de 1991, QUATRO RODAS revelava que os números de setembro de 1990 foram resultado de uma preparação da Fiat no carro cedido, diferente do de produção. De 139,6 km/h, a máxima baixava a 135,8 km/h.
A idéia de fazer um carro mais acessível às camadas menos favorecidas já não era uma novidade. Em meados dos anos 60, Renault Gordini Teimoso, DKW Pracinha, Simca Profissional e VW Pé-de-Boi foram uma tentativa de encurtar a distância dos sem-carro para um carro novo.
Dois anos após seu lançamento o Fiat Uno ganha um novo motor 1.6 litro (a qual trazia um ótimo desempenho se comparado aos motores menores) e assim como as demais versões, o 1.6 poderia a partir de então ser abastecido também com álcool.
O conjunto motriz, porém, era o mesmo. O Grazie Mille trazia o motor 1.0 Fire flex que entregava até 66 cv de potência e 9,2 kgfm de torque quando abastecido com etanol. Por outro lado, era um carro leve, com somente 810 kg nas versões básicas. A transmissão era manual de 5 marchas.
O colecionador paulista Sérgio Minervini comprou de um amigo o exemplar 1990 das fotos. “Fiquei sem coragem de usar”, diz o dono do carro, que só tem 120 km originais.
O final de 2013 entrou para a história como o ano que a Volkswagen Kombi se despediu do mercado brasileiro após 56 anos de produção por aqui. Em 2014, passou-se a exigir airbags e freios ABS de série em todos os carros feitos no Brasil, algo que o projeto arcaico da Velha Senhora não permitiu. Mas ela não foi a única despedida importante de 2013.
Tratava-se da série especial de despedida do Uno original da década de 1980. Ela foi anunciada em dezembro de 2013 e, naquele ano, custava R$ 31.200. Não parece muito hoje, mas, naquela época, o Mille convencional tinha preços partindo de cerca R$ 22 mil. Para a série especial, a Fiat anunciou a produção de 2.000 unidades.
Depois de mais de 3,7 milhões de unidades vendidas desde sua estreia em 1984, o Uno Mille se despede do mercado nacional com a série especial limitada a 2000 unidades, chamada Grazie Mille.
O modelo vinha de fábrica com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros elétricos, limpador no vidro traseiro e rádio com USB e Bluetooth.
O interior ainda contava com tapetes em carpete, forração escura no teto, rodas de liga leve, ponteira de escape cromada e faróis com máscara negra.
As laterais do modelo eram simples e elegantes, afinal de contas o projeto foi tocado na Itália pelo estúdio ItalDesign, um dos mais renomados estúdios automotivos do mundo.
Pequenas alterações de estilo são feitas no modelo, fazendo com que ele chegasse até os anos 2000 e ganharia uma nova versão chamada Uno Mille Smart, que substituía as versões mais simples do modelo.
Para enfrentar o novo Corsa, em 1994, a Fiat adotou a frente nova dos demais Uno e o acabamento ELX no Mille. Começava uma dilatação do conceito do Mille, seguida pela concorrência. Ar-condicionado e vidros e travas elétricos eram opcionais.
O Grazie Mille chegou então nas lojas da Fiat com duas opções de cores. Eram elas Verde Saquarema e Prata Bari. O carro vinha de série com direção hidráulica rádio com CD/MP3 e Bluetooth, alto-falantes, vidros e travas elétricas e ar-condicionado, itens que eram opcionais no Mille convencional, mas também receberam meu uma série de pequenas modificações exclusivas.
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Ou seja, um Grazie Mille hoje pode ser sua porta de entrada para o mundo de carros colecionáveis mais novos. Nos sites de compra e venda da internet, a maioria dos anúncios cobrava entre R$ 42 mil e R$ 48 mil dependendo da quilometragem rodada. A unidade com a menor quilometragem encontrada estava anunciada com 50.000 km e, por conta disso, o anunciante estava cobrando R$ 58 mil pelo carro.
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