A doença de Graves é uma doença autoimune da tireoide caracterizada pela produção excessiva de hormônios por essa glândula, causando hipertireoidismo, que leva ao surgimento de sintomas como nervosismo, perda de peso mesmo com o apetite aumentado, olhos salientes ou palpitações cardíacas, por exemplo.
A tireoide secreta hormônios tireoidianos, que controlam a velocidade com que as funções químicas do corpo progridem (taxa metabólica). Os hormônios tireoidianos afetam muitas funções vitais do corpo, como a frequência cardíaca, o ritmo a que as calorias são queimadas, a manutenção da pele, o crescimento, a produção de calor, a fertilidade e a digestão. Existem dois hormônios tireoidianos:
Entre os idosos, os sintomas mais comuns são a perda de peso e o cansaço. A frequência cardíaca pode ou não estar aumentada e os olhos normalmente não ficam salientes. Os idosos também são mais propensos a terem ritmos cardíacos anormais (tais como fibrilação atrial), outros problemas cardíacos (tais como angina e insuficiência cardíaca) e constipação.
O hipertireoidismo afeta aproximadamente a mesma porcentagem de pessoas idosas e jovens – cerca de 1%. No entanto, o hipertireoidismo é muitas vezes mais grave em idosos, porque eles tendem a ter também outros distúrbios.
Do mesmo modo, a dermopatia de Graves também pode ser observada no desenvolvimento da doença. Em um quadro de dermopatia de Graves, a pele fica escamosa e avermelhada. Geralmente, ela atinge a parte inferior das pernas, como na canela ou pés.
Além disso, 1 em cada 3 pessoas com a doença de Graves apresentam um problema ocular denominado oftalmopatia de Graves. Essa condição é resultado dos danos provocados pela doença autoimune em músculos e nervos que compõem a estrutura ocular.
No entanto, é preciso especial atenção à doença durante essa fase da vida porque, quando em altos níveis, os hormônios da tireoide e medicamentos conseguem atravessar a placenta e causar toxicidade para o feto.
Além disso, o médico pode pedir exames como cintilografia da tireoide, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, inclusive para avaliar o funcionamento de outros órgãos, como olhos e coração. Veja como é o preparo da cintilografia de tireoide.
Além disso, pacientes com sintomas graves nos olhos podem precisar usar colírios e pomadas para aliviar o desconforto e hidratar os olhos, sendo necessário também parar de fumar e usar óculos escuros com proteção lateral.
O bócio multinodular tóxico (doença de Plummer), na qual muitos nódulos (pequenos caroços) estão presentes, sendo que um ou mais podem começar a produzir e a secretar hormônio tireoidiano em excesso. Esse distúrbio ocorre com mais frequência com o avanço da idade, mas não ocorre com frequência em adolescentes e jovens adultos.
Betabloqueadores, tais como o propranolol ou o metoprolol, ajudam a controlar muitos dos sintomas de hipertireoidismo. Esses medicamentos podem diminuir a frequência cardíaca, reduzir os tremores e controlar a ansiedade. Os médicos, portanto, consideram os betabloqueadores particularmente úteis para controlar os sintomas de hipertireoidismo até que a pessoa responda a outros tratamentos. No entanto, os betabloqueadores não reduzem a produção de hormônios tireoidianos em excesso. Por isso, outros tratamentos são adicionados para conduzir a produção de hormônios aos níveis normais.
O diagnóstico da doença de Graves é feito pelo endocrinologista através da avaliação dos sintomas apresentados, de exames de sangue para medir a quantidade de hormônios da tireoide, como TSH e T4, e de exames de imunologia, para ver se existem anticorpos no sangue contra a tireoide.
Se não for tratada, a doença de Graves pode gerar sérias complicações, como osteoporose, distúrbios menstruais em mulheres, problemas musculares e arritmia cardíaca.
Uma hipófise hiperativa pode produzir hormônio estimulante da tireoide em excesso o que, por sua vez, dá origem à produção excessiva de hormônios tireoidianos. No entanto, essa é uma causa extremamente rara de hipertireoidismo.
Em mulheres gestantes, a doença de Graves pode resultar em complicações que incluem aborto, pré-eclâmpsia, nascimento prematuro, problemas no desenvolvimento fetal, disfunção de tireoide fetal e insuficiência cardíaca materna.
Na doença de Graves, é possível que as pálpebras não consigam fechar completamente porque os olhos estão salientes, o que os expõe a lesões causadas por partículas estranhas e secura.
O tratamento do hipertireoidismo depende da causa. Na maioria dos casos, o problema que origina o hipertireoidismo pode ser resolvido ou os sintomas podem ser eliminados ou grandemente reduzidos. No entanto, se não for tratado, o hipertireoidismo coloca sob esforço o coração e muitos outros órgãos.
A oftalmopatia em geral melhora com o tratamento. Para diminuir a inflamação são usados corticosteroides. Em alguns casos, faz-se cirurgia para descomprimir a órbita, melhorar a protrusão ocular e corrigir o estrabismo.
Apesar da doença de Graves ser a principal causa de hipertireoidismo, é importante estar atento porque o excesso de produção dos hormônios da tireoide podem ser causados por outros problemas. Conheça outras causas de hipertireoidismo.