A acentuação gráfica é feita através de sinais que, escritos por cima das vogais, indicam a pronúncia correta das palavras. Indicam a sílaba tônica e a pronúncia aberta ou fechada das vogais.
Após a reforma ortográfica, uma parte dos acentos diferenciais deixou de existir. Não existem um real porquê deles terem sido retirados, ou seja, é na base da decoreba mesmo. Então resolvi fazer aqui uma recapitulação para que você nunca mais se esqueça de quando deve ou não usá-los.
As palavras são proparoxítonas quando a antepenúltima sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: pássaro, cantássemos, gráfico, pêssego.
As palavras são paroxítonas quando a penúltima sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: adorável, órgão, perfume, mesa. Representam a maioria das palavras da língua portuguesa.
Bem, essa foram as regras de acentuação acrescentadas e/ou modificadas pelo Novo Acordo Ortográfico. Para mais informações sobre outras mudanças trazidas pela reforma ortográfica, visite os artigos abaixo:
Então de você ver uma paroxítona com sílaba tônica no “i” ou “u” depois de ditongo (formando um hiato na separação das sílabas), não se preocupe em olhar a terminação para ver se teria acento ou não, pois ela nunca será acentuada.
Nos verbos terminados em “guar”, “quar” e “quir” (como enxaguar, delinquir), o uso ou não do acento em algumas de suas formas do presente do indicativo, presente do subjuntivo e do imperativo depende da forma como se pronuncia a palavra.
Também palavras terminadas em -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo são escritas com acento gráfico. Estas palavras tanto podem ser consideradas proparoxítonas como paroxítonas, conforme o entendimento que se faça do encontro vocálico (hiato ou ditongo):
A primeira mudança significativa das regras de acentuação diz respeito a não acentuação dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras em que a sílaba mais forte é a penúltima).
Apenas uma palavra teve seu acento diferencial classificado como opcional: o que diferencia a palavra forma (de formato) da palavra fôrma (fôrma de bolo).
Essa é uma das regras novas mais esquisitas. Não se usa mais o acento agudo no “u” tônico das conjugações dos verbos arguir e redarguir no presente do indicativo.
Através da acentuação gráfica, é possível a identificação de palavras que não se encaixam nesse padrão, sendo oxítonas ou proparoxítonas, bem como a distinção entre palavras com grafia igual, mas sílabas tônicas diferentes e significados diferentes, como:
Nos casos de palavras paroxítonas como “feiúra”, onde a sílaba tônica era um u ou i acentuado após um ditongo (no caso “ei”) não são mais acentuadas.
Com o Novo Acordo Ortográfico, palavras como “vôo” ou “lêem”, terminadas com eem ou oo(s), deixam de ser acentuadas, ou sejam, não recebem mais o acento circunflexo que as acompanhavam. Exemplo: voo, leem.
As regras de acentuação gráfica estão relacionadas com a posição da sílaba tônica nas palavras, havendo regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
É um sinal gráfico auxiliar de escrita, usado, desde a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, apenas em substantivos próprios estrangeiros e palavras derivadas destes:
Infelizmente, essas novas regras vêm causando um nó na cabeça dos usuários da língua portuguesa, principalmente aqueles que aprenderam a ler e escrever com as regras antigas. E foi exatamente por isso que resolvi escrever esse artigo: para ajudar as pessoas que estão com dificuldades de assimilar essas novas regras.
Ou seja, as palavras paroxítonas com ditongos abertos como “alcalóide”, “bóia” e “colméia” passam a serem escritas sem acento, ou seja alcaloide, boia e colmeia.
Sem acentuação gráfica, as palavras da língua portuguesa são naturalmente paroxítonas, ou seja, acentuadas prosodicamente na penúltima sílaba, como: casa, felicidade, pobreza,…
Por quê? É por causa da regrinha: todas as paroxítonas são acentuadas, menos as que terminam em -a, -e, -o, -em, -ens, ou que contenham os ditongos abertos -éi e -ói. E no caso de mágoa, série e pátio, por exemplo, por que são acentuadas se terminam em -a, -e, -o???
Em 1924 a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começaram a procurar uma ortografia comum, firmando-se um acordo preliminar em 1931 que praticamente adotava a ortografia portuguesa de 1911, iniciando-se assim um longo processo de convergência das ortografias dos dois países.
A palavra ortografia é composta por dois radicais de origem grega: Orto (elemento usado como prefixo) = direito, reto, exato e grafia = ação de escrever. Sendo assim, ortografia significa ação de escrever direito.
Em 1931 adotamos a ortografia simplificada, proposta pelo filólogo português Gonçalves Viana, cujo trabalho Ortografia Nacional fora aprovado em 1911 em Portugal. A Constituição brasileira de 1934, no entanto, rejeitou o projeto do estudioso.