"O Retrato de Dorian Gray" é uma das obras mais icônicas da literatura clássica. O único romance de Oscar Wilde conta a história de Dorian Gray, que se encanta pelo mundo hedonista do aristocráta Henry Wotton, que sempre considerou a beleza e a sastisfação sexual como as únicas coisas que importam na vida.
A partir dessa versão em manuscrito, que permaneceu nos espólios dos originais de Wilde, foi feita uma cópia datilografada, enviada ao editor da Lippincott’s Monthly Magazine. O editor Stoddart fez uma série de edições, resultando na versão publicada em sua revista em 1890. É esta edição publicada em 1890, em domínio público, a escolhida pela DarkSide® Books, uma edição que recupera uma versão de Dorian Gray antes do debate público que viria a fulminar obra e autor nos anos seguintes.
Regada de uma narrativa sombria, acentuada por paixões, crimes e sarcasmo, esta obra-prima trata-se de uma profunda reflexão sobre a sociedade vitoriana. Em geral, o livro aborda a destruição da vida através da perfeição da arte, das consequências dos crimes executados e das paixões avassaladoras em meio a convicções e a moralidades.
Espaço. Espaço é o lugar em que a narrativa acontece. Ele é importante não só para situar o leitor quanto ao local, mas principalmente porque contribui para a elaboração dos personagens.
O Retrato de Dorian Gray é uma obra que abalou o conservadorismo extremamente rígido da Grã-Bretanha na década de 1890. ... É neste momento que Dorian Gray deseja algo inimaginável: ser eternamente belo, mesmo que para isso, a inteligência e a moral sejam postas em detrimento.
Lançada pela editora Darkside, a nova edição de "O Retrato de Dorian Gray" conta com imagens exclusivas de Oscar Wilde e um texto minucioso do pesquisador Luiz Gasparelli Jr. sobre os julgamentos que levaram à prisão do escritor em 1895. Além disso, a nova edição conta com um ilustre ensaio de “Caneta, Tinta e Veneno” e vários outros poemas inéditos.
Espaço: trata-se do local onde se passa a narrativa. As ações podem se desenrolar em um espaço físico, em um espaço social ou em um espaço psicológico. Tempo: o tempo se refere à duração das ações da narrativa e desenrolar dos fatos na história.
Tendo em vista essa recepção, quando Dorian Gray recebeu versão em livro em abril de 1891 pela editora Ward, Lock and Co., o editor inglês George Lock exigiu uma série de mudanças. Entre essas alterações, a intimidade física entre os três protagonistas foi amenizada, resultando em um maior destaque à personagem de Sibyl Vane e ao relacionamento heterossexual entre ela e Dorian, além da fascinação de Basil por seu modelo ter sido alterada de uma idolatria mais física para uma relação mais idealizada. Dos treze capítulos da primeira versão, Wilde adicionou seis, além de dividir o último capítulo em dois, totalizando assim vinte capítulos.
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Oscar Wilde produziu a primeira versão do romance entre o final de 1888 e o início de 1889, em manuscrito, com sua letra rabiscada registrando o processo criativo, com parágrafos sendo cortados, frases reescritas e notas adicionadas. Essa primeira versão, raríssima, recebeu em 2018 uma edição em fac-símile, publicada pela editora francesa SP Books. Foi essa edição a utilizada pelo professor e pesquisador Luiz Gasparelli Jr. para suas notas à edição da DarkSide® Books.
Ao afastar-se da própria alma e abandonar a virtude em nome de vícios sensuais, Dorian Gray assume a vida como sua obra de arte, sua experiência extremada. Ao rejeitar a consciência coletiva em nome do prazer individual, o protagonista inebria-se, diverte-se com a coleção de homens e mulheres que seduz e descarta.
Na altura em que foi publicada, entre 1890 e 1891, “O Retrato de Dorian Gray” não foi bem recebido. A imprensa britânica não gostou e escreveu sobre a história as piores críticas possíveis, disseram que a história era vulgar, suja, envenenada e vergonhosa e Oscar Wilde foi obrigado a mudar a sua obra.
A obra foi criticada e recebida negativamente pelo público pelo cunho sexual de sua história. Contudo, isso não impediu Wilde de tentar novamente. Em 1891, Dorian Gray ganhou uma versão expandida com seis capítulos extras pela editora de livros Ward, Lock and Co. Infelizmente, essa nova versão também ganhou censuras pelo editor George Lock, que exigiu uma série de mudanças na história.
Para se referir a coisas que não estão conscientes (não acessíveis em primeiro momento), utiliza-se “inconsciente”. Foi bom ver o termo ser bem utilizado. Também é considerada a melhor tradução disponível no mercado hoje.
Se você está curioso para conhecer o texto original de Oscar Wilde, saiba que o livro ganhou uma versão comentada e sem censuras pela Darkside Books em 2021. A edição conta com notas do pesquisador Luiz Gasparelli Jr., especialista em Wilde, que se aprofundou no processo criativo do autor, nos seus dados biográficos e na experiência da leitura para enriquecer o livro.
Considerado um dos maiores poetas e dramaturgos irlandês, Oscar Wilde tornou-se um dos escritores mais conhecidos de Londres, por volta de 1890. Com uma escrita envolvente, regada de sarcasmo, ironia e cinismo, o autor se consagrou, ainda, na história da Literatura.
Essa sociedade que Wilde condena é hipócrita, fútil, materialista e superficial, em que a beleza - representada por Dorian Gray - é o único elemento passível de qualquer tipo de condenação. Mas a condenação a que ele se refere não é apenas a da mácula do tempo e sim das consequências das atitudes do homem.
Dorian, com o desejo de ser bonito e jovem para sempre, vende a sua alma e tem sua figura transformada em um retrato a óleo. Assim, ao longo dos anos, apenas a sua imagem envelheceria e desapareceria, mantendo a sua juventude para a eternidade.
O único romance filosófico do escritor e dramaturgo Oscar Wilde foi publicado originalmente em 1890. O clássico foi alvo de inúmeras críticas na época, mas hoje em dia é considerada uma obra-prima, sendo amplamente reverenciada na história da Literatura.