O Que Foi A Segunda Geraço Do Modernismo?

O que foi a segunda geraço do modernismo

Entre os artistas que se destacaram no cenário artístico nacional, podemos destacar Graciliano Ramos, compondo a segunda fase do Modernismo, sobretudo na prosa. Assim, entre as magníficas obras que criara, uma delas se destaca pela temática voltada para o regionalismo brasileiro - Vidas Secas. Acerca dela, procure explicitar algumas particularidades relacionadas à temática trabalhada pelo autor em questão, enfatizando, sobretudo, os posicionamentos ideológicos por ele firmados – oriundos de todo um contexto social dominante. Para facilitar seu posicionamento frente à questão, propusemo-nos em descrever uma passagem:

PORTUGUÊS

Alguns deles são Monteiro Lobato, Rodrigo Gurgel, Roger Scruton, Russel Kirk, Olavo de Carvalho e muitos outros. 

Jorge de Lima iniciou como poeta neoparnasiano, e depois de tornar-se adepto da estética Modernista produziu, em um primeiro momento, poesia social, e em uma segunda fase, poesia de expressão religiosa. Para José Aderaldo Castello, a fase da poesia social, composta dos "poemas negros" e "telúricos", reflete "o Nordeste açucareiro dos engenhos tradicionais, com os quais se relacionam aquelas ?realidades de nossa alma imensa?" e envolve "a presença africana". Já a segunda fase, caracterizada pela religiosidade, "é atemporalizada e distanciada da objetividade da primeira fase".

Precursor da 2ª fase do modernismo com a publicação de sua primeira obra “Alguma Poesia”. Poeta, contista, jornalista e tradutor, suas principais obras na geração de 30 foram:

Lista de exercícios

Lista de exercícios

Houve ainda a retomada de elementos simbolistas, principalmente pelo grupo de poetas que se agrupou em torno da revista carioca Festa, entre os quais Cecília Meireles (1901 - 1964). O alargamento do campo temático ocorreu pela abrangência de novos enfoques, que iam de aspectos sociais a inquietações religiosas, manifestada nas obras dos grandes autores do período, como se verá a seguir.

No plano temático, a abordagem do cotidiano continua sendo explorada, mas os poetas se voltam também para problemas sociais e históricos, além de manifestarem inquietações existenciais e religiosas que ampliam as proposições da fase anterior. O registro dos fatos do cotidiano, muitas vezes próximos (ou aparentemente próximos) da banalidade, era algo de extremamente moderno, já que as normas tradicionais da poesia sempre haviam prescrito a seleção dos temas poéticos. Praticamente todos os grandes poetas do período, tanto os da primeira fase, como Mário de Andrade e Manuel Bandeira (1886 - 1968), como os da segunda, como Carlos Drummond de Andrade, ocuparam-se em tematizar momentos do dia-a-dia, configurando uma verdadeira predileção, como afirmaram Candido e Castello, "pelo que se poderia chamar de "momento poético", isto é, a "notação rápida de um instante emocional ou de um aspecto do mundo".

Principais autores e suas obras da segunda fase do modernismo

Vinicius de Moraes, um dos mais populares poetas brasileiros, também foi influenciado pela "corrente espiritualista" e pelo Neo-Simbolismo no início de sua produção poética, mas com o passar do tempo sua obra passou a tematizar o amor sensual e os problemas sociais. Antonio Candido elencou, entre as principais características do autor, "a peculiaríssima ligação que estabeleceu entre o mar, a praia e a vida amorosa; a mistura do vocabulário familiar com uma espécie de casto impudor; a invenção de um léxico do amor físico que abole qualquer diferença entre ele e o que é considerado não-físico. E mais um uso próprio do ritmo de romance popular, quem sabe inspirado inicialmente em García Lorca. E uma reconstrução do soneto. (...)."

Na década de 1930 houve uma significativa irrupção de novos e brilhantes romancistas, com destaque para a ficção regionalista nordestina de autores como Graciliano Ramos (1892 - 1953), Jorge Amado, José Lins do Rego (1901 - 1957) e Rachel de Queiroz (1910 - 2003). Foi também uma época de desenvolvimento da indústria do livro, principalmente com o advento da Segunda Guerra e a conseqüente dificuldade de importações. Surgiram importantes editoras, como a de José Olympio (1902 - 1990), que publicou os romancistas inovadores do Nordeste. Entre 1936 e 1944, o número de editoras brasileiras cresceu 50% e, por volta de 1950, o Brasil chegou a produzir 4 mil títulos e cerca de 20 milhões de exemplares por ano. Mas a censura e a propaganda do governo estavam sempre presentes na indústria editorial, na imprensa, no rádio e mesmo no material didático, principalmente com a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, criado com o Estado Novo. Apesar do autoritarismo e da repressão, porém, foram tempos de consagração da cultura popular, com a popularização do samba e do carnaval, a difusão do rádio e o sucesso de suas estrelas.

Características da segunda geração modernista

<strong>Características da segunda geração modernista</strong>

O sistema literário foi afetado pela instabilidade política, pelas medidas antidemocráticas e repressoras da era Vargas, mas também se beneficiou da atmosfera de intenso debate sobre a realidade brasileira. Para Antonio Candido, o período foi de "acentuada politização dos intelectuais, devido à presença das ideologias que atuavam na Europa e influíam em todo o mundo, sobretudo o comunismo e o fascismo. A isso se liga a intensificação e a renovação dos estudos sobre o Brasil, cujo passado foi revisto à luz de novas posições técnicas, com desenvolvimento de investigações sobre o negro, as populações rurais, a imigração e o contato de culturas, - graças à aplicação das modernas correntes de sociologia e antropologia, graças também ao marxismo e à filosofia da cultura (...)".

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Exemplos de autores do modernismo

A instabilidade social causada por todos esses conflitos gerou em muitos um sentimento de medo perante a morte, de reflexão sobre a natureza do sofrimento e assuntos semelhantes. 

A segunda fase do modernismo consolidou a revolução iniciada anos atrás, sendo impulsionada pelo exemplo dos artistas da semana de arte moderna de 1922. Embora seja realmente uma continuação do movimento modernista, a segunda fase possui muitas características próprias

Naturalmente muitos artistas perceberam as consequências negativas que as ideias modernistas podem trazer, iniciando no Brasil a fase da ruptura, a terceira fase do movimento modernista. 

Principais autores e obras

A prosa de 30 veio para destacar os problemas sociais que afetavam o país, colocando o povo brasileiro como protagonista da história, cada um em sua região. Por isso, a linguagem usada nos romances da década de 30 eram mais regionais, urbanas e coloquiais, a fim de se aproximar de diferentes pessoas, independente de sua moradia.

As principais críticas à segunda fase do modernismo são feitas justamente por aqueles que foram combatidos pelo movimento: autores de linha de pensamento da tradição ocidental. 

Modernismo em Portugal

Contudo, os artistas que forneceram a base para o movimento da segunda fase foram em sua maioria formados pelas culturas liberais francesas e suíças, raízes diferentes das da cultura brasileira.

A crônica, revitalizada por escritores de grande expressividade, também viveu período de grande consagração junto ao público. Modernistas da primeira fase, como Mário de Andrade (1893 - 1945) e Oswald de Andrade (1890 - 1954), continuavam ativos e conviviam na imprensa com os autores da nova geração, como Rachel de Queiroz e Oswald de Andrade (1890 - 1954). Nas páginas do jornal carioca Diário da Tarde surgiu aquele que é considerado o maior cronista brasileiro, Rubem Braga (1913 - 1990), prosador que atravessou as próximas cinco décadas retratando o Brasil com sensibilidade aguçadíssima.

No plano formal, o verso livre continuou sendo profusamente adotado, mas os poetas do período tinham liberdade para escolher formas como o soneto ou o madrigal, sem que isso significasse uma volta a estéticas do passado, como o Parnasianismo. A ruptura já havia sido feita, e era possível dilatar o campo de experimentações poéticas pesquisando formas, utilizando técnicas de outras escolas e épocas, reelaborando-as e conferindo a elas novos sentidos. É o caso de Louvação da Tarde, de Mário de Andrade, poema composto, segundo Antonio Candido, "em decassílabos brancos de grande beleza, ordenados numa meditação de nítido corte pré-romântico transposta para o estilo colonial."

Videoaulas

Videoaulas

No Brasil, em 1930 Getúlio Vargas subiu ao poder, iniciando um período que ficaria conhecido como a "era Vargas" e que compreende a ditadura do Estado Novo, de 1937 a 1945. Em seu governo, houve uma série de medidas que centralizaram o poder, entre elas a dissolvição do Congresso Nacional e dos legislativos estaduais e municipais. Assim como ocorreu em grande parte dos países do Ocidente, no Brasil também a esquerda cresceu e se organizou. Em 1935, eclodiu uma tentativa de revolução articulada pela ANL - Aliança Nacional Libertadora, formada pelos grupos de esquerda, que foi reprimida pelo governo. Houve crescimento também de organizações afinadas com a ideologia fascista, principalmente a Ação Integralista Brasileira, fundada por Plínio Salgado - que também era líder do grupo modernista Verde-Amarelo. Em 1937, com o apoio dos grupos integralistas, Vargas iniciou a ditadura do Estado Novo, que se caracterizou pelo espírito antidemocrático, a repressão ao comunismo, o nacionalismo conservador e o populismo.

O verso livre modernista, para Antonio Candido e José Aderaldo Castello, correspondeu a uma "alteração profunda da música contemporânea, ao impressionismo musical, ao atonalismo, ao uso sistemático da dissonância, à divulgação do jazz, à dodecafonia". Como sempre ocorre, a poesia estava em sintonia com as outras artes e mesmo com as outras esferas da cultura; desse modo, vários autores dessa fase, que estavam em contato com as propostas inovadoras do Surrealismo e da psicanálise, foram fortemente influenciados por princípios como a pesquisa do inconsciente e a livre associação de idéias, que passaram a utilizar na produção poética. No poema O Pastor Pianista, de Murilo Mendes (1901 - 1975), podem ser observadas essas influências, que contribuem para a fusão de elementos reais e imaginários e a criação de uma atmosfera de sonho.

Quais são os poetas da segunda fase do Modernismo?

Autores da Segunda Fase do Modernismo no Brasil. A produção literária do segunda fase do movimento modernista no Brasil (1930-1945) é encabeçada na poesia por Murilo Mendes, Jorge de Lima, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes.

Como foi dividida a segunda geração do modernismo?

Segunda geração: 1930-1945. Terceira geração ou pós-modernismo: 1945-1978.

Qual o objetivo da segunda geração do modernismo *?

Para muitos estudiosos do tema, a segunda geração modernista representou um período muito fértil e rico para a literatura brasileira. Também chamada de “Fase de Consolidação”, a literatura brasileira estava vivendo uma fase de maturação, com a concretização e afirmação dos novos valores modernos.

Por que a segunda fase do modernismo brasileiro ficou conhecida como regionalista?

A prosa da 2ª fase modernista caracteriza-se pelo regionalismo, pela relação do homem com o meio em que vive. A Literatura Brasileira já apresentava uma tendência regionalista. ... Com exceção de Érico Veríssimo que apresentou uma obra voltada para as relações do homem e a paisagem do Sul do Brasil.

Quais são os principais autores da primeira fase do Modernismo?

Os artistas modernistas que ganharam destaque no primeiro momento do movimento foram os integrantes do chamado Grupo dos Cinco. O grupo era formado por Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del Picchia (1892-1988), Tarsila do Amaral (1886-1973) e Anita Malfatti (1889-1964).

Quais os principais objetivos dos artistas modernistas em sua segunda fase?

Segunda Geração (1930-1945) Após o rompimento com as tradições e o experimento das novas formas de fazer arte, os modernistas passaram a apresentar engajamento com as questões sociais. As temáticas de ordem política, social, econômica, humana e espiritual passaram a ser incluídas nas obras literárias.

Quantas fases tem o modernismo?

O Modernismo brasileiro é tradicionalmente dividido em três diferentes fases: a primeira fase modernista, também conhecida como fase heroica; a segunda fase modernista, representada pela poesia e pelo romance de 1930, e a terceira fase modernista (alguns críticos literários consideram os escritores da última fase como ...

Qual a importância do modernismo para os dias atuais?

O Modernismo trouxe à tona a necessidade de adaptar as novas produções artísticas à realidade da época. As transformações pelas quais a sociedade havia passado não permitiam que as artes plásticas, literatura, design e a música, por exemplo, fossem feitas da mesma forma.

O que representou o modernismo?

O objetivo do Modernismo, no que se refere à literatura, foi indicar a necessidade de renovação, opondo a modernidade ao tradicionalismo. O modernismo brasileiro foi iniciado no século XX. Na época, a preocupação dos autores modernos era substituir os antigos valores.

Qual a importância de São Paulo para o modernismo brasileiro?

Na época da Semana de Arte Moderna, São Paulo estava se transformando rapidamente; era uma capital progressista, por causa do crescimento trazido pela economia; havia novos costumes, novas relações políticas, novas influências; havia tantos estrangeiros, tantos burgueses, tantos intelectuais se mobilizando que a Semana ...

O que é modernismo Brainly?

Modernismo foi o período do movimento da literatura moderna nas letras. Esta escola engloba manifestações vanguardistas como o Futurismo, o Super-realismo e o Dadaísmo. O objetivo do Modernismo, no que se refere à literatura, foi indicar a necessidade de renovação, opondo a modernidade ao tradicionalismo.

O que é modernismo e suas características?

A liberdade é a característica principal do movimento modernista em suas mais diferentes manifestações artísticas, tanto no Brasil, como na Europa. No continente europeu, o Modernismo foi um conjunto de tendências artísticas que excediam a liberdade criadora e o rompimento com o passado.

O que significa a palavra Baudelaire?

Charles-Pierre Baudelaire foi um poeta boémio ou dandi ou flâneur e teórico da arte francesa. É considerado um dos precursores do Simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição moderna em poesia, juntamente com Walt Whitman, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas.

Como se pronuncia el nombre de Charles Baudelaire?

Como pronunciar provenance?

  1. prov-en-ance.
  2. prov-e-nance.
  3. pro-ven-ance.

Qual foi a obra escrita pelo poeta Charles Baudelaire em 1857 que abriu caminho para a formação da estética simbolista?

Charles Baudelaire foi poeta, teórico e crítico francês. Conhecido como “Pai do Simbolismo”, ele foi precursor do movimento simbolista na França e também o fundador da poesia moderna. Sua obra mais emblemática é intitulada “Flores do Mal” (1857).

Como é a linguagem do simbolismo?

O simbolismo buscou uma linguagem que pudesse “sugerir” a realidade, em vez de retratá-la de maneira tão óbvia como faziam os realistas. Para “sugerir” a realidade, os simbolistas usavam símbolos, imagens, metáforas, sinestesias*, recursos sonoros e cromáticos .

Qual a figura de linguagem predominante no simbolismo?

Assim, as figuras de linguagem mais utilizadas no simbolismo, as quais estão relacionadas em maior parte, à sonoridade (figuras de som), são: Aliteração: caracterizada pela repetição de consoantes ou de sílabas. Assonância: caracterizada pela repetição de vogais. Onomatopeia: caracterizada pela inserção dos sons reais.

O que você lembra do simbolismo?

As características do simbolismo envolvem sobretudo, os aspectos místicos, espirituais, intuitivos e transcendentais da literatura simbolista. Os escritores simbolistas buscavam compreender diversos aspectos da alma humana, compondo obras que exaltassem a realidade subjetiva.

Quais as definições do simbolismo?

Simbolismo é um substantivo masculino que significa um sistema de símbolos ou forma de expressão que utiliza símbolos para indicar fatos e ideias. Além disso, simbolismo também é o nome de um movimento literário que teve início no final do século XIX.