Em resumo, podemos verificar que ele acreditava no uso das ciências (exatas e biológicas) como instrumentos de colaboração com a sociedade. Para ele, a sociedade deveria obedecer a diretrizes bem definidas e que promovessem o bem-estar social, ou seja, de toda a coletividade presente em um determinado país.
Pai do positivismo, ele acreditava que era possível planejar o desenvolvimento da sociedade e do indivíduo com critérios das ciências exatas e biológicas. ... Para Comte, a análise científica aplicada à sociedade é o cerne da sociologia, cujo objetivo seria o planejamento da organização social e política.
Comte estava preocupado em organizar a realidade e não a modificar. Esse autor defendia que os estudos sociais deveriam ser feitos com verdadeiro espírito científico e objetividade. A sociologia deveria, tal como as demais ciências, dedicar-se à busca dos acontecimentos constantes e repetitivos da natureza.
O paradigma positivista considera somente a existência de fatos, e não de percepções ou opiniões. A pesquisa científica deve buscar explicar e predizer o que irá ocorrer no mundo por buscar regularidades e relações de causa e efeito entre os elementos que o constituem.
O paradigma interpretativista vê o mundo social como “uma situação ontológica duvidosa e de que o que se passa como realidade social não existe em qualquer sentido concreto” (MORGAN, 2007, p. 16), formado pela vivência subjetiva ou intersubjetiva dos indivíduos. ... Uma realidade que é oriunda somente da nossa experiência.
Paradigmas são, aqui, entendidos como sendo diferentes visões de mundo. ... É a combinação da ontologia com a epistemologia (a primeira determina a segunda) que originam os paradigmas de pesquisa, dentro os quais escolhemos métodos e técnicas de coleta de dados distintas.
Na introdução, a autora define, de modo claro e completo, a concepção de pesquisa em sala de aula e seus dois paradigmas: o positivismo e o interpretativismo, afirmando que a pesquisa qualitativa insere-se no rol dos estudos interpretativistas.
No paradigma qualitativo, a realidade é construída a partir do quadro referencial dos próprios sujeitos do estudo, e cabe ao pesquisador decifrar o significado da ação humana, e não apenas descrever os comportamentos.