O nódulo da tireoide é uma espécie de agrupamento de células nessa glândula, que pode ser maligno ou benigno. A tireoide é uma glândula com formato semelhante ao de uma pequena borboleta. Ela pesa entre 15 e 25 gramas e, no nosso corpo, ela está situada no pescoço, logo abaixo do pomo-de-adão.
Como vimos, há diversos sintomas e condições que podem acometer a tireoide. Tais sinais variam de acordo com o hormônio envolvido no problema. No entanto, entre os sintomas mais comuns desse tipo de patologia, que podem servir de alerta para se procurar auxílio médico, estão:
Dr. Boa tarde. Tenho um nódulo misto predominantemente cístico, regular e hiperecoico ao ultrassom. Como ele tem 2,3 cm, meu médico considerou realizar o exame PAAF. Seria realmente necessário?
Logo, a punção da tireoide é indicada para lesões suspeitas (nódulos classificados entre TR3 e TR5) e quando houver múltiplos nódulos, os dois com maior grau dentro da classificação TI-RADS serão eleitos para realizar o procedimento e não só dois maiores como muitos pensam. Assim, seguindo a figura mostrada acima, as condutas referentes a cada classificação TI-RADS são:
Na especialidade da endocrinologia, contamos em nossa equipe com a Prof. Dra. Marise Lazaretti Castro, Chefe do Grupo de Doenças Osteometabólicas da UNIFESP e diretora da Clínica Croce, e com a Dra. Vanessa Radonsky, pediatra e endocrinologista pediatra pelo Instituto da Criança da USP e especialista da Croce.
Para a realização desse procedimento utiliza-se uma ultrassonografia para guiá-la, possibilitando ao médico visualizar o trajeto da agulha até atingir a tiroide e assim efetuar a recolha das amostras de forma adequada.
Um nódulo da tireoide é uma massa de tecido tireoidiano que cresceu ou um cisto cheio de líquido que se forma na tireoide. Nódulos grandes, por exemplo, podem causar rouquidão ou atrapalhar a rotina do paciente em atividades como engolir ou respirar, por exemplo.
Devido a existência – e persistência – desses erros outra técnica de punção foi criada: a punção não-aspirativa por agulha fina (PNAAF). Essa nova técnica por sua vez apresenta resultados bons e oferece material melhor para análise – pois apresenta menos amostras hemorrágicas diluídas – e assim lidamos com menos falsos positivos e negativos.
Considerando as vantagens já mencionadas, a PAAF figura hodiernamente como uma técnica importante para a avaliação do risco de malignidade e identificação de nódulos tireoidianos que não sejam benignos. Classificado como um método de precisão – com elevada sensibilidade (entre 65 e 99%) e especificidade (entre 72 e 100%) – e pouco invasivo, é considerado o procedimento de escolha na exclusão de malignidade de nódulos tireoidianos.
De forma geral, a comunidade médica não tem estabelecido de modo definitivo o que causa a maioria dos nódulos da tireoide. Eles são muito comuns, no entanto. Certos problemas com a glândula tireoide, como a tireoidite de Hashimoto, por exemplo, podem aumentar as chances de se ter também um nódulo na tireoide. Ainda, condições autoimunes também são frequentemente associadas a esses quadros.
O fato de que não há nenhum sinal ultrassonográfico que seja patognomônico para malignidade deixou sempre bem claro a necessidade de se realizar algum exame subsequente a esse, mas o questionamento que prevalecia era: “quando realizá-lo?” Por muito tempo a resposta a essa pergunta foi controversa, contudo, hoje há um consenso para responder a essa dúvida – ainda bem.
Trabalhou como médico assistente do Serviço de Ultrassonografia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Sendo assim, para reforçar a importância da radiologia na medicina – especificamente da ultrassonografia – o Dr. Augusto idealizou e é cofundador do projeto de ensino de ultrassonografia Salus Sonography. A iniciativa tem como missão mudar a forma como esse método é ensinado e abordado.
O nódulo na tireoide pode ser identificado durante a realização de exame físico, em que o médico realiza a palpação da glândula tireoide, ou através da realização do exame de ultrassom da tireoide, sendo este método o mais indicado para identificação de nódulos, uma vez que está associado a menores taxas de não-diagnóstico/ resultado falso-negativo.
O que pode acontecer é que um nódulo tipicamente benigno ao ultrassom se for desnecessariamente puncionado pode ter um diagnóstico que em vez de ajudar, atrapalha! Por exemplo, um resultado insatisfatório da paaf, o que chamamos de BETHESDA I. Neste caso, em nada foi útil a realização da paaf naquele nódulo que já não tinha indicação de ser puncionado, pois ela não traz nenhum resultado útil, fazendo com que a ansiedade do paciente possa ficar ainda pior com relação ao seu diagnóstico!
No entanto, o nódulo da tireoide também é comumente detectado durante exame físico de rotina, além de análise da história clínica do paciente. Depois de localizado, o médico realiza testes de laboratório para saber se o nódulo é hiperfuncionante – isso é, produtor de muito hormônio tireoideano, chamado de “nódulo quente” – ou hipofuncionante – ou seja, não produtor de tireoideano chamado de “nódulo frio”.
O resultado da punção do nódulo da tireoide se dá de acordo com a classificação do Sistema Bethesda. Ele determina a situação do paciente mediante uma escala de categorias que vão do I ao VI. A primeira categoria, quando aparece no resultado, significa que é necessário que o exame seja feito novamente, pois a amostra coletada foi insuficiente para apontar o diagnóstico.
Infelizmente o que vemos na prática é justamente o contrário! A maioria dos nódulos que são submetidos à punção são nódulos caracteristicamente benignos, que poderiam ser facilmente apenas acompanhados por ultrassom, sem necessidade da punção aspirativa por agulha fina de tireoide.
O médico responsável geralmente solicita esse exame, por exemplo, quando o nódulo tem mais de 0,5 cm, havendo uma suspeita em relação à sua gravidade e quando há algum parente de primeiro grau com câncer de tireoide. Há também o caso de pessoas expostas à radiação na infância ou adolescência e que, por esse fator, podem vir a desenvolver algum tipo de câncer na tireoide.
Punção de tireoide: Para que serve e Como entender o Resultado. A punção aspirativa com agulha fina - PAAF da tireoide é o melhor exame para determinar se um nódulo de tireoide é benigno ou maligno, o que é uma informação essencial para determinar o tipo de tratamento que deve ser realizado a seguir.
3 Nos casos de linfonodomegalia cervical suspeita e nódulo de tireoide, existe indicação de realizar biopsia do linfonodo alterado. nódulo puramente cístico: não se recomenda acompanhamento ecográfico.
Quando aparece um nódulo, a maior preocupação é o risco de ele ser maligno. Mas, na maioria dos casos, os nódulos da tireoide são benignos. Sabe-se que apenas uma pequena porcentagem de nódulos da tireoide são malignos (câncer)³.
A cirurgia de tireoide é feita com anestesia geral e durante a operação, que demora cerca de 2 horas, o médico faz um corte no pescoço permitindo observar e retirar a tireoide.
Após a retirada cirurgica da tireoide, é necessário repor o hormônio que seu organismo não está mais produzindo, numa dose fisiológica. Portanto, não se espera que haja perda de peso, pois o tratamento visa restaurar a quantidade normal de hormônio que seu organismo necessita pra manter o equilíbrio.
Valores de referência