O aumento da temperatura corporal no bebê só deve ser considerada febre quando passa dos 37,5ºC em uma medição na axila, ou 38,2º C no reto. Antes dessa temperatura, só é considerado como sendo apenas uma febrícula, que geralmente não é motivo de preocupação.
Sempre que o bebê estiver com febre deve-se observar se ele apresenta outros sintomas porque, normalmente, o nascimento dos dentes e a toma de alguma vacina pode gerar uma febre de até 38ºC, mas o bebê continua comendo e dormindo bem. Neste caso, colocar uma toalhinha molhada em água fria na testa do bebê pode ajudar a baixar a febre.
Portanto, a dica é que os pais se lembrem sempre de que a febre é um sinal de que o mecanismo de defesa do corpo da criança está funcionando como deveria. Observe com atenção, converse com o pediatra e evite o pânico – que só tende a piorar qualquer situação.
Antes de tudo, vale lembrar que a maneira de aferir a temperatura faz toda a diferença. Encostar a mão na testa ou na bochecha e perceber a criança “quentinha” não necessariamente significa que ela está febril. Sim, ela provavelmente ficará mais quente se estiver com febre, mas, para entender melhor qual é a situação, é importante usar uma ferramenta adequada, como o termômetro.
É importante lembrar que, no primeiro ano de vida, o corpo dos bebês costuma variar de temperatura mais facilmente. Isso principalmente porque o termorregulador no cérebro dos pequenos ainda não está completamente formado.
Sempre que o seu bebê apresentar febre e estiver muito irritado, chorando ou se já teve alguma convulsão febril, deve tentar fazer algo para baixar a temperatura corporal. Quando a temperatura do bebê aumenta muito rapidamente, pode acontecer ele ter uma convulsão febril. Nestes casos os músculos ficam rígidos, a pele pálida e faz movimentos estranhos, podendo perder a consciência. No caso de convulsão febril é recomendado levar o seu filho ao médico. Então, para baixar a febre no bebê siga estas recomendações:
A temperatura oral é medida colocando-se um termômetro digital sob a língua da criança. A temperatura oral fornece leituras confiáveis, mas é difícil de medir em crianças pequenas. Crianças pequenas têm dificuldade para manter a boca fechada ao redor do termômetro sem mordê-lo, o que é necessário para uma leitura precisa. A idade na qual a temperatura oral pode ser medida com precisão varia de criança para criança, mas é tipicamente depois dos quatro anos.
Para medir a febre no bebê deve-se colocar a ponta metálica do termômetro de vidro debaixo do braço do bebê, deixando ali por pelo menos 3 minutos, e depois verificar a temperatura no próprio termômetro. Outra possibilidade é usar um termômetro digital, que mostra a temperatura em menos de 1 minuto.
Como referi no início, a febre é um mecanismo de defesa do organismo, por isso para a combater é útil identificar a sua causa. Confira de seguida as causas mais comuns de febre no bebê:
Caso haja dúvida se há febre ou não, é importante realizar a medição após um banho. As formas mais comuns de medir a temperatura de bebês é pela axila ou pelo reto. No caso da medição pelo reto, a temperatura é aproximadamente 1ºC maior do que a da axila.
“Existe um estudo grande, feito na Espanha, que mostra que 75% dos pais procuram o pronto-socorro antes de a criança ter 24 horas de febre”, conta Fernandes. “É impossível para o médico dar um diagnóstico definitivo para uma febre tão recente porque, em geral, primeiro vem a febre. Então, 24, 48 ou até 72 horas depois é que vai aparecer uma doença, uma virose, uma doença mão-pé-boca, amigdalite, pneumonia, meningite…”, exemplifica. A recomendação é observar o que está acompanhando este sintoma.
Você encosta no seu filho e sente ele mais quentinho. Já vem logo aquele desespero: será que é febre? E o que essa febre significa? Está alta? Devo dar antitérmico? É preciso correr para o pronto-socorro? As dúvidas são muitas, a gente sabe, sobretudo para os pais de primeira viagem – mas respire. Vamos com calma!
As crianças nessa faixa etária não costumam ser submetidas a exames, a menos que apresentem sintomas específicos que sugiram um distúrbio grave ou se nenhum motivo para a febre puder ser encontrado.
Pode acontecer exagerar na quantidade de roupa que colocou no seu filho e, isso causar um aumento de temperatura. Para descartar esta hipótese deve retirar uma camada de roupa ao seu filho, esperar meia hora e medir de novo a temperatura.
A febre em uma criança de resto saudável não exige necessariamente tratamento. Contudo, medicamentos chamados antipiréticos (para baixar a febre) podem fazer as crianças se sentirem melhor baixando sua temperatura. Esses medicamentos não têm nenhum efeito sobre a infecção ou distúrbio que esteja causando a febre. No entanto, se as crianças tiverem certas doenças crônicas ou um histórico de convulsões desencadeadas por febre, o médico pode recomendar o uso desses medicamentos, porque reduzem o estresse adicional imposto ao corpo pela febre.
A recomendação para crianças com menos de 3 meses de vida é levá-las ao médico caso apresentem temperatura de 38ºC ou mais, especialmente se demonstrarem choro incessável e irritabilidade muito alta.
As crianças com três meses a três anos de idade com febre e sem sintomas que sugiram um distúrbio específico, mas que pareçam doentes ou tenham temperatura superior a 39 ºC (102,2 °F) precisam ser imediatamente avaliadas por um médico.
Ocasionalmente a própria febre pode fazer as crianças apresentarem alguns sinais de alerta, incluindo letargia, apatia e aparência doentia. Os médicos podem dar às crianças medicamentos para redução da febre (como ibuprofeno) e reavaliá-las após a febre ter baixado. É confortador quando crianças letárgicas se tornam ativas e começam a brincar após a redução da febre. Por outro lado, é preocupante quando crianças com aparência doentia permanecem com aparência doentia a despeito de uma temperatura normal.