Morria no dia 5 de dezembro de 1891, em Paris, o último imperador do Brasil, Dom Pedro II. Vítima de uma pneumonia, faleceu aos 66 anos. Poucos anos antes de sua morte, ele teve que deixar o posto de imperador do Brasil por conta da proclamação da República, no dia 15 de novembro de 1889. Nascido no dia 2 de dezembro de 1825, no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, Dom Pedro II assumiu o trono do país após a partida do pai, Dom Pedro I, para Portugal. Na época, tinha apenas seis anos e, até de fato assumir o poder, ficou sob a tutela de José Bonifácio de Andrade e Silva e depois do marquês de Itanhaém, Manuel Inácio de Andrade Souto Maior. Aos 15 anos, foi declarado maior de idade e acabou coroado como imperador do Brasil no dia 18 de julho de 1841, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, casou-se com Teresa Cristina Maria de Bourbon. Eles tiveram quatro filhos, mas apenas Isabel e Leopoldina sobreviveram. No poder, Dom Pedro II precisou controlar diversas revoltas como a dos Liberais (1842), a Guerra dos Farrapos (1845) e a Insurreição Praieira (1848). Também durante o seu governo, o país esteve envolvido na guerra contra o Paraguai, entre 1864 e 1870. Um dos destaques do seu reinado foi o fim do tráfico negreiro, a Lei do Ventre Livre (1871), a libertação dos escravos sexagenários e a lei Áurea, (1888), assinada pela princesa Isabel.
Seus restos mortais só voltariam ao Brasil em 1920, depois do fim oficial do banimento da família imperial. Desde então, os restos de dom Pedro II estão sepultados no Mausoléu Imperial, dentro da Catedral de Petrópolis, na região serrana fluminense.
Nenhuma manifestação oficial foi realizada na República brasileira. Contudo, segundo o historiador José Murilo de Carvalho, o povo brasileiro não ficou indiferente ao seu falecimento: "repercussão no Brasil foi também imensa, apesar dos esforços do governo para a abafar. Houve manifestações de pesar em todo o país: comércio fechado, bandeiras a meio pau, toques de finados, tarjas pretas nas roupas, ofícios religiosos", afirma ele em seu livro “D. Pedro II: ser ou não ser”.
Foi dito anteriormente que o imperador era um homem respeitado e adorado por grande parte da população brasileira. No entanto, isso não era suficiente para que a monarquia permanecesse estável. Muitas pessoas temiam pelo futuro do país após a morte de D. Pedro II. Como ele não tinha filhos, apenas filhas, o trono seria ocupado pela Princesa Isabel.
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“A família imperial não reagiu. Se tivesse reagido, como queria o conde d’Eu [genro do imperador e marido da princesa Isabel], teria havido um banho de sangue, uma guerra civil enorme no Rio de Janeiro. Para evitar essa guerra, a família decide se retirar do país. Aí, eles são banidos, na madrugada de 17 de novembro de 1889”, explica.
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Nos últimos anos, D. Pedro envelhecera rapidamente, estando à beira da morte em diversas ocasiões. Após fazer um longo passeio pelo Rio Sena em um dia de inverno, ele contraiu um resfriado que evoluiu para uma pneumonia grave, levando à sua morte em 5 de dezembro de 1891 – três dias após seu aniversário de 66 anos.
Como consequência, D. Pedro II e sua família receberam as ordens para deixar o país no dia 16 de novembro e, no dia seguinte, embarcaram com destino à cidade de Lisboa, em Portugal.
O problema se dava porque a filha do imperador era casada com o francês Gastão de Orleans, o Conde d'Eu. As pessoas temiam pelo fato de que o Brasil seria governado por um estrangeiro. A monarquia caiu em desgraça.
Nas 72 horas entre aniversário e morte, uma procissão ininterrupta de pessoas foi visitar o ex-imperador. Suas últimas palavras foram: "Deus que me conceda esses últimos desejos, paz e prosperidade ao Brasil”.
No entanto, a informação era falsa. Mesmo assim, o marechal aproveitou as tropas rebeladas para depor o visconde. Enquanto isso, conspiradores militares e civis, que se encontravam na Câmara Municipal escreviam uma declaração que dizia que o Brasil deixava de ser um império para se tornar uma república. Durante a noite, Deodoro da Fonseca assinou o documento, instituindo assim o golpe.
Segundo Bruno de Cerqueira, o monarca instaurou o parlamentarismo no Brasil em 1847, ao abdicar de parte das atribuições governamentais em favor de um presidente do Conselho de Ministros, uma espécie de primeiro-ministro.
Nos dez anos em que o Brasil ficou sob o governo de regentes, ocorreram inúmeras revoltas, como a Balaiada e a Guerra dos Farrapos, que queria a independência do Rio Grande do Sul. Dom Pedro II foi coroado em 1841, com 15 anos de idade.
Missas solenes foram realizadas por todo o país, enaltecendo D. Pedro II e o regime monárquico. Os brasileiros se tornaram ainda mais apegados à figura do Imperador, a quem consideravam o Pai do Povo, e uma nostalgia com relação ao seu reinado crescia cada vez mais.
Já foi revelado pela dupla de autores de Nos Tempos do Imperador que eles gostariam que a obra fizesse parte de uma trilogia, sendo Novo Mundo a primeira etapa, a atual novela das seis a continuação e depois um novo folhetim como o encerramento deste período do país. No entanto, a decisão da Globo de permitir uma continuação depende do sucesso da produção.
Rio de Janeiro – Completam-se hoje (5) 120 anos da morte do imperador dom Pedro II, o governante que ficou mais tempo à frente do Estado brasileiro em toda a história do país. O aniversário da morte do monarca foi lembrado nesse domingo (4) em uma missa na Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, que tem ligação histórica com a família imperial brasileira desde o século 19.
Segundo o historiador Bruno de Cerqueira, do Instituto Dona Isabel I, de preservação da memória ligada à família Orleans e Bragança, dom Pedro II foi figura central para a manutenção da unidade territorial brasileira.
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Curiosamente, as mortes de Dom Pedro II e a Condessa de Barral aconteceram no mesmo ano, os falecimentos só foram separados por uma questão de alguns meses. Já a esposa do imperador, Teresa Cristina, faleceu pouco depois do exílio, em dezembro de 1889.
Como perderam seus escravizados, mão de obra que era empregada nas lavouras, os antigos senhores queriam uma indenização do governo, o que não ocorreu. Assim, o setor que servia de apoio à monarquia tornou-se seu maior opositor.