Na nova métrica, o índice do Brasil cai de 0,765 para 0,710. Este número, entretanto, leva o país a subir 10 posições no ranking – países com mais emissões de dióxido de carbono e a pegada ambiental mais crítica tiveram queda maior.
Rebeca Grynspan afirmou que o relatório do PNUD deste ano é o mais importante dos últimos tempos. “Mais uma vez, o PNUD dá um salto de qualidade, apresentando este novo índice em um momento bastante apropriado. Considero o relatório de 2020 o melhor que já vi até agora", avaliou.
O evento, em forma de webinar, foi aberto pela representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Katyna Argueta, e contou com a presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da secretária-geral da Secretaria Ibero-Americana, Rebeca Grynspan; do presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Sergio Gusmão; e da coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Humano do PNUD no Brasil, a economista Betina Ferraz Barbosa.
Vivemos em um mundo de preocupação. A pandemia de Covid-19, que provocou retrocessos no desenvolvimento humano em quase todos os países, continua a gerar variantes imprevisíveis. A guerra na Ucrânia e em outros lugares criou mais sofrimento humano. Temperaturas recordes, incêndios, tempestades e inundações soam o alarme de sistemas planetários cada vez mais fora de sintonia. Juntos, eles estão alimentando uma crise de custo de vida sentida em todo o mundo, pintando um quadro de tempos incertos e vidas incertas.
Em relação a renda, o resultado foi de 0,890; e na saúde, 0,859. O Rio de Janeiro é o quarto melhor IDHM brasileiro, com 0,796; e em quinto está o Paraná, com 0,792. Os piores resultados se concentram no Norte e Nordeste. Alagoas está em 26º lugar, com IDHM de 0,683; o Maranhão, segundo pior, teve índice de 0,687.
Com foco em um novo índice, que mede as pressões dos países sobre o planeta, foi lançado no Brasil o Relatório de Desenvolvimento Humano 2020. O documento global traz também os resultados de desempenho brasileiro nas três dimensões do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): saúde, educação e renda, referentes a 2019. O IDH do Brasil cresceu de 0,762 para 0,765 mas caiu cinco posições no ranking em relação ao ano anterior, ficando em 84º lugar entre 189 países.
Ao analisarmos a lista, fica explícito que o continente africano abriga os países com as piores condições socioeconômicas, pois das 42 nações com IDH muito baixo, 35 são da África.
Ao analisarmos a lista, fica nítido que o continente africano detém as piores posições do ranking (28 países, entre os 33, são da África), fatores como o baixo desenvolvimento econômico, elevadas taxas de analfabetismo e mortalidade infantil, além de doenças como a AIDS e a malária, contribuem para esse cenário.
Apesar de não ter havido um retrocesso, o ritmo de avanço do Brasil foi mais lento do que o de outros países, o que o fez perder posições. Ainda assim, permanece no grupo de nações com alto IDH. Quando se avalia o Brasil pelo novo índice de desenvolvimento humano ajustado às pressões do planeta, o IDHP, a colocação do país sobe 10 posições, enquanto diversos países desenvolvidos perdem pontuação.
Na América do Sul, a melhor nação no ranking é o Chile, na 43ª com IDH de 0,851, seguida por Argentina (46º e 0,845), Uruguai (55º e 0,817), Peru (79º e 0,777), Colômbia (83º e 0,767) - o Brasil fica na sexta posição no subcontinente.
O levantamento se refere ao ano de 2019 e, portanto, ainda não avalia os impactos da pandemia de COVID-19 no desenvolvimento humano. Mas a projeção é de que ela paralise o avanço dos países nas dimensões humanas, o que será medido no próximo relatório, o de 2021.
Desafios - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, avaliou os resultados do relatório: “Temos o desafio de melhorar a posição do Brasil no IDH global, apesar de termos o menor impacto quando focamos no índice que mede a pressão sobre o planeta, por nossas ações de preservação de florestas, uso de energias limpas e as boas práticas usadas na agricultura brasileira”.
Já no quesito expectativa de vida - que completa o tripé renda, educação e saúde, usado no cálculo do índice - , o Brasil subiu de 73,1 anos, em 2010, para 73,5 em 2011. ...
Renda da população. O primeiro ponto a ser considerado é o nível de rendimento da população. Tal como os demais países nórdicos — Suécia, Islândia, Dinamarca e Finlândia –, a Noruega integra o seleto grupo de países desenvolvidos, entre os 30 mais ricos do mundo.